Jeferson Miola
Deve haver alguma razão superior para a obsessão do Elio Gaspari com Lula e com o PT.
Este colunista político, que um dia já chegou a considerar Geisel e Golbery grandes personalidades da história do Brasil e que em tempos nem tão remotos chegou a defender que “Michel Temer é o que há de melhor para levar o país até as eleições de 2018” [no incrível artigo Fica, Temer, de março de 2017], parece estar vivendo um surto agudo da sua síndrome obsessiva.
A fixação dele no Lula e no PT é de tal ordem incontrolável que Gaspari se parece com aquele padeiro desatinado que, na falta de ideia melhor, mistura esterco de vaca à farinha de trigo na ilusão de substituir o fermento para produzir pão.
As 2 últimas colunas dele, publicadas na Folha e n´O Globo, são prova deste colunismo “padeiro-alquimista” do Gaspari.
No domingo passado [6/5], na coluna que escreveu sobre o incêndio do edifício em SP ocupado por moradores sem-teto, a fixação em Lula apareceu logo na frase nada-a-ver que abre a coluna: “Condenado por corrupção, o maior líder popular surgido depois de Getúlio Vargas está na cadeia”.
Qualquer criancinha que conseguisse controlar a náusea para ler a coluna até o fim se perguntaria: “Tá, e aí, mas o quê uma coisa tem a ver com a outra”?
Nesta quarta-feira, 9/5, o padeiro-alquimista evidenciou que sua síndrome obsessivo-compulsiva atingiu um nível ainda mais crítico.
Na coluna publicada, Gaspari comenta 3 assuntos: [1] a prisão de parte da gangue de doleiros que atendem os interesses das grandes empresas e de políticos [esquecendo, porém, de citar a estranha fuga do doleiro-mor, Dario Messer], [2] o esquema de entrega de dinheiro vivo ao Temer através da “mula” do Padilha, o amigo José Yunes, e [3] o esquema multi-milionário de corrupção do PSDB, operado através do assessor dos tucanos Alckmin, Serra e Aloysio Nunes Ferreira, o Paulo Preto.
O título que o padeiro-alquimista incrivelmente atribuiu a esta coluna foi nada menos que “Três cenas de ladroagens, sem PT”!!
Gaspari enlouqueceu – com o devido pedido de escusa aos loucos, que não merecem ser identificados com tamanho mau-caratismo e tamanha canalhice.