Por Bajonas Teixeira
A Globo e a Folha, diante da enorme repercussão de mais um atentado a tiros contra Lula e seus apoiadores, fizeram matérias sobre as ameaças relatadas pela advogada Márcia Koakoski, ferida no atentado. Tanto a Globo quanto a Folha, contudo, numa estratégia que parece ter sido combinada, de tão semelhante, limparam os fatos de qualquer referência ao nome de Bolsonaro.
É exatamente este silenciamento criminoso quando o assunto é informar corretamente o público, esse corte à ponta de faca dos fatos para se encaixarem nos interesses da mídia, que aduba o solo em que cresce o terrorismo da direita fascista. É o incentivo e o combustível que os leva a ousadias cada vez maiores. Ou seja, é a cobertura e a proteção oferecidas para novas façanhas.
O relato da advogada Marcia Koakoski da Silveira, testemunha dos acontecimentos e ferida por um dos tiros, contém a seguinte passagem (Ver o vídeo abaixo): “Quando fui ao banheiro, é que começou o confronto entre os vigilantes e os bandidos vestidos de Bolsonaro. Eles gritavam o tempo todo ‘Bolsonaro, presidente'”,
As versões do mesmo fato na Folha e em O Globo censuram essa passagem, deixando apenas a parte do relato que não faz qualquer referência ao nome do Bolsonaro. Nas duas reportagens, nenhuma menção, direta ou indireta, é feita ao nome de Jair Bolsonaro.
“— Estávamos dormindo e, por volta das duas horas, ouvimos uns gritos dados pelo vigias. Eles não têm arma e gritam para espantar as pessoas que fazem ameaças. Havia pessoas gritando ameaças, que iam voltar e matar aquelas pessoas. Foi uma situação delicada. As pessoas se levantaram, todos assustados. Aí os ânimos foram se acalmando, porque várias vezes, o tempo inteiro na realidade, o acampamento foi objeto de ofensas, as pessoas passam gritando — contou a advogada, que ficou ferida sem gravidade no ombro, atingida por estilhaços de um banheiro químico que foi alvo tiros.”
“Segundo Koakoski, por volta de 2h da madrugada, os acampados ouviram gritos de ameaça e fogos foram usados pelos vigias do local para espantar o grupo de pessoas de fora.
‘Um grupo gritando ameaças, dizendo que iam voltar e iam matar aquelas pessoas. Foi uma situação delicada, as pessoas levantaram, ficamos todos assustados. Os ânimos foram se acalmando porque várias vezes, o tempo inteiro na realidade, o acampamento foi objeto de ofensas’, afirma.”
Certamente esse procedimento comum, adotado pela Folha e pela Globo, já prevê que, em breve, essas matérias serão anexadas aos autos como documentação dos fatos. Exatamente como Moro usou matérias da Globo para estabelecer fatos relativos ao triplex que ele atribui a Lula, estas matérias que acabamos de citar podem ser usadas no “inquérito” sobre o atentado. E nelas, como se vê, nenhuma menção é feita ao grupo que mais constantemente, tanto durante a caravana quanto agora no acampamento, faz ameaças e violências contra Lula e seus apoiadores. A Globo e a Folha tramam a divisão completa do país e, se possível, uma banho de sangue contra os defensores da democracia no Brasil.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=51&v=TBLYArqrWaU
Fernanda m
02/05/2018 - 07h41
Acho que bolsonaro esta meio ocupado com a vida dele .para se ocupar e pre ocupar com militantes de acampamento. So uma pessoa muito desocupada para se prestar esse tipo de papel.. acho que nao seria o caso desse tal bolsonaro.porque essas pessoas nao estao trabalhando e cuidando de suas vidas. Afinal estao vivendo do que ali?
Hell Back
30/04/2018 - 01h57
A direita vai testando hipóteses até que surja um fato novo para dar o golpe final que será a morte de Lula. Será que eles são loucos?
Mário
29/04/2018 - 21h48
Sobre o “globo” não vou comentar, pois nunca li e nem nunca vou ler qualquer matéria deste “jornal” ou site, g1, etc.
Mário
29/04/2018 - 21h45
Uma curiosidade minha. Como não leio mais folha e UOL … Ainda existe a figura do ombudsman neste dito “jornal” ? Se continuar existindo, o que esse panaca escreve? Será que esse cara não tem vergonha de receber salário?
Marcelo
29/04/2018 - 20h06
Apesar da Grande Mídia não apoiar Bolsonaro por preferir um candidato neoliberal, ela dá sinais de que pode precisar do incômodo capitão quando a oportunidade exigir. Por isso que a Grande Mídia o protege, mesmo não gostando dele.
y sem soma
29/04/2018 - 18h24
Legal. Talvez a não menção do nome também se deva ao receio de gerar um esvaziamento do Bolsonaro (coisa que eles já devem ter calculado) na direção errada, aumentando ainda mais o apoio a LULA.
Seja como for, embora o tal do mito não seja culpado sozinho pelo que está acontecendo, ele posou para fotografias em Kuritiba, simulando atirar na cabeça do LULA. A ficha dele não nega. De terrorista falhado, agora, passa a fazer apologia ao terrorismo. Em qualquer democracia, ele estaria preso.