Por Ana Prestes
A menos de 48 horas do início do processo eleitoral que elegerá o próximo Presidente da Colômbia, seu atual mandatário, Juan Manuel Santos, anunciou, nesta sexta-feira, 25 de maio, que o país ingressará na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O país não possui nenhum vínculo histórico ou geográfico com a organização de cooperação militar. Entrará na qualidade de “parceiro global”, sendo o primeiro país da América Latina a fazer parte do bloco de alguma forma. A formalização do ingresso se dará na próxima semana, mais precisamente no dia 31 de maio, em Bruxelas.
O que chama a atenção é a data escolhida para o anúncio. O prêmio Nobel da Paz, J. Manuel Santos, escolheu ingressar na historicamente belicista OTAN na mesma semana em que se concluiu o processo eleitoral na vizinha Venezuela e em que se inicia a etapa final do processo eleitoral colombiano. Um candidato da esquerda, Gustavo Petro, está muito bem posicionado na disputa, além disso, trata-se da véspera do culminar de uma campanha eleitoral marcada por muita instabilidade. A eleição de domingo, 27 de maio, já está sob uma nuvem de suspeita pelas inúmeras denúncias de irregularidades feitas nas últimas semanas por candidatos, sociedade civil e até comunidade externa que observa o pleito.
A eleição está polarizada entre o uribismo, representado por Ivan Duque, e a esquerda democrática, representada por Gustavo Petro. Os acordos de paz com as FARC e as negociações com a ELN estão no centro do debate eleitoral de um país marcado pela divisão e a violência há décadas. O uribismo quer tornar os acordos inoperantes e Petro quer executá-los, ao passo em que se compromete a aprofundar a democracia no país e enfrentar as oligarquias dominantes há décadas. Ambos podem ir para a disputa do segundo turno em 17 de junho, o que levará ainda mais a uma polarização de opiniões na disputa e a Colômbia para o centro do debate político latino-americano. As possibilidades de Gustavo Petro são reais e isto pode assustar os que veem a Colômbia como a porta de entrada da militarização imperialista no continente.
Está nos termos da OTAN que a organização de cooperação militar constitui um sistema de defesa coletiva, no qual os Estados membros estão de acordo em defender qualquer de seus membros que sejam atacados por forças externas ao seu país. Sabe-se que a OTAN é liderada por Washington e que os EUA disponibilizam vultosos recursos para cuidar de seus objetivos militares. Impossível, portanto, não pensar na tensão entre a Colômbia e a vizinha Venezuela neste cenário. Tudo isso conjugado à ofensiva norte-americana das últimas semanas para desestabilizar o país.
Vem a calhar, portanto, o candidato uribista Iván Duque, que ao longo da campanha tentou criar um vínculo ainda mais forte com parte da população colombiana que está suscetível a um endurecimento com a Venezuela de Maduro. O candidato realizou várias promessas desde levar os supostos abusos de direitos humanos na Venezuela para a Corte de Haia a distribuir em cotas pela América Latina os venezuelanos migrados para a Colômbia, a ativar militarmente a Combifron (Comissão Binacional de Fronteira com o Brasil) e até cartazes espalhados com sua imagem e os dizeres: “não quero viver como um venezuelano”.
*Foi também nesta sexta, 25, que os países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprovaram a entrada da Colômbia na entidade, como o membro 37, ao final de sete anos de processo de adesão. Para efetivar a participação a Colômbia ainda precisará ratificar a decisão em seu Parlamento e depositar a adesão diante do Governo Francês.
Sebastião Farias
27/05/2018 - 12h10
Não é surpresa, essa informação, que segue uma sequência de informações estratégicas abaixo, muito significativas para o Continente Sul-Americano.
As barreiras da neutralidade continental aos conflitos internacionais criados por interesse imperialista, da fraternidade continental, a paz e o diálogo responsável dos povos do continente para resolverem suas diferenças, a ideia de uma defesa unida do continente contra agressão externa foram rompidas e se encontram abertas e desprotegidas, o trabalho interno dos inimigos do continente, venceu.
Bem vindos ao caos, porque, a Colômbia ao aderir ao acordo, será o álibi perfeito do império para intervir e implantar focos de guerra de seu interesse. E aguardem, essas ocorrências nefastas, não demorarão, esperem até o emissário americano nos visitar e voltar. Aguardem.
Pena que ninguém, nenhum estrategista continental se manifesta sobre o assunto.
Se temos riquezas naturais abundantes, incluindo : Biomas Únicos; Aqüiferos e Água abundantes; Recursos Petrolíferos e Minerais abundantes, inclusive, estratégicos, de alto valor no mercado; terras agricultáveis; Recursos Florestais, Animais e Piscícolas imensos; Biodiversidade invejável; Temos um litoral belo e invejável; Temos duas Amazônias, uma terrestre e Verde e uma oceânica e Azul; somos por enquanto, um dos maiores produtores de alimentos, etc; infelizmente, nosso povo é ingenuo e não tem noção dos bens naturais que recebeu de Deus, para cuidar e proteger, prefere entregar ao estrangeiro, coisas que o império e os colonizadores não fazem nem permitem, agora isso? Acordem brasileiros enquanto lhes resta algo.
https://outraspalavras.net/brasil/o-brasil-no-epicentro-da-guerra-hibrida/ ;
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/brasil-e-outros-cinco-paises-suspendem-participacao-na-unasul-diz-agencia.shtml ;
http://impactocna.com/colombia-ingresara-a-la-organizacion-del-tratado-del-atlantico-norte-otan/ ;
Jochann Daniel
26/05/2018 - 22h11
Desculpe, mas,
a OTAN é dominada
pelo cartel Rothschild.
Assim como
(pasmem, mas,
procurem saber melhor)
a ONU.
E muitos,
muitos outras entidades
mundiais.
No momento
o chefe do cartel
é o primeiro e único
trilionário em dólares
mundial.
Para saber mais
entre no Google
com as palavras
“Rothschild my name humanity enemies images”
euclides de oliveira pinto neto
26/05/2018 - 18h44
Eles querem se tornar a base do Exército Mundial aqui na América Latrina. Qualquer invasão a países da região seria promovida por eles, contando com o respaldo da OTAN, organização terrorista internacional, embrião do Exército Mundial da Nova Ordem Mundial, que os sionistas khazarians estão tentando implantar no planeta, com sede em IsraHELL, o “povo designado por Deus para dirigir a humanidade”… Deus falou isto diretamente para o Bibi, primeiro-ministro de IsraHELL…
Albert
26/05/2018 - 11h45
Vário paises europeus tem buscado fazer exatamente o oposto. Deixar a OTAN.
DIGA NÃO A OTAN.
Vassalos.
Jurandir
26/05/2018 - 11h35
Por que será? Faz fronteira com quem? E ai presidente Maduro? Vamos ter mais saco roxo do que nunca e concretizar a ideia da base russa ou chinesa na Venezuela? Quem esta batendo os tambores da guerra é o “deep state” dos EUA. Trump é um bunda mole. Só abestalhado fanboy dos yanques acha que ele tem haver com isso. Os EUA querem dominar o petróleo dos venezuelanos e achavam que iriam conseguir isso fácil, com o apoio de autoridades colaboracionistas, como fizeram aqui no Brasil.
Jochann Daniel
26/05/2018 - 22h16
Beleza “Jurandir”
Confusão subliminar
e deixar plantado
RÚSSia e China
(e Venezuela)
“inimigos”
é isso aí.
Tão ensinando
cada vez melhores
técnicas a vocês hein?
Bons proveitos
para os dólares
que você amealhou
com este seu “comentário” .