Jeferson Miola
“Se queres paz, prepara-te para a guerra”
Si vis pacem, para bellum [provérbio latino].
Desde a dissolução da União Soviética, em 1991, os EUA seguem descumprindo os compromissos de não-expansão da OTAN e de não-proliferação do arsenal nuclear.
Com o fim da guerra fria, a ilusão de um mundo multipolar foi logo desfeita pela dominação unipolar exercida pela maior hiperpotência de que se tem notícia na história da humanidade, os EUA.
A trajetória beligerante que Donald Trump dá continuidade foi impulsionada por todos os últimos governos estadunidenses – republicanos ou democratas – de Bush pai e Bush filho, de Bill Clinton e de Barack Obama.
Obama, apesar de ter sido laureado com o Prêmio Nobel da Paz logo no início do seu mandato, em 2009, foi um típico senhor das guerras.
Contrariando promessas de campanha, manteve os EUA em guerra no Afeganistão e no Iraque, não desativou as masmorras medievais em Guantánamo e Abu Ghraib, abriu frentes de batalha na Líbia e Síria, desestabilizou o Oriente Médio e ampliou ameaçadoramente a área geográfica de cobertura da OTAN na Europa.
Além de treinar, capacitar e dar assistência tecnológica e financeira para exércitos, forças militares e mercenárias de outros países, nos seus mandatos Obama também inaugurou o uso de drones mortíferos, e realizou mais de 1 mil ataques mortais a quem julgava “inimigos dos EUA, da democracia e da liberdade”.
A escalada beligerante estadunidense, no mais das vezes em total desobediência ao Conselho de Segurança da ONU que desaprovava suas opções guerreiras, deu-se com relativa tranquilidade, em virtude da inexistência de um poder de contenção que a Rússia parece hoje revelar.
A Rússia, que herdou grande parte do avançado poderio tecnológico e bélico da ex-União Soviética, agora parece decidida a assumir o papel de sucessora da URSS no papel de contenção bélica e, sobretudo, nuclear.
Na abertura da Assembléia Federal da Rússia [o parlamento russo] no último 1º de março, Vladimir Putin proferiu um discurso fortemente nacionalista, patriótico e militar que anuncia esta nova etapa que a Federação Russa pretende desempenhar na geopolítica mundial.
Dirigindo-se ao povo russo, que no próximo 18 de março deverá reelege-lo à presidência, Putin aproveitou para transmitir sua mensagem ao mundo ocidental em geral, mas aos EUA em particular.
Putin afrontou os EUA e seus aliados em todo o globo. Ele anunciou o atingimento de um poderio militar que, se confirmado, altera enormemente o patamar da disputa nuclear no mundo, com claro predomínio tecnológico russo sobre qualquer outro exército do mundo.
Numa cerimônia oficial, preparada com cuidado semiótico, Putin anunciou as armas revolucionárias descobertas pela Rússia.
A respeito de um drone submarino, com capacidade de atingir, sem se interceptado, distantes alvos inimigos, Putin disse que “é simplesmente fantástico” [veja aqui o vídeo com a incrível animação do drone].
Putin também apresentou o vídeo do míssil cruzeiro carregado de ogivas nucleares, que voa 20 vezes mais rápido que a velocidade do som [!], que é indetectável por radares porque voa a altitudes de 3 a 4 metros e que pode atingir qualquer parte do planeta sem ser detido [veja aqui o vídeo de animação do míssil, publicado pelo governo russo].
Reportagens aprofundadas sobre o assunto, que compreensivelmente não foi repercutido com a devida importância pela imprensa internacional e estrangeira, podem ser lidas na página da agência de notícias Sputnik – https://br.sputniknews.com/.
Por mais paradoxal que possa parecer, o renovado protagonismo russo será benéfico para a promoção da paz mundial; pelo menos pelo efeito dissuasório que poderá produzir, de inibição de delírios belicistas do hiper-império que domina o mundo.
Diferentemente dos EUA, que promove guerras de dominação, conquista e rapina em territórios estrangeiros, a tradição da antiga União Soviética, com raras exceções, nunca foi de deflagrar unilateralmente conflitos ou ocupações de outros países.
A URSS sempre explorava o efeito dissuasório e de contenção que suas armas ofereciam, com o objetivo de desencorajar incursões bélicas dos EUA. Agora, a Rússia decidiu responder novamente à beligerância dos EUA com armas inéditas e, supostamente, imbatíveis.
