Globo ameaça com suspensão das eleições presidenciais

A nota de Noblat, principal colunista político do Globo, menciona um “ministro muito próximo do presidente Michel Temer”.

Quanto ao “agravamento da tensão política”, é interessante como a Globo fala do problema sem mencionar que ela mesmo é a principal incitadora da violência.

As tensões sociais aumentam porque se deu um golpe no Brasil destinado a esmagar e humilhar a população pobre e os representantes políticos nos quais essa população tem votado.

Lula é Lula por causa do voto do pobre, do negro, do cidadão marginalizado pelas elites. A perseguição a Lula é, portanto, a perseguição ao eleitor de Lula, este cidadão que, na contramão do massacre midiático, ainda respeita e admira o ex-presidente, e quer votar nele outra vez, porque se identifica com suas ideias.

É importante observar ainda que a fonte de Noblat não é o ministro. A fonte do Noblat é a própria Globo, que planta uma informação dessa, de que poderá não haver eleição como forma de já ir sentindo o pulso da reação da opinião pública.

Não é uma notícia. É uma ameaça!

Uma ameaça do principal jagunço do golpe, a Globo.

Sem candidatos viáveis, a direita golpista, Globo à frente, da mesma forma que fez em 1964, começa a questionar a importância das eleições.

O raciocínio é imbecil. As tensões políticas estão acirradas justamente por causa da falta de legitimidade do governo, problema que apenas será solucionado por um processo eleitoral.

A suspensão, ou a mera ameaça velada de fazê-lo, do processo eleitoral, como faz a Globo, através dessa nota de Noblat, apenas serve para aprofundar ainda mais as tensões políticas no país.

A Globo, há tempos, deixou de ser um veículo de imprensa. É uma organização criminosa que precisa ser combatida ferozmente por aqueles que querem trazer um pouco de estabilidade e paz ao Brasil.

 

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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