(Você pode continuar acompanhando o debate ao vivo do STF através do vídeo abaixo, basta levar o cursor do vídeo até o final).
O debate no STF que julga, neste momento, o Habeas Corpus do ex-presidente Lula, já teve um grande momento: o discurso de seu advogado, José Roberto Batochio.
O causídico fez uma exposição brilhante do que está em jogo, e que não é apenas a liberdade do maior líder político da América Latina, o que já não seria pouco, mas o destino das garantias e liberdades para uma nação com mais de 200 milhões de almas.
No início de sua exposição, Batochio alertou para o avanço do autoritarismo judicial em todo mundo, inclusive na Europa, como se viu no caso da violência cometida contra Nicolas Sarcozy, ex-presidente da França, levado à força para depor esta semana.
É absurdo que a procuradora-geral da república se posicione ao lado da presidenta da corte.
Acusação e justiça, lado a lado, isso não está certo. Onde está o equilíbrio? Se a acusação se senta ao lado da justiça, então a defesa deveria se posicionar do lado esquerdo. E quem senta ao lado esquerdo de Carmen Lucia? Parece até uma ironia: uma assistente negra, sem direito a voz, sem opinião.
Quanto à fala de Raquel Dodge, é mais do mesmo: o MPF brasileiro perdeu qualquer vínculo com a justiça. Pela Constituição, o MPF deveria defender a ordem democrática e os direitos e liberdades individuais. Na prática, todavia, o MPF faz o contrário: age obsessivamente para derrubar a ordem democrática e roubar nossos direitos e liberdades individuais.