João Doria lidera com pequena vantagem a disputa ao governo em São Paulo
A segunda pesquisa IBOPE Inteligência/ TV Band, realizada de 24 a 27 de maio no estado de São Paulo, aponta João Doria, do PSDB, à frente na disputa com 22% das intenções de voto. O emedebista Paulo Skaf está na segunda colocação com 15% das menções. Em outro patamar, Luiz Marinho (PT) e Márcio França (PSB) são mencionados por 4% e 3% dos eleitores, respectivamente; Rodrigo Tavares (PRTB) e Professora Lisete Arelaro (PSOL) têm 2% das citações cada um; Rogerio Chequer (Novo) aparece com 1% das intenções de voto, enquanto Alexandre Zeitune (REDE) é mencionado, mas não atinge 1% de menções. Neste momento, os eleitores paulistas que intentam votar em branco ou nulo somam 40% e outros 10% não sabem ou não respondem.
Lembrando que as candidaturas não estão oficialmente definidas e, portanto, os cenários testados consideram prováveis nomes para a disputa. Além disso, não é possível comparar os resultados com os do levantamento anterior, uma vez que foi incluído um novo pré-candidato.
Destaques por segmentos
– As intenções de voto em João Doria aumentam conforme a escolaridade e a renda familiar dos eleitores, indo de 13% entre os menos escolarizados até 29% entre os que possuem ensino superior e de 13% entre aqueles cuja renda familiar é de até 1 salário mínimo até 36% entre os que têm renda familiar acima de 5 salários mínimos. É nesse segmento de renda mais elevada que suas intenções de voto são mais expressivas. Destaca-se também entre os homens com 27% das citações, contra 17% entre as mulheres.
– Já as intenções de voto em Skaf são mais frequentes entre os eleitores com idade de 45 a 54 anos (20%) e entre os moradores da capital paulista (19%).
– Os demais candidatos apresentam intenções de voto distribuídas de maneira homogênea nos segmentos analisados.
Senador
O IBOPE Inteligência testou também um possível cenário político para a disputa pelas duas vagas ao Senado, uma vez que neste momento não há nomes formalmente oficializados para o cargo. Além disso, não é possível comparar os resultados com os do levantamento anterior, já que houve alterações nos nomes testados. Eduardo Suplicy (PT) aparece numericamente à frente, com 30% das intenções de voto, seguido de perto pelo candidato José Luiz Datena, do DEM, com 26% das menções. A pré-candidata pelo MDB, Marta, aparece com 18% das menções, seguida pelos possíveis candidatos Mario Covas Neto (PODEMOS) com 12% e Major Olímpio (PSL) com 10% das intenções de voto. Os demais précandidatos (José Anibal e Ricardo Tripoli do PSDB , Educador Daniel Cara do PSOL, Jair Andreoni do PRTB, Jilmar Tatto do PT, Silvia Ferraro do PSOL e Christian Lohbauer do NOVO) têm até 6% das menções, cada um. Aqueles que declaram intenção de votar em branco ou anular o voto totalizam 52%. Eleitores indecisos somam 14% e 17% citam apenas um candidato.
Presidente
A pesquisa testou também três simulações de intenção de voto para presidente no estado de São Paulo. A primeira delas considera o ex-presidente Lula como candidato pelo PT. Já na segunda simulação Lula é substituído pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e pelo ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, no terceiro e último cenário investigado. Ainda, não é possível comparar os resultados com os do levantamento anterior, pois houve alterações nos nomes testados.
Avaliação da administração estadual
A administração do governador Márcio França é avaliada negativamente (ruim ou péssima) por quase dois quintos dos eleitores (38%), enquanto 35% a avaliam de maneira regular e 9% dos paulistas a avaliam positivamente (ótima ou boa). São 18% os que não sabem ou não querem opinar.
A maioria dos eleitores entrevistados (58%) desaprova a forma como Márcio França vem administrando o estado de São Paulo, contra 19% que a aprovam. Aqueles que não sabem ou preferem não responder totalizam 23%.
Os paulistas que declaram não confiar no governador Márcio França somam 72%, enquanto 16% confiam. Os eleitores que preferem não opinar somam 12%.
Principais problemas do estado
Saúde continua sendo a área mais problemática, sendo citada pela maioria dos eleitores (57%), apresentando então um recuo de 9 pontos percentuais com relação à medição anterior. Na sequência, aparece a área de segurança pública, com 38% (5 pontos percentuais a mais que na segunda pesquisa). Educação e corrupção são mencionadas por 34% dos entrevistados, cada uma (tinham 40% e 27% de citações, respectivamente). Lembrando que estes percentuais correspondem à soma das três áreas que poderiam mencionar.
Avaliação da administração federal
O percentual de eleitores paulistas que avaliam a administração do Michel Temer de maneira negativa (ruim ou péssima) vai de 68% para 81% nesta rodada. Já aqueles que consideram a atual administração regular são 14% (eram 23%); enquanto os que a avaliam positivamente (ótima ou boa) oscilam de 6% para 4%.
A grande maioria dos paulistas (91%) continuam desaprovando a forma como Michel Temer está governando o Brasil (7 pontos percentuais a mais que no levantamento anterior) e 7% a aprovam (eram 12%). Aqueles que não sabem ou preferem não opinar somam 2%.