(Charge: Laerte)
Por Pedro Breier
A intervenção militar no Rio de Janeiro escancara a verdadeira estratégia política da direita – a qual não pode ser revelada à população, por motivos óbvios.
O ciclo está bem definido: o governo do golpe aprofundou enormemente a “austeridade fiscal” – haja eufemismo – iniciada no segundo governo Dilma e passou a liquidar o patrimônio nacional; o desemprego explodiu, assim como a revolta da população com o Vampirão; logo após a enxurrada de aplausos à Paraíso do Tuiuti, escola de samba que desnudou o golpe, a Globo intensifica o noticiário sobre crimes no RJ para dar a sensação de que a violência está fora do controle; o governo decreta intervenção militar no estado sem sequer apresentar qualquer dado que comprove o aumento da criminalidade; essa passa a ser a pauta única na política nacional e o governo ainda usa a intervenção como desculpa para enterrar a reforma da Previdência, a derrota mais esplendorosa do golpe.
É o padrão em se tratando de governos à destra.
Rebaixa-se o valor do trabalho por meio do desemprego, para que os ganhos do capital aumentem, e direciona-se a revolta da população com a piora nas condições de vida para pequenos – e pobres – criminosos por meio de uma imprensa pornograficamente articulada com o governo.
Há mais ou menos um mês a Globo já estava tocando o bumbo da “grave ameaça à ordem pública”, fazendo espalhafato com roubos de celulares por pessoas humildes como garis e empregados terceirizados (analisamos aqui).
Os verdadeiros criminosos, os dos milhões e bilhões de reais, não são objeto de matérias televisas.
Entretanto, essa receita macabra para anestesiar a população diante do verdadeiro saque ao patrimônio nacional – e à dignidade de milhões de brasileiros – que está sendo promovido não vai funcionar para sempre.
Intervenção militar em 2018 não é, de maneira alguma, a mesma coisa que em 1964. A imagem de Temer e seus sócios fica cada vez mais destruída.
A péssima repercussão da completamente estúpida proibição – sabe-se lá por quem – de que o Vampirão da Tuiuti usasse a faixa presidencial no desfile das campeãs demonstra que os arreganhos autoritários não passarão batidos.
Caso o golpe cometa a ousadia de estender a intervenção para mais estados e assim justificar um cancelamento das eleições deste ano, estará acelerando a sua própria destruição.
Não se trata de otimismo deste que vos escreve, mas da 3ª Lei de Newton: para toda ação existirá uma reação de mesmo valor e direção, mas com sentido oposto.
Lucy
21/02/2018 - 14h26
Em 1997 JÔ SOARES ENTREVISTOU LEONEL BRIZOLA QUE FEZ GRAVES ACUSAÇÕES A REDE GLOBO
LEONEL BRIZOLA DENUNCIOU NO PROGRAMA JÔ SOARES A ARMAÇÃO DA REDE GLOBO TIME LIFE EM 1997 PARA JUSTIFICAR O TEATRO DA OCUPAÇÃO MILITAR NO RIO DE JANEIRO COMO “PANO DE FUNDO” PARA ABAFAR DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO NO GOVERNO FHC.
REDE GLOBO REMUNEROU BADERNEIROS E MERCENÁRIOS BLACKBLOCKS PARA FAZER ARRASTÕES NO RIO DE JANEIRO PARA JUSTIFICAR A INTERVENÇÃO MILITAR NO RIO DE JANEIRO EM 1997
CONFIRAM NA ENTREVISTA DE JÔ SOARES COM LEONEL BRIZOLA: INTERVENÇÃO MILITAR: COMO BRIZOLA MOSTRAVA A GLOBO ARMANDO OS ARRASTÕES PARA JUSTIFICAR A INTERVENÇÃO MILITAR NO RIO DE JANEIRO NO ANO 1997 APÓS GRAVÍSSIMAS DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO NO GOVERNO FHC: ESCANDALO SIVAM, ESCÂNDALO BANESTADO, ESCANDALO TRT JUIZ LALAU, ESCÂNDALO PRIVATARIA DA VALE DO RIO DOCE, ESCÂNDALO DA PASTA ROSA, ESCÂNDALO DO PROER DE AJUDA AOS BANQUEIROS, E MUITOS OUTROS ABAFADOS PELO STF GILMAR MENDES (CHEFE DO STF NA ERA FHC), PELO ENGAVETADOR GERAL DA REPÚBLICA DA ERA FHC SR GERALDO BRINDEIRO E OS JUIZES DO PARANÁ QUE ABAFARAM O CASO BANESTADO DESDE 1997.
http://www.cafenapolitica.com.br/intervencao-como-brizola-mostrava-a-globo-armando-os-arrastoes/
Professor Mauro
21/02/2018 - 13h58
Outro “Cruz” entrará substituindo o Braga na intervenção militar do Rio de Janeiro. Mas não é aquele Newton Cruz que agrediu a socos e pontapés um repórter em Brasília durante o Estado de Sítio na ocupação militar em Brasília em outubro de 1983 na época da votação da REFORMA TRABALHISTA E DA PREVIDÊNCIA DE DELFIN NETO. Esse já está bem idoso.
Como foi feito na época do naufrágio do PLANO CRUZADO em 1988 ocorreram várias ocupações militares até na CSN que estava sendo privato doada para o amigo de Sarney sr Steinbruch o exército ocupou o Rio de Janeiro e a csn gerando uma matança.
