Jeferson Miola
O desrespeito do Moro, da pf e dos desembargadores do trf4 à decisão judicial de libertar Lula da prisão política expôs as vísceras do arbítrio fascista.
A ordem dada à pf pelo desembargador Rogério Favretto para libertar Lula é legítima, legal e se deu no marco das regras do Estado de Direito.
Como toda decisão judicial, a tomada por Favretto durante plantão judicial poderia ser oportunamente reformada, se fosse o caso – porém, em sede judicial adequada, que seria o stj, mas jamais por seus colegas de tfr4 Gebran Neto e Thompson Flores e, menos ainda, por Sérgio Moro, juiz de primeira instância que, movido por ódio incontrolável que o impede de continuar julgando Lula, interrompeu as férias em Portugal para se dedicar à perseguição implacável do ex-presidente e se intrometer indevidamente no processo para avacalhar os efeitos da decisão.
As quase 12 horas da contenda judicial entre Favretto, os juízes-carcereiros do Lula e a Rede Globo expuseram de maneira catedrática o funcionamento da engrenagem fascista que domina o judiciário brasileiro.
A articulação de agentes do judiciário, do mp e da pf com a mídia capitaneada pela Rede Globo para manter Lula em prisão política tem a sofisticação organizativa típica das associações mafiosas.
Nunca antes da história do judiciário o descumprimento de uma ordem judicial foi transmitido ao vivo na televisão durante 10 horas. O evento serviu de autópsia do regime de exceção, e mostrou ao mundo inteiro a farsa jurídica da perseguição ao Lula.
Pôde-se testemunhar, por exemplo, o presidente do trf4 usurpar a atribuição exclusiva do poder executivo para reforçar o papel da pf como polícia política do arbítrio fascista.
Para a ditadura Globo-Lava Jato, a normalidade é Lula preso. Eles têm pânico da hipótese do Lula livre, e por isso atropelaram as regras do Estado de Direito e agiram imperialmente para evitar, a qualquer custo, a libertação do ex-presidente por 1 minuto sequer.
A oligarquia golpista jogou o país no abismo totalitário. Com os eventos de ontem, sinalizou sua disposição de sujar as mãos de sangue, se necessário para impedir a eleição do Lula à Presidência do Brasil.
Com sua dignidade, Lula outra vez venceu os indignos, e amanheceu a segunda-feira ainda mais forte e imbatível.