Por Helena Chagas
É grande, enorme, a preocupação em Brasília. Até agora, não parece ter surtido grandes efeitos o acordo acertado ontem à noite entre Planalto e caminhoneiros. Em mais de vinte estados, ainda há bloqueios de rodovias. As reservas de combustível no Aeroporto de Brasília devem acabar ainda na manhã desta sexta – e depois disso ninguém sai e ninguém chega.
Algumas pessoas que estiveram com Michel Temer acham que ele ainda não assimilou toda a gravidade da situação. O governo está dividido entre aqueles que ainda esperam pela trégua dos caminhoneiros e os que defendem uma atitude de força, com a convocação das Forças Armadas para assegurar o livre trânsito nas estradas e o acionamento da Polícia Federal e da Justiça contra o locaute dos empresários do transporte de cargas, que, claramente, estão participando do comando do movimento.
A situação está para lá de delicada. A mídia diz que o governo está acuado, encurralado, fragilizado, refém. Entre quatro paredes, muita gente teme o que pode sair daí. Medidas de força, nas mãos de governos fracos, podem ser muito perigosas.
Cecília
25/05/2018 - 18h56
Infelizmente quando não se sabe conversar, discernir, o desespero toma causa, e pensam que ativando militarismo tudo se resolve..eu diria que isso se chama incapacidade de governar. Tão claro como a água potável. Solução existe, basta fazer acontecer.
Jaciara Siqueira Coelho
25/05/2018 - 13h46
Ditadura é ruim para a classe dos paneleiros. Não atinge a elite porque esta é a patroa dela. Não atinge os muitos pobres, porque nunca os largou.
Luiz
25/05/2018 - 13h31
Mais não era isso que os paneleiros criminosos e irresponsáveis queriam?