Notas internacionais. Por Ana Prestes

Notas internacionais (por Ana Prestes) 04/06/18

– A presidência da Assembleia Geral da ONU (AGNU) estará pela primeira vez com uma mulher latino-americana. Só falta saber quem será. Está na disputa a chanceler do Equador, Maria Fernanda Espinosa, e a também chanceler, mas de Honduras, Mary Flores. A decisão se dará na próxima terça, 5 de março. A presidência é renovada a cada ano. Será a quarta vez que uma mulher assumirá o posto, após 7 décadas de existência da assembleia.

– Embaixador dos EUA na OEA, Carlos Trujilo, afirma que já existem os 24 votos para aprovar o “desconhecimento” da eleição de Maduro e pavimentar o caminho para suspender a Venezuela do organismo por ruptura da ordem democrática. A assembleia geral da OEA começa hoje (4) em Washington e vai até amanhã (5).

– A Assembleia Nacional de Cuba aprovou, neste sábado (2), o início de um processo de reforma constitucional. A atual constituição foi adotada em 1976. Uma comissão de 33 deputados, liderada por Raúl Castro, fará a proposta de novo texto da Constituição.

– O Governo Venezuelano, recém-reeleito, tem adotado uma série de medidas como passos de um processo de reconciliação nacional. Além de ter libertado um casal de missionários norte-americanos, ser reuniu com todos os governadores eleitos e deu liberdade total ou condicional a uma série de pessoas presas desde 2002 condenadas por participação no golpe de 2002, motins, conspirações e ataques a pessoas e à propriedade pública. O partido MUD (mesa da unidade democrática), que congrega parte da oposição do país e se absteve de participar do recente processo eleitoral (20 de maio), se pronunciou reconhecendo as libertações, mas protestando com as condicionantes de que várias das pessoas libertadas não poderão circular livremente, fazer declarações públicas e uso das redes sociais.

– Com o avanço das conversações entre as duas coreias sobre temas militares e da sensível questão da reunificação de famílias divididas pela guerra, foi acordada a criação de um escritório de ligação na cidade de Kaesong, na parte norte-coreana da fronteira. Enquanto isso, Donald Trump anunciou na última sexta (1º. de junho) que será realizada a cúpula EUA – Coréia do Norte no próximo dia 12 de junho. Mas nem tudo são flores, pois ontem mesmo (3), o governo norte-coreano condenou os planos da Coreia do Sul de participar com os EUA de exercícios militares na bacia do Pacífico e o exercício Ulchi-Freedom Guardiam, que envolve tropas norte coreanas e norte americanas e acontece desde 1976 com foco na defesa da Coreia do Sul de um ataque da Coreia do Norte.

– Finalmente a Itália tem um governo. Após quase 90 dias de impasse. Já se fala que o primeiro ministro desconhecido, Giuseppe Conte, será uma rainha da Inglaterra e quem vai mandar mesmo são Luigi Di Maio (M5E) e Matteo Salvini (Liga), que ficaram respectivamente como Ministro do Trabalho e Vice-premiê/Ministro do Interior. O novo gabinete tem 18 ministros, sendo que 5 são mulheres. Em seus primeiros pronunciamentos, o vice-premiê Salvini disse que expulsar imigrantes será uma das prioridades do governo. A proposta é deportar pelo menos 500 mil imigrantes que estão ilegais no país.

– Chama a atenção do mundo inteiro que o candidato presidencial de centro-esquerda do México, Andrés Manuel Lópes Obrador, ampliou consideravelmente sua vantagem sobre os demais concorrentes nas mais recentes pesquisas publicadas no país. Ele conta com aproximadamente 50% das intenções de voto. A campanha eleitoral tem sido marcada pela escalada da violência já presente no país. No fim de semana que passou duas candidatas foram assassinadas, Juany Maldonado, 45, candidata pelo Partido Verde no estado de Puebla e Pamela Terán, do PRI (partido revolucionário institucional) no estado de Oaxaca. As pessoas que as acompanhavam também foram exterminadas. Desde o início da campanha no México, em setembro, mais de cem políticos foram assassinados no país.

– Yasodara Córdova, pesquisadora da Escola de Governo de Harvard, nos EUA, que estuda como os governos lidam com a internet, e Fabrício Benevenuto, professor de Ciência da Computação da UFMG, disseram à uma entrevista da BBC que a paralisação dos caminhoneiro no Brasil pode ter sido a maior mobilização mundial já feita pelo Whatsapp.

– A produção nacional de óleo diesel no primeiro trimestre no Brasil atingiu o pior nível para o mesmo período desde 2003. Resultado de uma persistente abertura do país para o mercado de combustíveis importados.

– A morte de uma paramédica voluntária palestina, Razan al-Najjar, de 21 anos, chocou o mundo. Ela foi morta na sexta (01) enquanto tentava alcançar uma pessoa ferida durante os protestos de palestinos contra Israel na Faixa de Gaza, bem junto à fronteira.

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