Petrobras reitera que vai vender seu patrimônio em refino e logística

Mais um texto para registro histórico desse momento de ocupação imperialista que vivemos. A Petrobras anuncia, em linguagem que mal disfarça imensa quantidade de mentiras e desinformação, que irá vender 60% de seu patrimônio em refino e logística.

Essa é a herança da Lava Jato.

Essa é a principal razão do golpe.

Os gringos não querem construir novas refinarias no país. Para que gastar dinheiro?

Vão adquirir, a baixíssimo custo, talvez até mesmo de graça (a Petrobrás não está doando R$ 10 bilhões a alguns “investidores” em Nova York?), as refinarias que a Petrobras construiu com seus próprios recursos, quer dizer, com nossos recursos.

É isso: há quase 30 anos que o Brasil não construía novas refinarias, apesar da população brasileira ter triplicado nesse período, e o consumo de derivados ter crescido umas dez vezes. Quando resolvemos, finalmente, construir novas refinarias, aparece a Lava Jato para interromper, suspender ou cancelar todos os projetos. E vem o governo Temer, nascido de um golpe, para vender as que já temos.

Bem, o que eles estão fazendo é deixar bem claro que o país precisa de uma nova guerra de independência.

Os que apostarem no golpe vão perder bilhões de dólares.

***

Nota à imprensa
27 de abril de 2018

Petrobras divulga oportunidades de parcerias em refino e logística

A Petrobras informa que iniciou a etapa de divulgação de duas oportunidades de desinvestimento (Teasers), referentes à alienação de sua participação em refino e logística no país. O modelo prevê a criação de duas subsidiárias, uma reunindo ativos da região Nordeste e a outra reunindo ativos da região Sul. A Petrobras pretende vender 60% de sua participação acionária em cada uma dessas novas sociedades.

A subsidiária do Nordeste compreenderá as refinarias Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, bem como os ativos de logística (dutos e terminais) operados pela Transpetro e integrados a essas refinarias: 2 terminais aquaviários (Madre de Deus e Suape) e 3 terminais terrestres (Candeias, Itabuna e Jequié), 2 dutos de suprimento de petróleo, 1 poliduto e 35 dutos de derivados interligando as refinarias às bases e terminais de distribuição.

A subsidiária do Sul compreenderá as refinarias Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, bem como os ativos de logística (dutos e terminais) operados pela Transpetro e integrados a essas refinarias: 4 terminais aquaviários (Paranaguá, São Francisco do Sul, Tramandaí, Niterói) e 3 terminais terrestres (Guaramirim, Itajaí e Biguaçu), 2 dutos de suprimento de petróleo, 2 polidutos e 4 dutos de derivados interligando as refinarias às bases e terminais de distribuição.

As parcerias fazem parte do reposicionamento estratégico da Petrobras nos segmentos de refino, transporte e logística em linha com o seu Plano Estratégico e Plano de Negócios e Gestão, que prevê o estabelecimento de parcerias e desinvestimentos como uma das principais iniciativas para mitigação de riscos, agregação de valor, compartilhamento de conhecimentos, fortalecimento da governança corporativa e melhora da financiabilidade da empresa.

As oportunidades apresentadas estão em linha com o modelo proposto pela Petrobras e divulgado em 19 de abril de 2018, amplamente debatido no Seminário “Reposicionamento da Petrobras em Refino”, realizado na Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro, com representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), da Indústria e da Academia.

Os dois Teasers, que contêm as principais informações sobre as oportunidades, bem como os critérios objetivos para a seleção de potenciais participantes, estão disponíveis no site da Petrobras: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/comunicados-e-fatos-relevantes.

Além do Teaser, as principais etapas subsequentes de cada projeto de desinvestimento da companhia serão divulgadas, conforme abaixo:

· Início da fase não-vinculante (quando for o caso);
· Início da fase vinculante;
· Concessão de exclusividade para negociação (quando for o caso);
· Aprovação da transação pela alta administração (Diretoria Executiva e Conselho de Administração) e assinatura dos contratos;
· Fechamento da operação (closing).

A presente divulgação ao mercado está em consonância com a Sistemática para Desinvestimentos da Petrobras, que está alinhada ao regime especial de desinvestimento de ativos pelas sociedades de economia mista federais, previsto no Decreto 9.188/2017.

Gerência de Comunicação Interna e Imprensa / Comunicação e Marcas

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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