Não tenho outro adjetivo para descrever uma justiça que se nega a permitir que uma mãe de cinco filhos, lactante, acusada de posse de 8 gramas de maconha (sic), aguarde o processo em liberdade: é uma justiça nazista.
Inclusive não concordo com o tweet do Gregorio Duvivier, que reproduzo abaixo apenas como curiosidade. Para mim, essa postura de Duvivier é de um moralismo inacreditável, do mesmo tipo de moralismo que abriu espaço para a Lava Jato, operação que é o supra-sumo do nazismo jurídico vigente no país.
A justiça brasileira tem de ser humana e justa. Para todo mundo, pobres e ricos.
Não é insuflando ódio contra a “mulher de Cabral”, ou contra o “filho da desembargadora”, que iremos ajudar ninguém.
O que precisamos fazer é expurgar a cultura fascista da sociedade, e isso se faz com educação, cultura e debate.
quem mandou estar com 8 gramas de maconha e ter 5 filhos? se fosse filha de desembargadora com 130kg de erva ou moradora do leblon, esposa e cúmplice de ex-governador, gastado milhões em joias ou tivesse um helicóptero de cocaína teria ganhado habeas corpus e estaria solta… pic.twitter.com/QmGL5cibGm
— Gregorio Duvivier (@gduvivier) 2 de fevereiro de 2018
Vinícius
07/02/2018 - 12h20
Rosário, o que o Duvivier deixou cristalino é que o Judiciário e seus agraciados, isto é, apaniguados por familismo, inclusive “familismo político” (Holanda) e “elite do dinheiro” tudo podem… Aqui no país, “ser pobre” é ter a “marca de Caim”.
C N Morais
06/02/2018 - 21h08
Duduvier apenas deixou claríssimo, usando ironia aplicada, que a Justiça Brasileira utiliza a Constituição como arma contra os inimigos dela – aqueles que não comungam com a Loja. Para os “seus”, a CF é letra morta, como ficou evidente nos exmplos usados pelo humorista.
Titina
06/02/2018 - 22h26
Faço minhas as suas palavras
Eliane F. C. Lima
06/02/2018 - 14h20
Não vi nada de errado nas palavras de Duvivier: quando li a notícia, imediatamente, também a comparei com a decisão judicial sobre a mulher de Cabral. Também não achei que ele estivesse insuflando ódio algum. Não vi nada disso. Há alguma dúvida de que o fato da criatura ser pobre foi o que marcou a decisão judicial de negar-lhe o benefício? Sinceramente, estou até agora tentando entender a alegação do artigo acima. E olhe que trabalho com entendimento de texto, essa é minha especialidade. Para mim, o único “senão” do texto de Duvivier é aquele “quem” com letra minúscula iniciando a frase. Uma questão gráfica, não de conteúdo. Concordo com ele em gênero e número ( e não em grau, como o pessoal adora dizer, porque não existe concordância em grau).
Luiz Carlos
06/02/2018 - 12h10
judiciario sujo, canalhas e estao da lata do lixo isto pelos verdadeiros trabalhadores, menos os coxinhas
Leonardo Leão
06/02/2018 - 09h27
Miguel,
Cada vez mais admiro você. Humanista só tem um lado: o do humanismo, do caminha da barbárie à civilização humana.
Convivi co Sua Graça Iluminada D. Hélder, o pequenino gigante irmão dos pobres. Ouvi dele que “a paz não é um caminho, é o caminho”.
Só há paz se nos reconhecermos, todos, verdadeiramente irmanados em nossa humanidade.
Só o humanismo, fundado em empatia e solidariedade, nos permitirá vida longa, feliz e pacífica neste planeta.
Africanos, palestinos, índios, sem-terras, pessoas com as mais diversas limitações ao redor do mundo, famintas, oprimidas e em holocausto precisam de esperança. E nós éramos a esperança dessa gente humana como nós.
Vamos à luta! Há muito mais que um poder a recuperar. Há um exemplo de resposta à ganância do neofeudalismo, retrógrado e gerador de miséria, a ser dado.
O Brasil é muito mais que a corja de canalhas que assaltou o poder. Somos muito mais que eles. Nem balas pra matar todos nós eles têm. Muito menos gente nossa que a isso se proponha.
evaldo cunha Ciríaco
06/02/2018 - 08h46
E o Helicoca Laurita Vaz, teras pego alguma carona nele, ou não importa! quantos presos ou acusados formalmente dona Laurita.?
