Quando até Cármem Lúcia, sempre subserviente aos ditames globais e ao lavajatismo, solta nota com crítica nada velada a Moro é porque a situação do ex-todo poderoso é grave.
A presidente do Supremo afirmou que “os órgãos judiciários competentes de cada região devem atuar para garantir que a resposta judicial seja oferecida com rapidez e sem quebra da hierarquia”.
Moro passou do ponto e quebrou a hierarquia, princípio basilar do funcionamento do judiciário, de forma tão escancarada que forçou uma reação do próprio judiciário, costumeiramente dócil às delinquências do magistrado de primeiro grau.
A máquina de manipulação conservadora já tenta usar o fato de que o desembargador Rogério Favreto foi filiado ao PT para deslegitimar a decisão do magistrado.
Sobre isso, dois apontamentos: ser ex-filiado a qualquer partido está longe de ser crime, enquanto descumprir ordem judicial o é; a presença de Alexandre de Moraes, ex-secretário de governos tucanos e emedebistas, no STF sem jamais serem lembradas suas ligações partidárias, basta para desqualificar esse tipo de artifício.
Lula pode ser solto a qualquer momento e o golpe está nu.