Publicado pela FUP
A disparada dos preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel não pode ser tratada como uma questão apenas de tributação. É, acima de tudo, um problema de gestão da Petrobrás, que vem sendo administrada para atender exclusivamente aos interesses do mercado.
Com o aval do governo Temer, o presidente da empresa, Pedro Parente, adotou em outubro de 2016 uma política de preços internacionais para os derivados produzidos pela estatal, sem estabelecer qualquer mecanismo de proteção para o consumidor. A FUP denunciou na época que quem pagaria a conta seria o povo brasileiro e que o País estaria refém das crises internacionais de petróleo.
Mesmo sabendo das consequências, Temer e Parente optaram por satisfazer o mercado e, em julho do ano passado, os reajustes nas refinarias passaram a ser diários. Desde então, a Petrobrás alterou 230 vezes os preços nas refinarias. Isso resultou em aumentos de mais de 50% na gasolina e diesel, enquanto os preços do GLP tiveram 60% de reajuste.
Não adianta, portanto, reduzir os impostos, que o governo já havia aumentado em 100% no ano passado, se não houver uma mudança estrutural na gestão da Petrobrás. Os combustíveis continuarão subindo de forma descontrolada, enquanto o principal foco do problema não for atacado.
O alinhamento internacional dos preços de derivados faz parte do desmonte da Petrobrás. O objetivo é privatizar as refinarias, os dutos e terminais, assim como já ocorreu com os campos do Pré-Sal, gasodutos, subsidiárias, entre dezenas de outros ativos estratégicos da estatal. Para facilitar a entrega, Pedro Parente, subutilizou o parque de refino e passou a estimular a importação de derivados por empresas privadas.
Em 2013, a Petrobrás tinha capacidade de atender 90% da demanda interna de combustíveis. Em 2017, esse percentual caiu para 76%. Algumas refinarias já operam com menos da metade da capacidade de produção, como é o caso da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, uma das quatro unidades que Parente colocou à venda.
Beneficiadas por essa política, as importadoras de combustíveis fazem a festa. Os derivados importados já representam 24% do mercado nacional. Ou seja, a cada 10 litros de gasolina vendidos no Brasil, 2,5 litros são importados. Enquanto isso, a Petrobrás está sendo reduzida a uma mera exportadora de petróleo, quando poderia abastecer integralmente o País com diesel, gasolina e gás de cozinha a preços bem abaixo do mercado internacional.
Pedro Parente, que no inicio dos anos 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso, ficou conhecido como o ministro do apagão, de novo criou uma armadilha para o povo. Com a enxurrada de importação de combustíveis, ficará mais difícil controlar os preços, pois, sem a paridade internacional, as importadoras saem de cena, deixando o prejuízo para a Petrobrás. Se a estatal não voltar a ocupar lugar de destaque no refino e na distribuição de derivados, ficará cada vez mais refém dos preços internacionais.
Estamos, portanto, diante de mais um apagão imposto por Pedro Parente. Um desmonte que a mídia esconde, fazendo a população pensar que a disparada dos preços dos combustíveis é apenas uma questão de tributação.
Por isso os petroleiros farão a maior greve da história da Petrobrás. Uma greve que não é por salários, nem benefícios. Uma greve pela redução dos preços do gás de cozinha, da gasolina e do diesel. Uma greve pela retomada da produção de combustíveis nas refinarias brasileiras e pelo fim das importações de derivados de petróleo. Uma greve contra o desmonte da empresa que é estratégica para a nação.
Porque defender a Petrobrás é defender os interesses do povo brasileiro.
Marcos
27/05/2018 - 14h11
Lembrando que Temer foi abençoado pelo Pastor Silas Malafaia
Régis
27/05/2018 - 13h23
Temer foi na igreja pedir uma pregação ao padre. sabe o que ele rezou nessa manhã de domingo pro vampirão?
Missa de 7º dia!
Guimarães Roberto
27/05/2018 - 13h22
O comandante da Petrobras só sai se os “Isteites” permitirem. Deveria ser deposto e preso, mas como isso aqui é Brasil, fica por isso mesmo e que se dane o povo. Já o árbitro de Curitiba, iniciante dessa desnacionalização, só será demitido se o FBI autorizar. Fora disso, sem chance. Quanto ao MiShell há que se implorar ao Trumpelite tendo em vista que seu país é o principal beneficiário dessa entrega de patrimônio tupiniquim.