Danyyel
06/02/2018 - 08h28
Duvivier quis dizer é que a justi;a é seletiva, ou seja, usa dois pesos e duas medidas. Ele cita um caso que a pouco tempo atrás repercutiu na mídia de um jovem que foi preso flagrado com mais de uma centena de drogas e armas, mas, com a interven;ao de uma desembargadora – sua máe – ela obrigou as autoridades que libertassem seu filho. E assim, ocorreu.
Valmir
06/02/2018 - 07h13
Duvivier apenas explicitou a realidade atual, atual e secular. A coisa é escancarada e uma das razões do golpe é manter a educação restrita para que a elite continue com a reserva den de mercado na produção dos seus pretorianos togados.
Sonia Barbosa
05/02/2018 - 23h45
Concordo com você, Miguel do Rosário!
Quanto ao Duvivier, nunca acreditei em suas palavras como pessoa de consciência progressista! E o pior, a esquerda (maioria) bateu palmas para ele como se fosse o “novo”. Ah! Me poupem!
Miguel do Rosário
06/02/2018 - 09h24
Sonia, o Duvivier é sim, um progressista e um grande aliado. Minha crítica a ele é pontual. Também faço duras críticas a Lula e a Dilma, e, sobretudo, ao PT, por uma série de coisas.
Antonio Passos
05/02/2018 - 23h41
Concordo, nessa o Duvivier caiu no discurso moralista por demagogia. Esse é o discurso que nos arrasou e do qual a Lava Jato se utilizou tão bem. A ponto de enganar até uma parte da esquerda.
Guilherme
05/02/2018 - 23h30
Vi a denúncia de dois pesos e duas medidas feita por Duvivier, mas não moralismo.
Jaiel de Assis Lopes
05/02/2018 - 22h28
Não acho o comentário de Duvivier moralista, ao meu ver ele demonstra a luta de classes e o claro posicionamento do MP e judiciário no tratamento diferenciado entra a classe proletária e a burguesa. Mesmos os jornalistas progressistas tentam de certa forma mascarar esta luta de classe, apelando para a necessidade da luta democrática e blablabla e coisa e tal. Sabemos que a coisa não é bem assim o MP, o Judiciário e todo aparelho de segurança são os cães guardiões do sistema capitalista e Duvivier como um cara de comunicação explica isto de forma simples. Veja a prisão de Marcelo Odrebrecht e a de Dirceu e se compreenderá como o judiciário se comporta com réu de classes diferentes. O que precisa ser ensinado é que Capitalismo gera corrupção, expropriação e pobreza que afeta a classe trabalhadora, é atributo do capitalismo e não algo que a religião possa curar.
Miguel do Rosário
06/02/2018 - 09h31
Concordo que é preciso explicitar a luta de classes. Mas justamente para que essa luta seja bem sucedida, é preciso tirar as armas das mãos de um judiciário profundamente plutocrático. E, sobretudo, é preciso desfascisticizar a sociedade. Por exemplo: se a Lava Jato se voltasse contra a “mulher de Cabral” ou contra o “filho da desembargadora”, isso não mudaria em nada o caráter classista do judiciário, que apenas teria escolhido sacrificar mais alguns dos seus (como foi a fórmula da Lava Jato), em nome do bem maior, que é justamente proteger a classe rica como um tudo. A formula da Lava Jato para enganar os esquerdistas moralistas foi muito fácil: foi só prender Sergio Cabral que foi todo mundo bater palmas para Bretas, o mesmo nazista que havia condenado o almirante Othon a 43 anos de prisão em regime fechado. Se é para falar de luta de classes, então é preciso mostrar ao povo quem são as classes adversárias: não é a mulher de Cabral. Não é um indivíduo: é a classe dos ultrarricos, que vivem de juros e dominam os meios de comunicação.
Saman
05/02/2018 - 22h22
Vergonha!
Pascoal Jacinto da Silva
05/02/2018 - 21h45
Concordo com Duvivier. Para mim, ele foi brilhante.
Messias Franca de Macedo
05/02/2018 - 21h30
… E “em que casa do ‘Minha Casa, Minha Vida’ habita” o “DD playboy de porta de igreja”?
“Com a palavra” o egrégio e impávido jornalista Joaquim de Carvalho!
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Dallagnol recebe auxílio-moradia e investe em imóveis
05/02/2018
https://www.youtube.com/watch?time_continue=91&v=9c6C_xmOS40