Em um país do tamanho do Brasil, com 207 milhões de pessoas e com a taxa de desemprego atingindo 13% em 2018, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, com salário de aproximadamente 33.460 reais criticou o que chamou de “vicio” do brasileiro no estado. Barroso participa da terceira edição do Brazil Forum UK, em Londres.
Segundo a revista Exame, Barroso afirmou: “Qualquer projeto depende do financiamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), da Caixa, do prefeito, do governador…. Temos que expandir a sociedade e reduzir essa dependência”, e completou: “a presença excessiva do Estado gera a cultura de favorecimento e está por trás do loteamento de cargos públicos, por exemplo”.
Barroso também atacou a desigualdade. “Embora tenhamos avanços, ainda vivemos no país a crença de que existem superiores e inferiores e cada um vai em busca de seu próprio privilégio. Cada um quer sua imunidade tributária, seu auxilio moradia, seu foro privilegiado e sua prisão especial”, mencionou durante o evento em que foi nomeado presidente de honra. “Homenagem boa é assim, em vida.”. A votação do auxílio-moradia está parada no STF há quatro anos, o relator é o ministro Luiz Fux.
O ministro chegou ao STF por nomeação da ex-presidenta Dilma Rousseff, ainda em 2013. Recentemente, o colunista da Folha de São Paulo, Reinaldo Azevedo atacou Barroso: “Ágil, Barroso resolveu ser herói do moralismo tacanho e fez da prisão de Lula uma bandeira.”. Reinaldo ainda disse que “Barroso se tornou a voz das trevas do direito penal contra um dos pilares de um regime de liberdades. Faoro se fez Faoro amansando a ditadura. Barroso se faz Barroso aviltando a democracia.”