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O presente e o futuro de Marielle

(Foto: reprodução facebook) Por Tadeu Porto, colunista do Cafezinho “Será verdade?“ foi o que me veio a mente, ainda anestesiada com a foto preto e branca e um texto que dizia que Marielle Franco, vereadora que tanto admiro, tinha sido assassinada. Numa situação paradoxal, torci como um louco para que aquilo fosse uma fake news, […]

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(Foto: reprodução facebook)

Por Tadeu Porto, colunista do Cafezinho

“Será verdade?“ foi o que me veio a mente, ainda anestesiada com a foto preto e branca e um texto que dizia que Marielle Franco, vereadora que tanto admiro, tinha sido assassinada. Numa situação paradoxal, torci como um louco para que aquilo fosse uma fake news, o tipo de notícia abominada por quem preza pela verdade.

Mas naquele momento valia tudo, qualquer coisa para me tirar daquele furacão de dor, inconformismo e tristeza que começava a se formar.

“Confirmei aqui, é verdade”, meus olhos leram, já embaçados pela água, a confirmação do fato.

Foi uma das fichas mais difíceis que eu já vi (e senti) cair. Parecia aquelas serras e giratórias utilizadas para cortar madeira. A realidade bateu forte demais: estamos numa ditadura.

Era óbvio, claro, transparente como o olhar de Marielle, que já não vivemos numa democracia, mas aquele gostinho de republicanismo dos últimos anos parecia atrapalhar a noção dessa dura verdade. O Golpe não tem escrúpulos, muito menos Ética e solidariedade, e está pronto para massacrar quem quer que seja para manter sua agenda reacionária.

Por isso, talvez, a morte de Mariella dói tanto. Dói como se perdêssemos alguém que convivemos a vida inteira, da família ou uma grande amiga, dói como se parte da gente tivesse naquele carro, recebendo os tiros da covardia.

E não é coincidência. Essa dor massacra e assola, certamente, todos aqueles e aquelas que são como Marielle, lutadores que reconhecem a situação injusta que vivemos e sonhadores que se propõe a fazer algo para tentar mudar esse terrível cenário.

Machuca, também, pois a carioca era a cara luta. Aquele cabelo revolucionário, disposto a quebrar os paradigmas da câmara municipal dominada por homens brancos, e aquele sorriso que refletir esperança, é uma combinação perfeita que fazia Franco parecer a materialização da famosa frase de Che: dura, sem nunca ter perdido a ternura.

A Barbárie no Rio de Janeiro é apenas o prenúncio do que acontecerá em todo o país caso o Golpe de 2016 triunfe. Já vivendo um ambiente de intervenção militar, a cidade maravilhosa é, atualmente, retrato exato do caos alimentado pelo o fascismo institucional (ou acham que é coincidência que o juiz da Lava-Jato do Rio ache “bacana” ostentar um rifle na internet).

Marielle, como Getúlio, saiu da vida para entrar para história, no Rio de Janeiro, em meio a tentativa de consolidação de um Golpe. Todavia até nisso a vida é injusta e a história implacavelmente verossímil: Se Vargas, homem e branco, viu a morte como opção, tendo tempo, inclusive, para escrever uma carta para o seu povo, Marielle, mulher e negra, foi assassinada brutalmente e sequer teve a opção de escolher seu destino ou a hora exata de entrar pra história.

E se a morte do pai dos pobres adiou o Golpe de 64 por 10 anos, resta saber se a execução covarde de da vereadora negra, mulher e favelada transformará o luto presente em luta futura, contra os ditadores que usurpam nossos direitos, vidas e sonhos.

Marielle Franco, hoje, amanhã e para sempre, PRESENTE!

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Tadeu Porto

Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil

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LUIZ KREMPEL

16/03/2018 - 09h43

TADEU,NÃO SOFRO TANTO COMO VOCE QUE ERA INTIMO DE MARIELLE E CONHECIA MUITOS DE SEUS PENSAMENTOS E NO AGIR DA LIDER HISTORICA ,PENSO E SEMPRE PENSEI QUE ESTAMOS EM UMA OUTRA GUERRA SEMPRE ESTIVE EM GUERRAS EXTERNAS E INTERNAS DAS QUAIS TIVE PATICIPAÇÃO OU FISICAMENTE OU COM MEU PENSAR CONTRADITORIO QUE P ERTENCE AO MEU D.N.A.POLITICO ANARQUISTA SOU DA INCANSAVEL GERAÇÃO POS GUERRA.No meu consciente sonhador democratico sociohumanista ,que não me abandona tivemos uma vitoria semelhate as dos GETULISTAS ,a vitima sacrificada foi do nosso lado ,imagine se ocorresse o contrario ,estariamos comendo criancinhas,no agora estamos em guerra e vencemos a 1ª batalha mesmo com o sacrificio realizado atras desta vitoria quantos lideres surgirão e é o produto que estamos precisando ,a coragem surgida por entre a massa trabalhadora e do meio do nossos progrssistas sinceros e corajosos sem medo da GUERRA ou dos inimigos nazifascistas…ABAIXO O PODER HIERÁRQUICO E VIVA A UTOPIA…

Rafael Cavalcante

16/03/2018 - 05h06

Eu como favelado, pobre, negro e gay estou despedaçado, triste. Mais ao mesmo tempo com vontade mais forte ainda de resistencia, presisamos resistir ao fascismo que esta tomando conta do pais, ódio gratuito contra minorias.

fernando

15/03/2018 - 19h26

era para as ruas do rio de janeiro terem sido tomadas pela população!!!

baltazar pedrosa

15/03/2018 - 18h55

Marielle,filha da luta, guerreira da maré,a sua ausência é percebida pelo seu povo,gente humilde do morro de onde você nasceu,cresceu como gente e brigou pelo direito de ir e vir.Marielle a mídia estar muda,poque eles acham que é assim mesmo,uns atribuem ao destino,outros parecem querer dizer,foi bom para que foi mexer com poderosos,e isso ocorreu nas barbas dos intervencionistas,viva ao exercito brasileiro,que vergonha….


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