O sinal de Coutinho é bem claro. Toda solidariedade a Lula, mas não vê problema de seu partido, PSB, apoiar Ciro Gomes, do PDT.
A posição do governador do Paraíba joga mais suspense sobre para qual lado o PSB tenderá: neutro ou Ciro?
Até pouco tempo, os analistas davam como certa o apoio do PSB a Ciro, mas as pressões do PT sobre o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que ainda sonha com a retirada da candidatura de Marília Arraes, desestabilizaram a direção da legenda, que pode decidir pela neutralidade.
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Ricardo diz que não apoiará Lula à Presidência incondicionalmente porque apoiará quem o PSB decidir
18 de julho de 2018
O governador Ricardo Coutinho (PSB) concedeu entrevista nesta quarta-feira (18) disse que vai apoiar a candidatura que o PSB decidir. A resposta respondeu ao questionamento sobre o apoio incondicional a Lula para a Presidência da República. “Eu apoio quem o meu partido decidir”, disse, em entrevista ao Sistema Arapuan de Comunicação. Porém, comentou que, independente disso, é mesquinhez não reconhecer o papel de Lula para o país.
As declarações aconteceram durante solenidade na Companhia Docas da Paraíba, em Cabedelo.
Ricardo explicou que é presidente de honra do PSB na Paraíba e não tem condição de divergir do seu partido porque tem que ter o “maior dos cuidados para que o partido, o projeto saia fortalecido”. “Eu só apoiaria uma candidatura que o partido não decidir se fosse fora do campo que eu acredito, porque aí é uma questão de obrigação de consciência. Eu fiz isso em 2014”, disse, lembrando de Aécio Neves.
O governador da Paraíba acredita que a Paraíba vai ter uma posição em relação ao PSB nacional. “E vamos escutar essa posição. É isso que será feito. Qual será essa posição, o diretório vai se reunir e vai expressar. Ricardo não tem capacidade nem condição de dizer que a posição é essa ou aquela”, explicou, apesar de admitir seu peso dentro do PSB.
Ricardo voltou a criticar a condenação de Lula sem provas e destacou a importância do ex-presidente para o Brasil, especialmente para o Nordeste, afirmando que “reconhecer o papel do presidente Lula para esse país, só não reconhece quem é muito mesquinho”, declarou Ricardo. “É uma agressão à consciência cívica nacional você condenar alguém sem provas”, frisou, defendendo a democracia e a escolha dos governantes nas urnas.