É de Alexandre Vasilenskas, sagaz militante do PCB, a melhor definição para o mal que acomete Sérgio Moro: síndrome de Napoleão de hospício.
Moro cometeu mais um grave crime hoje ao impedir que fosse cumprida a ordem de soltura de Lula, expedida pelo desembargador Rogério Fraveto.
Como sabe que terá a proteção da Globo e demais integrantes da máfia midiática, Moro não coloca freio algum nos seus delírios de grandeza e, tal qual um Napoleão de hospício, age como o imperador que não tem competência legal para ser.
O louco é que, para milhões de brasileiros, o homem que está preso sem provas é o bandido, enquanto o juiz que age fora da lei é o herói. Eis o nível de distorção da realidade proporcionado pela concentração dos meios de comunicação nas mãos de algumas famílias ricas e conservadoras. Na verdade é mais que uma distorção, é a completa inversão da realidade.
De qualquer forma, o dia de hoje é mais um que vai entrar para a história desse período bizarro pelo qual passamos.
Moro acabou ganhando a contenda com a entrada em campo do desembargador João Gebran Neto, relator do processo que saiu das suas férias para salvar a narrativa global/lavajateira, ordenando a manutenção da prisão de Lula.
O preço a pagar, entretanto, foi alto: a nova travessura do nosso Napoleão deslumbrado é mais um furo monumental no enredo de ficção montado para dar ares de legalidade a essa perseguição insana ao político mais popular do país e ao seu partido.
A credibilidade do golpe derrete como um queijo no microondas.
Atualização: O desembargador Favreto, cujo plantão no TRF da 4ª Região vai até amanhã, publicou nova decisão na qual rejeita as interferências de Moro e Gebran e determina que se solte Lula no prazo de uma hora. Além disso, determinou o envio da manifestação de Moro para a corregedoria do TRF 4 e para o CNJ, solicitando a apuração de eventual falta funcional. A coisa vai ficando cada vez mais feia para o Napoleão de Curitiba.