Régis
27/05/2018 - 10h51
a gestão da Petrobrás atual pode ser vista de maneira simples
– Redução na exploração e refino: explorar e refinar custa alto, isso é gasto que tem que ser cortado
– O maquinário e a logística parados pela redução na exploração e refino. solução: vende o patrimônio
– Divídas da empresa tem que ser pagas pois acionista não gosta de empresa endivida. Aliás, ninguém gosta do governo americano, talvez porque seja um dos mais endividados do mundo e não tenha pressa nenhuma em pagar os credores. O dinheiro tem que entrar de algum lugar!
– Venda de ativos: a empresa vende tudo o que tem para guardar dinheiro. Tira um pouco para pagar dívidas
– Desinvestimento: a empresa não investe para guardar dinheiro. Tira um pouco para pagar dívidas
– O funcionário fica parado, funcionário parado dá prejuízo. solução: demite o funcionário e paga dívidas com o mercado. O funcionário que se lasque.
– O petróleo é necessário ao país mas a empresa não extrai mais nem beneficia: é necessário comprar do mercado internacional. Os preços no mercado internacional são definidos pela OPEP. Comprar caro aos preços da OPEP e vender barato dá prejuízo. Acionista quer é lucro na iBovespa ou em New York. Solução: aumentar o preço nas distribuidoras. Petróleo é chamado de papel na bolsa. E o acionista vive de rodar a bolsinha no pregão.
– Acionista bom para a Petrobrás é aquele que não aceita tomar prejuízo. presidente bom para a empresa e aquele não aceita que os acionistas tomem prejuízo. Portanto, nas perdas da Bolsa, basta o acionista processar a empresa (mesmo que seja na justiça ianque) e o presidente nem espera o processo e logo oferece um acordo. O acordo paga mais que os acionistas pedem na justiça!
– A população precisa dos combustíveis e derivados mas o preço está muito alto. O governo oferece reduzir o preço do combustível aumentando os impostos ou… pegando o imposto que você já pagou para ressarcir a empresa. Isso irá para o caixa da empresa. Caixa cheia, aumento dos lucros dos acionista com o ressarcimento. Esse dinheiro vem, por exemplo, do corte de gastos, que também justifica os desinvestimentos no país igualzinho o Parente do Pedro faz com a Petrobrás.
– A lava jato recupera os prejuízos da corrupção petista e dá para a Petrobrás (esqueceram de contar que corrupção não foi inventada pelo PT… e de provarem também que o PT fez corrupção na Petrobrás, ou você ainda acredita no atores PoRnoraenses a la Alexandre FROTISTA da farsa judicialesca?…) Mas a Petrobrás virou um banco, o banco vive de dar dinheiro para quem? Para acionistas! portanto, os ressarcimentos da lava jato à Petrobrás interessam a quem? Aos acionistas, pois o petróleo não é nosso e a Petrobrás, desde o Temer e seu Parente, servem simplesmente para dar dinheiro para acionistas.
Ariele Passos S.
26/05/2018 - 19h00
Que mundo é esse que estamos vivendo que marcha da maconha tem colocado infinitamente mais gente na rua dos as centrais sindicais?
jochann daniel
26/05/2018 - 21h15
Beleza “Ariele”
Bom e inteligente serviço………….
De desvio e confusão….
Você deverá receber um extra………………..
em……………..
dólares…………….
Sheila
26/05/2018 - 18h03
Obrigado pelao esclarecimento, inclusive porque culpam a rede globo digito em letras minúscula porque ela cai em meu conceito. Quem protege bandido acaba servindo de cobaia deles!
Emmanuel
26/05/2018 - 17h30
Poderia.
Mas enquando existir pig/globo/psdb/pmdb/dem/pf-mp-stf entguistas e demais ratos golpistas e entreguistas,
enquanto politicos venderem seus mandatos para empresas e para o livre mercado ,
enquanto as forças amadas atuarem como polícia e forem subserviente aos interesses das corporações imperialistas, defendendo interesses contrário a soberania do pais.
este pais sera sempre um pais de quinta categoria, uma república de bananas.
Jochann Daniel
26/05/2018 - 15h42
Só nos resta dizer >>>>>>>>>>>> malditos sejam!!!!
Mas, a Mídia (Globo à frente),
esconde tudo isto…..
E ainda rezam ao povo>>>>>
tem que ser assim,
equiparar os preços
dos combustíveis
aos preços internacionais
é bom pro Brasil,
é bom pros brasileiros………
Somos reféns,
também,
da Mídia traidora
(Globo à frente),
que os brasileiros
ainda vão saber
(se Deus quiser)
que trabalha
para nossos
inimigos
(os grandes interesses de dinheiro internacionais)
Jurandir
26/05/2018 - 15h34
Parabéns, Miguel! Voltamos a ter foco neste blog!