(Charge: Aroeira)
Por Pedro Breier
Haraquiri ou seppuku era um ritual suicida japonês realizado pelos samurais para evitar ou compensar a perda da honra. Um ministro japonês cometeu, em 2007, uma espécie de haraquiri moderno ao se ver envolvido em um caso de corrupção.
Casos de suicídio em nome da honra aparecem de vez em quando, inclusive no Brasil.
O reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier cometeu suicídio após ser preso pela PF e exposto à condições vexatórias sem haver qualquer prova contra si. A ação foi comandada pela delegada Érika Marena, ex-coordenadora da Lava Jato de Curitiba e perpetuadora dos métodos brutalmente autoritários da operação.
Pois a elite brasileira está prestes a cometer um haraquiri às avessas, caso seja consumado o impedimento de Lula se candidatar à presidência.
Não é a perda da honra que motiva o auto-sacrifício consciente dos tubarões da política, da mídia e do judiciário; o que está para acontecer é um suicídio involuntário, resultado direto de algumas características da elite mais entreguista do mundo: sanha alucinada por poder, completo desprezo pelo povo e pela democracia e uma notável soberba.
A direita política embarcou em uma barca furadíssima ao levar a cabo o golpe de 2016. Esperasse as próximas eleições e poderia ganhar nas urnas para aplicar seu programa macabro com alguma legitimidade.
O que resultou do golpe foi um governo ilegítimo e odiado pela população, ostentando o presidente mais impopular do planeta, e que ficará marcado por muito tempo como inimigo do povo, ainda mais se a condenação de Lula for confirmada.
A direita midiática, capitaneada pela Globo, perdeu o que restava de credibilidade ao ser a grande fomentadora do golpe. Promover uma das maiores perseguições midiáticas da história e bancar uma condenação ridícula do político mais popular do país é a única alternativa após o caminho sem volta escolhido pela mídia hegemônica.
Entretanto, tal afronta à democracia certamente não ficará impune. Em troca de uma possível vitória eleitoral em 2018 – improvável, mesmo que Lula não possa ser candidato – a imprensa familiar está cavando sua própria cova. A regulação da mídia será um imperativo inadiável quando as forças progressistas chegarem ao poder novamente.
O judiciário também dará um glorioso tiro no pé caso confirme a aberração lógico-jurídica (é complicado chamar aquilo de sentença) de Sergio Moro. Lula, o grande chefe do maior esquema de corrupção da história da humanidade, foi condenado por pensar em comprar um apartamento na praia de classe média do Guarujá, em SP.
Os superpoderes concedidos à Lava Jato para revirar a vida e a intimidade de quem quisessem resultou neste embuste patético.
Se os desembargadores do TRF 4 têm alguma visão de longo prazo e sentido de auto-preservação institucional, reformarão a sentença de Moro. Do contrário, o próprio judiciário será o reformado em um futuro não muito distante.
O mais provável, contudo, é que os desembargadores não atrapalhem a marcha do golpe. Nesse caso, o impedimento violento da candidatura Lula será o propulsor do grotesco haraquiri político da direita brasileira.
Jochann Daniel
20/01/2018 - 18h37
Acho que não é bem o conservadorismo político brasileiro que está destruindo o Brasil.
Acho que é uma quadrilha de alguns milhares de traidores da Pátria, sem nenhuma ideologia política senão trabalhar para nossos inimigos em troca de vantagens e propinas de milhões de dólares.
Aos nossos inimigos interessa um povo massacrado, incapaz de reagir aos saques e pilhagens de nossas riquezas (petróleo, pré sal, trabalho semi escravo, etc).
Quem são nossos inimigos? R > São os grandes interesses financeiros internacionais sob o comando de Jacob Rothschild, o primeiro e único trilionário do Mundo.
Quem forma a quadrilha de brasileiros traidores e lesa pátria que estão destruindo deliberadamente o Brasil? R > Leia mais o Cafezinho e você acaba entendendo tudo…
Jose Barros dos Santos
19/01/2018 - 14h10
O INFERNO NÃO PODE SER
PIOR QUE A DESGRAÇA QUE COMEÇA ASSOLAR O NOSSO PAÍS . QUE ESTÁ COM A CARA NO CHÃO
Reginaldo Gomes
19/01/2018 - 11h33
Os intocáveis.
Não vou negar que sinto alegria em ver o judiciário sendo desmoralizado por sua arrogância , soberba e incompetência.
Porém, isso é praticamente nada!!!!!!!!!!!!
O judiciário continua, ainda, um dos dois intocáveis. Todos esses crimes de cifra bilionárias, trilionárias, envolvendo políticos , empresários não teriam acontecido se não tivesse a cumplicidade , proteção , planejamento e ação do judiciário.
Uma reflexão de nível primário , até infantil , é capaz de chegar a essa hipótese. Não é possível ninguém roubar tanto dinheiro, por tanto tempo, sem cumplicidade dos guardiões da lei. É impossível roubar tanto dinheiro sem a participação dos guardiões do dinheiro os BANCOS. Só um idiota não percebe que pior que a política são os guardiões da lei e do dinheiro.
