Em sabatina de pré-candidatos à presidência realizada nesta quarta-feira (6) pelo Correio Braziliense, o ex-ministro da Fazenda e candidato do governo ilegítimo de Michel Temer, Henrique Meirelles escancarou seu projeto de privatização de diversas empresas públicas.
Sempre sob o vencido discurso de “profissionalização de gestão”, Meirelles defendeu a privatização imediata da Petrobras e, a curto prazo, a pulverização de capital dos bancos públicos. “A Caixa Econômica está sendo preparada para isso (abertura de capital)”, adiantou.
Meirelles só faz estender para sua campanha o absoluto desprezo que o governo a que serviu tem pela soberania do país e por seu povo.
Pesquisa CUT/Vox Populi recém realizada para saber a opinião da população sobre as privatizações revela, dentre outros, os seguintes resultados:
– 49% dos entrevistados acham que a Caixa (100% pública) e o Banco do Brasil são indispensáveis ao desenvolvimento nacional e não devem ser privatizados;
– 47% acreditam que se a Caixa for privatizada muitas cidades do interior ficarão sem agências bancárias, diminuindo ou mesmo extinguindo programas sociais;
– Para 49% dos entrevistados, consumada a privatização da Caixa, o FGTS deixará de financiar habitação para as famílias de baixa renda.
Em todos os casos, os números expressam a opinião da maioria absoluta, uma vez que os cenários de aprovação à privatização não ultrapassam 26%, percentual próximo dos que não quiseram ou não souberam opinar.
34º Conecef
Começa nesta quinta-feira (7), na capital paulista, a 34ª edição do Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), maior e mais importante instância de decisão dos trabalhadores do banco, reunindo 455 delegados de todo o país que, até o dia 8, debaterão, primordialmente, estratégias de resistência e defesa de uma Caixa 100% pública.
Dentre os painelistas, Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência, a deputada federal Erika Kokay (PT/DF), Maria Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, e José Eymard Loguércio, advogado da Fenae e da CUT.