Não é guerra às drogas, é guerra aos pobres.
Por Xaolin da Rocinha
“Viver, viver, viver!”
Era assim que Pipoca da Bike se referia a mim quando estava pedalando e se encontrava comigo nas minhas caminhadas. Pipoca gostava de mim e eu dele. Afinal éramos da mesma geração e vivíamos por ali nos becos da Rocinha ou na ciclovia de São Conrado nos esbarrando de vez em quando.
Essas mortes violentas nas favelas mostram a realidade atual; a criminalização da pobreza.
Já não é mais guerra às drogas é guerra aos pobres.
É necessário manter os pobres afastado da convivência da cidade, até mesmo elimina-los fisicamente.
Afinal para que serve a pobreza a não ser dar mais despesa para o Estado. Realizar saneamento básico, colocar as escolas e a saúde funcionando com qualidade, construir praças de lazer e quadras de esportes, gerar emprego para os jovens, tudo isso aumenta gastos no orçamento público.
O importante é servir e proteger os ricos do sistema e eliminar fisicamente os pobres. Disseminar o ódio e justificar a criminalização da pobreza como guerra às drogas.
É fato que nesta criminalização insana aos pobres, morre criança, morre jovem, morre idoso, todos favelados, todos pobres.
Morrer é preciso, viver não é preciso! Me sentindo triste! x Crónica de Xaolin da Rocinha
Jochann Daniel
16/05/2018 - 12h10
Desculpe,
mas,
é claro
que é guerra às drogas:
Manter os preços
nas alturas
é interesse
dos altos escalões
do tráfico…
Aqueles que mandam
nos aviões
e nos helicópteros
(Se é que miintendem, à la Pelé…)
Jochann Daniel
16/05/2018 - 12h16
E quem paga a conta
são os pé de chinelo
varejistas,
os que vivem
em torno deles
e o público em geral
(balas perdidas,
criminalidade
por parte dos varejistas
deslocados, etc.).