Carlos Augusto De Bonis Cruz
19/01/2018 - 10h28
Deram um tiro no pé. Não tem volta! Condenam o Lula ou destroem imediatamente o golpe, com sua absolvição. Não há volta, se esperarmos pelos podres poderes. Apenas com mobilização e pressão conseguiremos voltar ao Estado de Direito, destruindo o Estado de DIREITA. Cunha, Temer, Jucá (onde andará?), Marum, Malfaia, FHC,Bolsonaro,.., são agentes pagos para nos reduzir a colônia exportadora de primários, sem empresas, tecnologia, e SOBERANIA. Não há LIBERDADE sem LUTA.
Jochann Daniel
19/01/2018 - 12h06
Caro Carlos Augusto,
Permita-me Incluir em seu comentário:
Só esclarecendo o povo (inclusive e principalmente as elites) que a Mídia trabalha para nossos inimigos teremos condição de evitar que pessoas como as que você citou cheguem ao Poder.
Sem a Mídia nossos inimigos não teriam condição de dar o Golpe e levar ao Poder os brasileiros traidores que lá estão, no momento agora.
A Mídia é a principal ferramenta de nossos inimigos para colocar no Poder brasileiros totalmente sem escrúpulos que, em troca de propinas de milhões de dólares abrem as portas para nossos inimigos nos pilharem, nos saquear, e nos reduzir a um país infernal, com povo massacrado e desorganizado.
Quem são nossos inimigos?
São os grandes interesses financeiros, principalmente os estrangeiros, que cobiçam nossas riquezas. Nosso petróleo, nosso pré-sal, nosso trabalho (que pretendem reduzir à escravatura).
Luiz Hortencio Ferreira
19/01/2018 - 09h43
Caro Pedro, ou você e seu texto é muito inocente ou como muitos imaginam, cada um na sua bolha de convivência, o mundo capitalista em que vivemos é justo!
Cai na real. A mídia brasileira (Globo,Record,SBT etc.) são cobras criadas já de muito tempo, estão participando do poder desde 1900 ou antes. Todos eles sabem muito bem o que fazem e quais serão os resultados futuros. Temos como exemplo o período de regime militar que vivemos e passamos, todos os meios de comunicação (mídia) atuais participaram ativamente a favor do regime implantado à época e o que aconteceu a eles… estão aqui, hoje, mais fortes, participando de um novo golpe e vão continuar e vão sobreviver e estarão no poder, junto com os mesmos políticos que estão legislando em causa própria desde os anos do regime militar, pois acho que o povo brasileiro irá reeleger um monte destes caras que estão no congresso fazendo as barbaridades que estamos vendo e vivendo.
Então, caro Pedro. Cai na real!
Herbert
19/01/2018 - 08h38
Realmente isso poderá acontecer. Certamente esses caras não irão absolver o Lula, até porque a pressão da mídia é muito forte.
Messias Franca de Macedo
18/01/2018 - 22h47
Bastaria a pergunta feita pelo deputado mineiro Rogerio Correia para demolir a farsa: por que o juiz Moro, que confiscou tudo de Lula, até um carro velho e sua poupança, não confiscou o tríplex do Guarujá? A resposta é simples: porque sabia que o imóvel não era dele
Ainda há tempo de suspender o julgamento e evitar conflitos
Por Ribamar Fonseca – Jornalista e escritor
18 de Janeiro de 2018
(…)
FONTE [LÍMPIDA!]: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/ribamarfonseca/337596/Ainda-h%C3%A1-tempo-de-suspender-o-julgamento-e-evitar-conflitos.htm
Gustavo Horta
18/01/2018 - 18h31
Estamos em 2018. Tempo do ódio. Do ódio em rede, materializado em imagem e som. Ao vivo e a cores. A era dos haters, que se reproduzem aos borbotões, muitos deles viabilizados pela ilusão do anonimato e pela livre expressão da miséria humana.
Eu queria tratar de afeto. Exortar as pessoas a que se amassem, que se respeitassem, que fossem cuidadosos para com o outro. Que procurassem sentir, ainda que em abstração, a dor alheia.
Adoraria advogar em favor da alteridade derivada da solidariedade, do sentimento de comunhão, de fraternidade, a terceira vertente do mote da velha revolução burguesa da França, que nem aos integrantes de sua casta social consegue hoje convencer.
Refreio, no entanto, essa minha pulsão pelo amor. Contenho o meu ímpeto de tentar transmitir ao outro o vínculo de apreço abstrato que me conecta à humanidade. E o faço em parte pela necessidade de ser humilde e recusar a grandiloquência de vultos históricos. A segunda razão é o receio do que possa suceder a mim e a quem assuma o risco de benquerer indefinidamente. Amar em demasia é um perigo!…
“ALL WE NEED IS LAW”
> https://gustavohorta.wordpress.com/2018/01/18/all-we-need-is-law/
Che Sabia
18/01/2018 - 18h27
Ótimo artigo! O tempo confirmará…