Ilustrada com uma foto de uma senhora empunhando um cartaz onde se lê “golpe nunca mais”, e sob um título forte, a Clacso, uma das mais prestigiadas instituições de pesquisa em ciências sociais da América Latina, divulgou há pouco um texto, em sua página, em que protesta contra a decisão do STF de negar habeas corpus a Lula.
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Clacso – Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales
Brasil no caminho da tirania
• Recusamos a manobra inconstitucional da suprema corte que nega o direito que Lula tem de não ser preso até que seja condenado em última instância.
• Recusamos a intervenção golpista e fascista do comandante do exército brasileiro que ameaçou com “Restabelecer a ordem” no caso de Lula não ser preso.
• Rejeitamos a prepotência e a impunidade da rede globo e dos meios de comunicação que sempre têm a realidade para alcançar os seus interesses económicos e políticos.
• Recusamos o Michel Temer e a todos os políticos golpistas, reaccionários e corruptos que conduzem o Brasil pelo irreversível caminho da tirania.
• Rejeitamos os grupos evangélicos e pentecostais que, blindado em um uso desprezível da fé, roubam, enganam e humilham os mais pobres, tratada.
• Estamos convencidos que por trás do golpe para a democracia no Brasil se encontram, além dos grupos de poder e das elites brasileiras, o governo dos Estados Unidos e os interesses económicos de multinacionais que saquearam e continuarão saqueando os bens e as riquezas. Que pertencem ao povo brasileiro.
• Estamos convencidos de que, se não nos mobilizamos para o impedir, a lição de tirania que hoje ministra o Brasil se espalhará por toda a América Latina. Já passámos por momentos semelhantes. Voltaremos a viver, se não impedirmos este brutal atropelo à democracia.
Clacso estará onde sempre esteve nos seus 50 anos de história: do lado dos pobres, dos e das que se mobilizam em defesa da democracia, do lado da luta pela defesa dos direitos humanos, a justiça social. E a igualdade. Do lado do futuro, contra esta vanguarda do atraso que nos conduz à barbárie e à opressão.
Não à fraude no Brasil.
#LulaLibre #LulaLivre