Com um país como a Rússia detendo a maior força bélica do planeta, a humanidade estará menos ameaçada e mais protegida de desatinos de um Estado que se fez império através do poder do dinheiro, das finanças e das armas – como é o caso dos Estados Unidos.
Quando a democracia retornar no Brasil e o projeto nacionalista e soberano de desenvolvimento for retomado, encontrar um parceiro do BRICS em condição de vantagem geoestratégica e geopolítica no mundo é uma conveniência e tanto.
Emanoel Santos de Castro
06/03/2018 - 10h26
Estou torcendo para que a Rússia esteja potente mesmo. Cheguei a conclusão, que para termos paz, infelizmente, precisamos de estarmos capacitados para a guerra. E já que neste pais, a maioria dos indivíduos que estão nos poderes, são marionetes dos EUA, que roubam até nossas boas intenções de liberdade. Torço para Rússia e China darem o troco para o império. Quem sabe pegamos uma carona?
Moisés Albuquerque
05/03/2018 - 21h49
É sempre bom saber que existe um país em condições de se impor aos USA. Parabéns Rússia…
Carlos Batista
05/03/2018 - 13h44
Nunca li tanta besteira junta! Desde quando um déspota corrupto como Putin poderá com seus traques diminuir qualquer ameaça à humanidade? Só lembrando que muitas dessas “armas fantásticas” são apenas bravatas…
Acordem Alices!
Antonio Carlos
05/03/2018 - 17h58
Qualquer presidente dos EUA é mais ameaçador ao mundo e muito mais déspota do que qualquer presidente russo.
Seria democrático invadir outro país ou matar “inimigos” em território estrangeiro? Isso jamais ocorreria em uma democracia regida pelo Estado de Direito.
Nenhum país é mais antidemocrático do que os EUA. Um país que impões ditadores a outros povos, como fizeram várias vezes na história e continuam fazendo.
Não sei se a Russia tem essas armas, mas torço para que haja um equilíbrio militar, uma multipolaridade, ou pelo menos uma bipolaridade. Se só os EUA e seus aliados derem as dando as cartas no mundo, só a miséria, a desesperança e a concentração de riqueza crescerão.
Dan
06/03/2018 - 09h47
amigo, some 2 com 2: se a Rússia tiver mesmo armas de alcance global e tão destrutivas, cê acha que alguém estará seguro no mundo?
já não tem ninguém seguro no mundo com os EUA plantando bases em TODOS os países do mundo (acho que só na Coreia do Norte que não).
Tá com saudade da guerra fria e do Relógio do Juízo Final?
amigo, a Rússia do Putin não é comunista, não é socialista – é tão capitalista e violenta quanto os EUA. se vc sonha que eles salvarão o mundo, está sonhando errado…
e que texto cheio de falácias esse hein? Cafezinho já teve mais critério…
Jochann Daniel
06/03/2018 - 11h20
Sei que os comentaristas estão a serviço, mas, aproveito a oportunidade para passar informações aos demais leitores do O Cafezinho.
1. Contrariando falsas informações Putin não é déspota. É presidente eleito e reeleito com esmagadoras maiorias
2. A Rússia é socialista. Todas as empresas de serviço público são do Estado (inclusive toda a riqueza mineral do País, sua industrialização e comercialização >>> petróleo, etc.)
3. Ademais a Rússia apresenta/possui um sistema semelhante ao da China, em que o Estado é sócio de empresas privadas (Ford, General Motors entre outras) nos demais segmentos da cadeia de produção e serviços
4. A Rússia tem um dos 4 melhores serviços de assistência social da Europa (além da Suíça, Dinamarca e Suécia)
Por isso que a Criméia votou 98% sim para se desligar da Ucrânia e se juntar à Rússia, após o golpe em tudo por tudo semelhante ao do Brasil, e aplicado pelas mesmas pessoas que deram origem ao golpe no Brasil
5. Povo bem assistido socialmente não quer guerras
6. A Rússia só defende seus interesses (Síria, etc.), frente à agressividade daqueles que dominam o governo dos Estados Unidos, em seu afã de dominar 90% do Petróleo mundial
Jochann Daniel
06/03/2018 - 14h45
Mais:
Putin deu
um chute no traseiro
dos banqueiros Rothschild
e sua “turma”.
