Tivemos a honra de entrevistar uma das mais combativas parlamentares de Portugal, a deputada Joana Mortagua, do Bloco de Esquerda. Ela falou sobre o filme de Maria Augusta Ramos, O Processo, e disse que ele ajuda a entender que o Brasil viveu um golpe parlamentar. Mortágua disse que as forças políticas de Portugal estão atentas ao que acontece no Brasil, e que o país precisa de uma reforma dos meios de comunicação, para que haja mais pluralidade no debate de ideias. Elogiou o crescimento de espaços de resistência midiática e jornalística, como os blogs, e avaliou que uma das razões das dificuldades enfrentadas pela esquerda brasileira é consequência do fato de não ter democratizado a mídia. Em Portugal, a mídia é bem mais plural, contou Mortagua.
As fotos, direção e organização da entrevista são de Bruno Falci.
A deputada disse que a esquerda brasileira precisa ampliar o arco de alianças, em torno de propostas claras, e que precisa definir o inimigo comum, para ganhar as eleições. Essa foi a fórmula da vitória da esquerda em Portugal, disse ela.
Mortagua disse ainda que a esquerda portuguesa está atenta aos arbítrios judiciais cometidos contra o presidente Lula, e que, através da comunidade brasileira em Portugal, tem procurado ajudar a fazer a denúncia internacional de sua prisão política.
Assista ao vídeo da entrevista.
Flávio
11/05/2018 - 18h27
Pois é, precisa de mais pluralidade mesmo, mas para a deputada, que teve seu visão do impeachment do senhora Dilma pelo filme, esse papo de golpe só cola na esquerda ibero – americana mesmo, na minha opinião a visão dela é limitada, tem pouco eco no geral em Portugal.
Adalto
09/05/2018 - 20h19
Lula Inocente.
Lula Livre.
Lula Presidente.
Lula Inocente. Lula Livre. Lula Presidente.
#ELEIÇÃOSEMLULAÉFRAUDE
Raquel Filipa Simas Carmo
09/05/2018 - 16h35
A Joana a dar essa entrevista, que bom <3
NeoTupi
09/05/2018 - 15h32
Em Portugal não teve golpe e tem partidos de esquerda com bancadas que formam maioria no parlamento: Partido Socialista, Partido Comunista, Partido Verde, [Partido] Bloco de Esquerda.
Aqui o Partido Verde é direita golpista, o PSB deu o golpe e participou do governo Temer nomeando o ministro das Minas e Energia para privatizar a Eletrobras e entregar o RENCA. O PDT deu votos para o golpe. Ciro é a “esquerda” consentida pelo golpe, para esvaziar a liderança de Lula e do PT (o mesmo trabalho que Globo faz).
Então é muito diferente. Sobra PT, PCdoB, PSol e PCO, cujo desafio é aumentar as bancadas no parlamento para não ficar refém da direita caso ganhe a presidência.
Acho que a única saída de não rendição ao golpismo, é (com ou sem a pessoa do Lula) uma candidatura Lula-13 de cabo a rabo, de presidente a deputado. Outra candidatura Boulos-50 de cabo a rabo, de presidente a deputado. Outra Manuela 65 de cabo a rabo, de presidente a deputado. Para aumentar bancadas de esquerda e, ou ganhar ganhando, ou perder ganhando, como oposição forte e mobilizada.
O pior dos mundos é “ganhar” perdendo com Ciro ter de fazer governabilidade com a direita, e a gente eleger Ciro para irmos enfraquecidos e desmobilizados para a oposição no dia da posse.
Coligação com a direita por cima é rendição ao golpe. Só serve para burocrata partidário que quer cargos, mesmo sendo dentro do poder golpista, em vez de resistir, ganhando ou perdendo.