Logo após ter saído o resultado das eleições o PLANO CRUZADO naufragou. Acontecerá o mesmo com a reforma da previdência ficará suspensa até sair o resultado das eleições e TEMER ainda terá 45 dias de governo e fará o serviço sujo da reforma após ter enganado eleitores com esse teatro da ocupação. Ele ja avisou o carioca Rodrigo Maia; convença is deputados a votar a reforma que tirarei as tropas do exército do Rio de Janeiro. Esse truque eleitoral alivia i desgaste dos 300 deputados que receberão propinas para votar a reforma da previdência social no mesmo esquema que temer usou para se livrar dasduas condenações pagando propinas de 62 bilhões a 300 deputados ganhando cada um 11 milhões em duas sessões ou seja 22 milhões para cada deputado obediente ao golpista TEMER e o quadrilhao
Esse cenário político está muito parecido com a queda do PMDB na CPI ESQUEMA DO ORÇAMENTO mais conhecida como CPI DOS ANÕES DO CONGRESSO E DA CÂMARA denúncias de corrupção abalaram o Brasil logo no início da Nova República da Corrupção (PMDB/PSDB/PFL ATUAL DEM) envolvendo a REDE GLOBO e 300 políticos corruptos e vira latas picaretas denunciados pelo economista do CONGRESSO sr José Carlos Lofrano e sua esposa Elisabete Lofrano eles CHOCARAM o país revelando esss mesmo esquema de corrupção que envolve PASMEM os mesmos 300 políticos picaretas do ESCÂNDALO ODEBRECHT COLLOR PC FARIAS e pasmemnovamente são os mesmos 300 políticos corruptos e picaretas do ESCÂNDALO BANESTADO blindados por Sérgio Moro no Paraná na eta FHC. A SRA ELISABETE LOFRANO GOU MORTA ANTES DE DEPOR NA CPI EM 1988.
O grupo Paralamas do sucesso compôs a música IS TREZENTOS PICARETAS em Junho de 1992 logo após o assassinato do jovem governador do Acre Edmundo Pinto morto no hotel Dalla Volpe o Della Volpe no dia
17 de maio de 1992 dois dias antes de depor na CPI ODEBRECHT ESQUEMA COLLOR PC FARIAS.
eduardo
21/02/2018 - 11h21
Se formos juntar o que ha de analises sobre a situaçao a cada momento desde a posse de Dilma , vai se encher bibliotecas, mas indicaçaoes de como se enfrentar golpistas, milicos, judiciario, empresários da midia, etc..Nada, nada, nada….Roda roda e só sai pra eleiçoes que ninguem sabe se terá…o incansavel ativismo de sofá……nada a dizer aos pobres das comunidades do Rio e do pais…Dependerá dos proprios comunitarios transformar seus locais em guetos de varsovia e que nao deem ouvidos aos habitantes dos sofás
daniel
20/02/2018 - 21h26
O áudio do Jucá, captado antes do circo de horrores do congresso, foi divulgado logo após o mesmo. No início não entendi direito: por que os golpistas fizeram questão de desnudarem-se de tal modo? Pra amedrontar os democratas? Agora creio que foi uma estratégia de chantagem (do núcleo duro) para manter todo mundo no barco da conspiração. Nesses últimos dois anos, testemunhamos a desmoralização paulatina de cada um dos atores envolvidos: o grupo do Temer, o congresso, o STF, a Lava-Jato. Parece que agora chegou a vez dos militares (que também estavam no acordo, segundo Jucá). O medo de uma comissão da verdade já reflete a furada em que se meteram. É necessário dizer e repetir a todos os golpistas (também aos arrependidos): sempre haverá uma comissão da verdade, seja daqui a 2, 5, 8, 13 ou 30 anos, mas um dia ela virá, a verdade tem essa idiossincrasia, um dia ela aparece.
James
20/02/2018 - 20h35
O endurecimento do regime e a 3ª Lei de Newton:
trata-se de Newton Cruz?
Cruz credo!
Hildermes José Medeiros
20/02/2018 - 16h01
A reação na política nada ou pouco tem a ver com a terceira Lei de Newton. Disto não há dúvidas, mesmo porque, quando há condições de reação na política, a reação costuma ser de maior intensidade. É até difícil deter uma reação popular. Há muitos exemplos mundo afora ao longo da História, cujos desmandos são cobrados e pagos com a própria vida do transgressor, com fuzilamentos, prisões, atrocidades como esquartejamento etc. Transgressor algum, entretanto, dificilmente percebe ou se importa com os males que distribui, com as dificuldades que cria. Somente lhe interessa atender suas demandas, tudo que lhe beneficia, que tenta incutir como vantajosa para os prejudicados (caso das alterações das Leis trabalhistas e da Previdência, por exemplo). Essas reações lembra o abolicionista, poeta Castro Alves, nos versos famosos: “Cresce, cresce seara vermelha, cresce, cresce vingança feroz”, que aqui no Brasil, por inexistirem condições para reação não aconteceu, mesmo assim, as amarras foram soltas. Nos EUA, o problema da escravidão foi resolvido numa sangrenta guerra civil. Felizmente, os exemplos (Portugal é um) de sair fora do neoliberalismo predador dá para ser resolvido na política, no reconhecimento da impossibilidade de dar continuidade, sem fortes e por todos indesejáveis reações. O mundo real não cairá do céu, mas com ações políticas, há de se impor. Espera-se!
Aroldo Bernhardt
20/02/2018 - 16h09
Parabéns, texto primoroso.
André Rs T
20/02/2018 - 12h24
Essa “intervenção” passará por outros Atos Insititucionais até chegar ao AI 5
jose carlos lima
20/02/2018 - 11h56
A doutrina americana para desqualificar democracias mundo afora
https://jornalggn.com.br/blog/jose-carlos-lima/a-doutrina-americana-para-deslegitimar-a-democracia-por-jose-vicente-rangel