Retomou o Banco Central da Rússia
das mãos dos Rothschild,
os quais estavam sugando
barbaramente
as finanças russas
(como fazem em outros países,
Brasil por exemplo).
Por isto é que Puttin
é execrado
na Mídia americana
(e internacional),
inclusive na Internet,
e é tido
pelos americanos
(e pelos ocidentais)
como “terrorista”,
“sanguinário”,
“déspota”,
“perigoso”,
“violento”, “traiçoeiro”,
etc. etc.
Entre no Google com as palavras “putin rothschild enemy terrorist images”
Carlos Batista
06/03/2018 - 16h28
Onde você comprou essa erva?
Jochann Daniel
07/03/2018 - 10h46
Não uso nada disso.
Se eu usasse
não seria
lúcido o suficiente
para reconhecer
bandidos traidores da Pátria,
que trabalham para nossos inimigos,
no INSTITUTO.
E que vêm a sites de esquerda
a serviço,
fazendo comentários canalhas,
de contra informação.
Faz parte da personalidade…
Luiz Carlos P. Oliveira
06/03/2018 - 15h48
Ah, e se os EUA continuaem a implantar bases por todo o mundo, ficaremos seguros? De que falácia você fala? A terceira guerra mundial só não aconteceu pelo equilíbrio que existia entre URSS e EUA. Hoje a China está no mesmo patamar. E, adivinha de que lado a China ficará, caso os EUA se fresquearem novamente?
Murilo Damacena
06/03/2018 - 11h34
Caramba ! os eua apoiam corruptos e déspotas em todos os países que lhe dizem amém. Digamos : àrabia saudita, angola e porque não dizer Brasil.
Jochann Daniel
05/03/2018 - 12h43
Só algumas observações que podem refletir uma realidade subterrânea, que não aparece, e que a grande maioria das pessoas não têm conhecimento:
1. Presidente dos Estados Unidos não manda em nada, é marionete pura e simples
2. Quem manda no governo americano são os mesmos que dominam e controlam a Mídia americana (entre no Google com “media domination images”)
Têm uma organização (ente no Google com as palavras “my name jacob rothschild enemy humanity images”)
3. São eles que usam as forças armadas dos Estados Unidos para fazer guerras (ou puras invasões) cuja causa/objetivo é, basicamente PETRÓLEO.
4. Seja simplesmente pilhar (Iraque, Líbia, Síria, tentativa de invadir o Irã, etc.)
4′ ou estabelecer oleodutos (Síria, Afeganistão, Paquistão, etc.) para competir com o petróleo e o gás russo fornecido a toda a Europa (Gasprom)
5. O povo americano é simplesmente vítima nesta história (gastos enormes com guerras, soldados vítimas, etc.)
6. Obama foi obrigado a continuar a política pirata desta Organização que controla o governo americano (guerras/invasões)
7. Na minha opinião Obama salvou o Mundo de uma Guerra Mundial quando a Organização tomou a iniciativa de bombardear a Síria em 2013, inclusiva a capital, Damasco
8. Obama disse “I’m ready to bomb Syria” (entre no Google com estas palavras e acrescente images). Para bom entendedor, ele estava aguardando ORDEM
(de quem????).
Depois prevaleceu o bom senso.
9. O que me assusta é que os Estados Unidos estão desenvolvendo um poderosíssimo raio laser com nanotecnologia e disciplina de trilhões de fluxos de luz baseada em micro computador quântico. Se conseguirem vão atingir o solo a partir de satélites instantaneamente, com temperaturas de mais de 500ºC.
10. O objetivo da Organização é dominar o Mundo e… depopulation (!!!!!)
euclides de oliveira pinto neto
05/03/2018 - 12h12
BRICS pode ser o início de uma revolução na estrutura mundial. Deverá aglutinar todos os países que sentem-se coagidos a participar de um esquema de comércio que lhes é francamente prejudicial, causando danos irreparáveis nos planos destes governos, que buscam o crescimento economico e sua importância nas melhorias sociais daí advindas, que atualmente não estão ocorrendo em virtude das trocas desfavoráveis na estrutura financeira e economica existente. A existência de uma força militar aliada, que impede a chantagem militar promovida pela sionista máfia khazarian, utilizando o povo norte-americano para promover suas múltiplas guerras de conquista, será responsável pela implantação de uma nova ordem mundial, diferente daquela pretendida pelos Rothschild e vassalos. Benvindos a novos tempos que deverão modificar radicalmente as relações existentes entre os povos, com respeito à autonomia de suas diversas culturas.
