Antes de reproduzir a notícia publicada no site do IBGE, sobre o desemprego, alguns comentários.
A situação do mercado de trabalho é absolutamente dramática. Os números apenas não despencaram tragicamente porque quase um milhão de brasileiros passaram a trabalhar “por conta própria”, 251 mil se tornaram “empregados domésticos” e 511 mil brasileiros passaram a trabalhar de maneira informal.
No item “Empregado no setor privado com carteira”, houve uma queda de 611 mil empregos no trimestre terminado em fevereiro, em relação ao mesmo período de 2017, conforme se pode verificar no quadro abaixo.
Confira o quadro completo aqui.
No site do IBGE
Desemprego volta a crescer com 13,1 milhões de pessoas em busca de ocupação
Editoria: Estatisticas Sociais | Subeditoria: PNAD Contínua
A taxa de desocupação voltou a crescer, no trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018, atingindo 12,6%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgada hoje pelo IBGE. No trimestre encerrado em novembro, a taxa era de 12,0%.
Em números absolutos, o resultado representa mais 550 mil pessoas em busca de emprego, entre um trimestre e outro, totalizando cerca de 13,1 milhões de desocupados. Segundo coordenador de Trabalho e Rendimento, Cimar Azeredo, nessa época do ano o crescimento da taxa é um movimento esperado. “Sempre no primeiro trimestre do ano a taxa tende a subir, pois existe a dispensa dos trabalhadores temporários contratados para as festas de final de ano”, explicou.
População ocupada cai 0,9%
A pesquisa mostrou que a população ocupada nesse período caiu em cerca de 858 mil postos de trabalho, com redução de 407 mil empregos no setor privado sem carteira e de 358 mil no setor público. Empregados com carteira ficou estável, com 33,1 milhões de trabalhadores, porém foi o pior resultado em números absolutos da série histórica iniciada em 2012. A categoria empregador e conta própria também ficaram estáveis.
A queda de postos de trabalho foi verificada principalmente no grupamento que reúne as atividades de administração púbica, defesa, seguridade, educação, educação, saúde e serviços sociais (menos 435 mil ocupados); Construção (menos 277 mil) e Indústria (menos 244 mil).
Mesmo crescendo, a taxa de desocupação divulgada hoje (12,6%) representa melhoria no mercado de trabalho em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa chegou a 13,2% e alcançou 13,5 milhões de pessoas desocupadas, o pior resultado para esse trimestre na série histórica. [Cafezinho: Isso é uma meia verdade, ou melhor, mentira e meia, porque o quadro hoje é um mercado de trabalho muito mais deteriorado do que o do ano passado, com mais empregos informais e precários.]