Por Pedro Breier
Importantíssimo o ato em defesa da democracia de ontem no Circo Voador (RJ), que reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, do PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB e PCO.
A presença de partidos que têm candidatos, projetos e táticas bastante diversas entre si demonstra que a absoluta maioria da esquerda organizada entendeu a gravidade do momento político pelo qual o Brasil passa.
A união da esquerda para enfrentar a ascensão do fascismo é fulcral. Sem ela, a derrota para as trevas do autoritarismo é certa.
Destaque para o discurso de Valério Arcary, fundador do MAIS – Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista, ruptura do PSTU que tornou-se uma corrente do PSOL.
O chamado à unidade feito por Arcary foi de arrepiar. Alguns trechos:
Aqui estamos começando a erguer os tijolos de uma muralha na luta contra o fascismo. Somos todos camaradas, aprendemos duramente que construir a Frente Única não significa ter adesão de um partido sobre outro. Não podemos mais ter medo de nossas diferenças.
As diferenças do passado, as diferenças com as alianças que o PT decidiu fazer, não nos impedem de dizer: não haverá um só ato neste país contra a prisão do Lula onde a bandeira do PSOL não será levantada e com orgulho.
Quem não sabe contra quem luta não pode vencer. Contra o fascismo do nosso tempo, somos todos camaradas.
Lula seguiu a linha que Guilherme Boulos vem adotando, de que é possível conviver com as diferenças inerentes à esquerda: “Isso aqui não é uma seita, que todo mundo tem que pensar igual. Ter Manuela e Boulos como candidatos é um luxo”.
Segundo o vereador Reimont Luiz (PT/RJ), Ciro Gomes só não esteve presente porque está na Europa.
Enfim desenha-se a unidade necessária para a luta contra a barbárie.
Abaixo a íntegra do belo discurso de Valério Arcary. Vale a pena assistir.