Em cenário sem Lula no último Datafolha, Manuela tem 4% no Sul. Considerando que a região Sul tem 21,4 milhões de votos, esses 4% correspondem a cerca de 860 mil eleitores.
Num cenário com a presença do presidente Lula, Manuela se mantém firme no Sul, com 3% das intenções de voto, o que mostra que ela conquistou, ao menos no Sul, um eleitor próprio.
No Brasil todo, em cenário sem Lula, Manuela pontua 2%, o que pode significar mais de 3 milhões de eleitores.
Na estratificação por idade, Manoela tem um bom desempenho de 4% entre jovens até 24 anos, empatando com Ciro e Alckmin, que tem 5% nessa faixa etária.
Como deputada, Manoela tem um histórico de votação admirável: em 2014, foi a deputada estadual mais votada no estado, com 222,4 mil votos. Para efeito de comparação, Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, e um dos maiores críticos à candidatura de Manuela D’Ávila, obteve, no mesmo ano, 12 mil votos nacionalmente.
Boulos
Como nunca passou pelo crivo eleitoral, o potencial de votos de Boulos tem de ser medido exclusivamente por seu desempenho nas pesquisas. O pré-candidato do PSOL pontua 1% nas pesquisas. Os segmentos onde Boulos tem destaque são o eleitorado com ensino superior, onde ele pontua 3%, e eleitores com renda famíliar média entre 5 e 10 salários, onde também marcou 3%.
Haddad
Na última eleição de que participou, onde disputou a reeleição para prefeito de São Paulo, Haddad obteve 16,7% dos votos, ou 967.190 votos. João Dória ganhou a eleição no 1º turno.
Na última pesquisa Datafolha, Haddad pontua 1% nos cenários – obviamente – sem Lula. Este 1% se repete monotonamente em todas as regiões/segmentos, com exceção de dois, onde o petista tem um desempenho melhor: entre eleitores com curso superior, Haddad marca 3%; entre os que tem renda familiar acima de 10 salários, Haddad atingiu 7%.
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A força dos candidatos do campo progressista, porém, não pode ser medida apenas por seu tamanho nas pesquisas. Muito maior que seu tamanho momentâneo, é o peso simbólico e político de cada candidatura.