Sharan Burrow, Secretária Geral da CSI e Antonio Lisboa, Secretário Internacional da CUT lideram ato Lula Livre com ativistas londrinos
Foto: M. Noviello
Às vésperas da reunião do Conselho Geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), que acontece hoje e amanhã (dias 24 e 25 de maio) em Londres, sindicalistas de todo o mundo participam de um ato em frente à embaixada Brasileira contra a prisão do ex-presidente Lula, que contou também com a presença de grupos ativistas de Londres.
Entre os representantes de várias Confederações internacionais, estavam os Secretários de Relações Internacionais da TUC (Reino Unido), Owen Tudor, e da CUT, Antônio Lisboa.
A Secretária Geral da Organização, Sharan Burrow, também se manifestou, falando da prisão ilegal de Lula, lembrando que a ONU está formalmente investigando as violações contra as garantias fundamentais do ex-presidente.
Reiterou o apoio ao presidente e, junto com representantes sindicais de vários países, reafirmou que eleições sem Lula é Fraude.
Antes do evento, o Secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa, se encontrou com membros das comunidades de ativistas em Londres, sob a direção de Nara Jararaca e seus grupos Democracy for Brazil e comitêlulalivreUK, na sede da TUC (Confederação Britânica), onde mostrou seu agradecimento pelas atividades feitas no exterior, salientando a necessidade de continuar trabalhando para mudar, através do soft power, a opinião pública sobre os acontecimentos no Brasil.
Disse também que o movimento sindical global tem “muita clareza” do golpe que o Brasil sofreu com a retirada da Presidenta Dilma Rousseff do poder e dos retrocessos nas políticas públicas que isto desencadeou.
O movimento sindical vê com muita preocupação as reformas trabalhistas que mudaram mais de 100 artigos da CLT, mudança esta condenada pelo Comitê de Peritos da OIT.
A Respeito da Decisão da ONU
Os advogados de Lula em Londres, liderados por Geoffrey Robertson Q.C., se mostraram satisfeitos com a decisão da ONU em continuar formalmente a investigação do caso Lula.
Disseram que não esperavam que a ONU pedisse a soltura do ex-presidente e que a investigação leva em conta, e espera, que o Brasil garanta os direitos civis e políticos de Lula: isto é, que ele possa participar das eleições de outubro.
Ainda disseram que a decisão da ONU seria uma vitória moral para os advogados de Lula contra o governo brasileiro.