48% dos brasileiros: golpe militar seria ‘justificado’ diante da corrupção

O Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação, parceiro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INTC) realizou a pesquisa Satisfação com a Democracia e Conjuntura Política no Brasil durante os dias 15 e 23 do mês de março de 2018 e realizou 2.500 entrevistas em todos os estados do Brasil.

Segundo informa o estudo: “A pesquisa identificou que os padrões de satisfação dos brasileiros com o regime democrático encontram-se nos níveis mais baixos desde 2002”. UFMG, IESP/UERJ, Unicamp e UnB, e por
pesquisadores da USP, UFPR, UFPE, UNAMA, IPEA e, internacionalmente, do CES/UC e da UBA fazem parte do grupo de pesquisadores do instituto.

A crença na democracia é a mais baixa nos últimos 15 anos. Em 2018, registrou-se o menor nível de satisfação com a democracia brasileira, apenas 19,4% dos brasileiros estão satisfeitos com a democracia brasileira. Em 2014, o último ano do primeiro mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff, o nível atingia 38,9%. Perguntados se a democracia era preferível a qualquer outra forma de governo, 56,1% responderam que sim.

Um dos dados que chamam a atenção é a justificativa para um golpe militar no Brasil, 25,6% dos entrevistados acreditam que a medida seja justificada caso o desemprego atinga um índice muito alto. Entre 2007 e 2012 o nível variava em 15%. Atualmente, 13 milhões de pessoas estão desempregadas no país.

A pesquisa ainda traz outro dado alarmante, para quase 48% dos entrevistados, um golpe militar seria diante de “muita corrupção”: “Os dados relativos à circunstância envolvendo a corrupção apresentaram relativa estabilidade entre 2007 e 2012, com porcentagens entre 31% e 36%. A partir de 2014, porém, a porcentagem passou para 44,3%. Em 2018, atingiu 47,8%”.

GOLPE CONTRA DILMA
Para 47,9% dos brasileiros, a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um golpe em 2016. 43,5%, acreditam que o impeachment foi um evento “normal”. Outros 8,6% não sabem dizer.

O estudo pode ser lido na íntegra aqui.

Redação:
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