BETO
05/03/2018 - 11h04
URSS nunca foram bonzinhos, sempre houve esse conflito de influencia global quando a ordem era bipolar, desde a asia até a América latina a exemplo de cuba e hoje temos a Venezuela que a Russia apoia abertamente. Assim a vasta URSS não chegou onde chegou no seu auge, apenas na defensiva em sua geopolítica.
dinio
05/03/2018 - 09h18
OBAMA …O MR. GUERRA E NOBEL DA PAZ…PODE? SENDO AMERICANO, “YES, WE CAN!”
Cláudio
05/03/2018 - 04h13
:
: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra♥♥S♥♥il e postando:
.:.
Poesia contra a distopia (Distopia = Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, por oposição à utopia. “Distopia”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, [consultado em 13-10-2016].)
Poema acróstico para o maior e melhor brasileiro de todos os tempos :
L ouvemos quem bem merece o mais pleno louvor:
U m homem simples, como as coisas boas da vida,
Í ntimo camarada, nosso irmão e amigo de valor,
Z elando sempre pelo bem da humanidade querida.
I nimigo dos maus, amigo dos bons, trabalhador
N ascido do povo que muito o ama e admira,
Á rvore de bons frutos, os de melhor sabor,
C onsciência plena de tudo que no mundo gira,
I magem perfeita do homem de si senhor,
O humano defensor de humana lira.
L uz de nossa gente, lutador incansável,
U m verdadeiro herói do povo brasileiro,
L úcido e consciente do mais admirável
A mor pelo ser humano e verdadeiro.
D igno e sincero, fraterno e muito humano,
A migo do povo, honesto e sempre lhano.
S eja o meu/nosso canto para te louvar,
I sso que a voz do povo já disse várias vezes:
L ula, o BraSil vive mais feliz só por te amar,
V itória da melhor sorte no número treze,
A fazer do brasileiro a humanidade a se ampliar.
::
Autor: Cláudio Carvalho Fernandes ( poeta anarcoexistencialista )
.:.
L uz do povo brasileiro,
U m digno e fiel lutador,
L astreando com real valor
A honra do BraSil inteiro.
.:.
L ula livrou 36 milhões da pobreza,
U m feito memorável, sem precedentes,
L utando contra a mídia venal, teve a certeza
A bsoluta de estar ao lado dos brasileiros conscientes.
.:.
L ivrando da miséria extrema 36 milhões de brasileiros,
U m feito sem igual, que, por si só, já bastaria,
L ula segue sendo no mundo um dos primeiros
A fazer de seu povo a eterna rima rica de sua poesia.
.:.
♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
* * * * * * * * * * * * *
* * * *
Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) ! ! ! ! Lul(inh)a Paz e Amor (mas sem contemporizações indevidas) 2018 neles/as (que já PERDERAM, tomaram DE QUATRO nas 4 mais recentes eleições presidenciais no BraSil) ! ! ! ! !
* * * *
* * * * * * * * * * * * *
♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
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Luis Campinas
05/03/2018 - 02h48
É por aí mesmo. Bom texto!
Sidnei R. Castilho
04/03/2018 - 22h13
Essa nação de assassinos ,logicamente me referindo aos EUA , estão matando mulheres e crianças na Síria financiando grupos terroristas ,como foi feito na Líbia , Iraque e agora , na Síria ,isso quando eles não fazem de maneira direta usando seus aviões e jogando bombas em áreas povoada .
Antonio Passos
04/03/2018 - 22h05
Segundo analistas internacionais desvinculados do sistema midiático imperialista, o exército americano é hoje um tigre de papel. Um conflito nuclear hoje, pelo que dizem alguns conhecedores, poderia ter um desfecho arrasador contra os EUA.
Dan
06/03/2018 - 09h38
amigo, tem alguma referência para essa afirmação? fica meio no ar, dita assim sem mais…
fernando
04/03/2018 - 21h31
Hurra, Hurra!!!! Viva A Mãe Rússia!!!!