(Doidão. Foto: Marcos Corrêa/PR)
Por Pedro Breier
Começou com o marqueteiro de Temer dizendo que este “já é candidato” e que “Se der certo, até o vampirão da Tuiuti pode virar um atributo positivo. Vampirar pode passar a ser transformar, revolucionar”. Temer está bem arranjado no quesito marketing, não?
Depois foi Eliseu Padilha, fiel escudeiro de Temer, a afirmar que o Vampirão pode tentar a reeleição: “não tem ninguém que defenda melhor o governo Temer do que o presidente”. De fato.
Romero Jucá – “com o Supremo, com tudo” – juntou-se ao coro e afirmou que Temer é uma opção do (P)MDB para concorrer a presidência.
A ideia estapafúrdia é que a intervenção militar no RJ alavancaria a aprovação de Temer e o cacifaria a concorrer.
Sim, o presidente responsável por ataques sem precedentes aos trabalhadores brasileiros, e por isso mesmo o mais impopular de nossa história, parece achar mesmo que tem chance: soltou nota sobre o tema em que nega os objetivos eleitorais da intervenção mas não nega a possibilidade de ser candidato.
Das duas, uma.
Ou essa turma do bem está tentando aumentar o preço do apoio de Temer na eleição ao aventar a possibilidade esdrúxula de que ele concorra, o que ao menos faria algum sentido estrategicamente.
Ou o poder enlouqueceu completamente essas probas figuras.
Somente um pesado delírio – no sentido clínico do termo – explica alguém levar a sério a hipótese de Temer ter alguma chance na eleição.
Temer só é sucesso absoluto de público como o Vampirão Neoliberal.
E é simplesmente impossível isso “virar um atributo positivo”.