Os números do Caged, o sistema de monitoramento dos empregos formais do Ministério do Trabalho, divulgados hoje, mostram que 2017 foi o quarto ano consecutivo em que a Lava Jato destrói empregos, em especial aqueles mais qualificados.
A construção civil e a indústria, sobretudo, vivem uma situação dramática em todo o país. O país perdeu centenas de bilhões de reais com a Lava Jato, por conta de obras paradas, suspensas ou canceladas.
As grandes empresas de engenharia do país foram deliberadamente paralisadas e combatidas pelos aparelhos de repressão.
A reportagem publicada no site do ministério é uma patetice chapa-branca. O ano terminou com saldo negativo de empregos e o título é “Caged confirma melhora do mercado de trabalho em 2017”.
Se você cortar as tentativas patéticas de transformar os dados em alguma coisa boa, você consegue obter alguma informação. Segue os trechos, devidamente depurados:
Já a Construção Civil e a Indústria de Transformação tiveram as maiores reduções em 2017 (-103.968 e -19.900 postos, respectivamente).
(…) [as quedas observadas] em 2016 (-361.874 na Construção Civil e -324.150 vagas na Indústria de Transformação) e 2015 (-416.689 na Construção Civil e -612.219 na Indústria de Transformação).
No Norte, por sua vez, houve estabilidade, com o fechamento de apenas 26 postos no acumulado do ano, enquanto no Sudeste (-76.600 postos) e no Nordeste (-14.424 postos) o Caged registrou quedas na geração de emprego. Nos anos de 2016 e 2015, porém, os saldos negativos nessas regiões foram bem mais expressivos: Norte (-78.989 vagas e -97.111, respectivamente); Sudeste (-791.309 e -892.689); e Nordeste (-242.659 e -251.260).
(…) Dentre os estados que tiveram redução no número de vagas formais, Rio de Janeiro (-92.192 postos), Alagoas (-8.255 postos), Rio Grande do Sul (-8.173 postos), Pará (-7.412 postos) e São Paulo (-6.651 postos) tiveram os resultados mais expressivos. “São estados que, nos dois anos anteriores, tiveram resultados bem piores. No Rio de Janeiro, por exemplo, as perdas foram de -238.528 em 2016 e -183.151 em 2015”, destacou Helton Yomura.
(…) Segundo o Caged, o salário médio de admissão em dezembro de 2017 foi de R$ 1.476,35 e o de demissão, de R$ 1.701,51.