(Foto: Mídia Ninja).
Lula decidiu não se entregar.
Permanecerá em São Bernardo, que é para onde as organizações pedem que todos os militantes democráticos se dirijam, esclarecendo que não haverá ato na Paulista.
Todas as energias devem ser concentradas num grande ato popular em São Bernardo do Campo.
Será o primeiro caso na história do mundo que a justiça prenderá – depois de um vergonhoso processo sem provas, é sempre bom lembrar – a maior liderança política do país, em meio à multidão de seus apoiadores.
É importante destacar ainda que, entre esses apoiadores não estão apenas as pessoas de seu partido. Ao lado de Lula, estão militantes democráticos do mundo inteiro.
Da Inglaterra, chegam comunicados de parlamentares britânicos contra a prisão de Lula.
De Portugal, Espanha, Alemanha, EUA, de toda parte, chegam manifestos de políticos, sindicatos, artistas, alertando para a escalada antidemocrática em curso no Brasil, e cujo corolário mais sinistro, a prenunciar quase uma noite de São Bartolomeu, é a prisão absolutamente ilegal do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
O judiciário brasileiro, capanga covarde e medíocre das elites mais egoístas do planeta, deu um tiro de morte em sua própria credibilidade.
Ao lado dele, do judiciário, se alinham fascistas de toda ordem, sob a liderança de apoiadores da ditadura e fã de torturadores.
O monstro autoritário, depois de ter usado os militares para jogar o país em mais de vinte anos de ditadura, agora veste toga.
A agenda de Sergio Moro, como sempre, está perfeitamente alinhada à agenda golpista maior. Assim como Carmen Lucia manipulou a ordem das votações no STF, para que o habeas corpus de Lula fosse votado antes da decisão maior, de ordem constitucional, relativa à prisão em segunda instância, porque entendeu que isso facilitaria o resultado final de prender Lula, da mesma maneira Sergio Moro se apressou em determinar a prisão do ex-presidente, antes mesmo de votados os últimos embargos, para criar um “fait accumpli”, um fato consumado, uma comoção junto às massas fascistas, que dificultasse, no STF, o debate em torno da questão constitucional.