A pesquisa Ibope em São Paulo, cuja íntegra foi divulgada há pouco, mostra que Lula permanece um fenômeno incontestável entre o eleitorado mais pobre. Sua força, porém, cai brutalmente a partir dos eleitores com renda familiar com renda superior a 2 salários. A partir daí, quem lidera, incontestavelmente, é Bolsonaro.
Entre quem ganha até 1 salário, Lula tem 39% dos votos, contra 6% de Bolsonaro. Entre quem ganha 1 a 2, o petista cai para 25% e Bolsonaro sobe para 17%. Entre quem ganha de 2 a 5 salários, Lula cai para 19% e Bolsonaro dispara para 25%. Entre quem ganha mais de 5 salários, o eleitorado lulista desaba para 16% enquanto o de Bolsonaro vai a 26%.
No cenário com Lula, todos os candidatos de esquerda e centro-esquerda minguam em São Paulo. Manuela D´Ávila e Boulos não pontuam e Ciro Gomes tem apenas 3%. Lula tem 23% dos votos totais, 4 pontos acima de Bolsonaro, que tem 19% e 10 pontos acima de Alckmin, que ficou com 13%.
No cenário sem Lula, Manuela e Boulos pontuam 1%, Haddad chega a 3%, e Ciro Gomes vai a 7%.
Olhando os votos entre os mais pobres, que ganham até 1 salário, onde o lulismo tem mais força, os principais candidatos se embolam em primeiro lugar: Alckmin, Bolsonaro, Marina e Ciro estão rigorosamente empatados, com 10% a 11%.
Os nulos e brancos explodem no cenário sem Lula, entre os mais pobres: 34%.
A força principal de Bolsonaro é no interior, onde ele tem 23%, contra 14% na capital e 17% na periferia.
Fernando Haddad, o provável candidato petista, em caso de não participação de Lula, tem mais força na capital, onde ficou com 7% das intenções de votos, mesmo percentual de Ciro, que também tem 7% na região.
Ainda considerando apenas a capital, temos Boulos com 3% dos votos – ele não pontua na periferia e no interior.
Ciro Gomes tem seu melhor desempenho na periferia, onde marcou 12%, empatado com Alckmin (13%) e acima de Marina (10%). Haddad tem 5% na periferia.