No site da OEA
OEA condena a violência na Nicarágua e pede ao governo que concorde com um calendário eleitoral
18 de julho de 2018
A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou hoje os atos de violência na Nicarágua, convidou as partes a participar “ativamente e de boa fé” no diálogo nacional e instou o Governo a “apoiar um calendário eleitoral” em um Resolução aprovada pelo Conselho Permanente por 21 votos a favor.
A resolução condena especificamente “os ataques contra o clero, bispos católicos participantes do diálogo nacional, a violência na Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua (UNAN), a sede da Caritas, e outros manifestantes pacíficos”.
O documento, apresentado pelas delegações da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e Estados Unidos, também urge o Governo da Nicarágua e todas as partes para “ativamente e de boa fé participar do Diálogo Nacional, como um mecanismo para gerar soluções pacíficas e sustentáveis para a situação que está registrada na Nicarágua “.
A resolução também incita o governo da Nicarágua a “apoiar um calendário eleitoral acordado em conjunto no contexto do processo de Diálogo Nacional”.
A resolução foi aprovada com 21 votos a favor (Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, Uruguai, Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Brasil, Canadá, Chile), 3 contra (Nicarágua, São Vicente e Granadinas, Venezuela), com 7 abstenções (El Salvador, Granada, Haiti, Suriname, Trinidad e Tobago, Barbados, Belize), e três ausentes (Dominica, San Kitts e Nevis, Bolívia).
Na mesma reunião, o Conselho Permanente rejeitou a proposta de resolução apresentada pela Nicarágua. O texto recebeu 3 votos a favor (Nicarágua, São Vicente e Granadinas, Venezuela), 20 contra (Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, México, Panamá , Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, Uruguai, Argentina, Bahamas), 8 abstenções (Barbados, Belize, El Salvador, Granada, Haiti, Suriname, Trinidad e Tobago, Antígua e Barbuda), com os países de três ausências (Dominica , San Kitts e Nevis, Bolívia).
O vídeo completo da sessão está disponível aqui.
Menestrel
19/07/2018 - 23h45
Manifestação gigantesca hoje na Nicaragua a favor de Ortega.
Espero que vc dê o mesmo destaque que dá as manifestações imperialistas contra um governo popular e eleito democraticamente.
https://www.youtube.com/watch?v=SWBmQHBYWE4
ari
20/07/2018 - 11h01
Cada vez mais o quadro parecendo com a Venezuela. Quando a OEA e os USA falam em retorno à democracia, mesmo os menos avisados deveriam colocar as barbas de molho
Eena Osawa
19/07/2018 - 22h55
Eu confio mais no que diz a embaixadora no Brasil, a sra. Lorena Martínez, sobre o que está acontecendo lá em Nicarágua. Ela diz que estão querendo desestabilizar o país. “Em entrevista ao Brasil de Fato, a embaixadora da Nicarágua, Lorena Martinez, defende que os protestos, iniciados por conta de uma proposta de reforma da previdência, já não tem mais razão de ser e tem sido instrumentalizados pela direita e pelo empresariado. Para ela, aplicam em seu país o mesmo “manual da desestabilização” utilizado em outros países, incluindo a Venezuela e o próprio Brasil. Martinez afirma que as manifestações na Nicarágua hoje contam com a presença de indivíduos pagos que se valem do emprego de armas de fogo e violência. A diplomata afirma, em resumo, que há contra o governo sandinista uma tentativa de “golpe de Estado”. http://operamundi.uol.com.br/conteudo/geral/49784/querem+dar+um+golpe+de+estado+na+nicaragua+diz+embaixadora+do+pais+no+brasil.shtml
Antonio Passos
19/07/2018 - 19h31
Essas organizações internacionais são a mistura da demagogia com a submissão aos EUA.
A violência e as agressões à democracia devem ser condenadas em TODOS os países e não apenas nos nanicos e nos desafetos dos americanos.
Sobre o estupro da democracia e do estado de direito no Brasil, sobre o sequestro de Lula, ninguém diz NADA.
O saque das nossas riquezas é o que interessa ao primeiro mundo e sobre isso todos se calam.