Em São Paulo, a dinâmica não está de todo ruim para o campo progressista. Segundo sondagem feita pelo Paraná Pesquisas no estado de São Paulo nos dias 13 a 18 de junho, os dois principais nomes da esquerda, Lula e Ciro Gomes, se mantiveram firmes ou cresceram, na comparação com pesquisa anterior do mesmo instituto, feita em fevereiro, com os mesmos candidatos.
Importante: a pesquisa de fevereiro já não incluía Joaquim Barbosa, o que ajuda a comparar um momento com outro.
Já os principais candidatos conservadores, Bolsonaro e Alckmin caíram, em especial o tucano. Bolsonaro caiu de 23% em fevereiro para 21%, no cenário sem Lula, e de 22% a 20% num cenário com Lula.
Alckmin perdeu 4 pontos num cenário sem Lula: saiu de 22% em fevereiro para 18% agora, uma queda de 17%.
Com Lula, o tucano caiu para 16,7%, igualmente 4 pontos abaixo da pesquisa anterior.
Lula, por sua vez, se mantém firme com seus 19.5%, exatamente o mesmo percentual de fevereiro. O petista avança em alguns segmentos relevantes, sobretudo para uma região como São Paulo. Por exemplo, Lula ganhou dois pontos entre eleitores paulistas com ensino superior: tinha 11% em fevereiro e agora tem 13%.
Ciro Gomes se mantém firme em São Paulo nos cenários com a presença do ex-presidente: tinha 5,3% em fevereiro e agora tem 5,6%. E foi o candidato que mais avançou nos cenários sem Lula, passando de 6,5% para 8,3%, um crescimento de 28%. Em alguns segmentos, como entre homens, pessoas com mais de 45 anos, e eleitores com curso superior, Ciro já ultrapassou ou empatou com Marina Silva.
Fernando Haddad, possível substituto de Lula caso o ex-presidente não consiga o seu registro eleitoral, emagreceu 1 ponto na pesquisa, estacionando em 5% em junho. Curiosamente, Haddad perdeu 5 pontos entre mais jovens até 24 anos, onde pontuava bem em fevereiro, caindo de 11% para 6%.
Manuela D’Ávila, do PCdoB, e Guilherme Boulos, do PSOL, ainda não pontuam mais de 1% em São Paulo.
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