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Leonardo Giordano: “Estou com Manuela e sei que eleição sem Lula é golpe”

Em texto enviado ao Cafezinho, o jovem vereador de Niterói e pré-candidato ao Senado pelo PCdoB no Rio de Janeiro, Leonardo Giordano, expõe as razões pelas quais acredita que eleição sem Lula é golpe. Apesar de apostar na candidatura de Manuela D´Ávila, Giordano explica que “ainda assim é muito importante falar do que está acontecendo […]

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Em texto enviado ao Cafezinho, o jovem vereador de Niterói e pré-candidato ao Senado pelo PCdoB no Rio de Janeiro, Leonardo Giordano, expõe as razões pelas quais acredita que eleição sem Lula é golpe.

Apesar de apostar na candidatura de Manuela D´Ávila, Giordano explica que “ainda assim é muito importante falar do que está acontecendo com o Lula, apontar as anormalidades sucessivas com a qual tem sido tratado pelo judiciário e tomar lado claro pela normalidade democrática no Brasil”.

Identificado com a agenda da cultura e da democratização da mídia, Giordano é uma das principais lideranças que emergiu no falido estado do Rio de Janeiro nos últimos anos.

E seu coerente texto demonstra que está no caminho certo, com amplitude na política, convicção no projeto e radicalidade no programa.

Eleição sem Lula é golpe!

Por Leonardo Giordano

O PCdoB tem uma candidata a presidente, jovem combativa com 36 anos, que apesar da idade tem experiência e trajetória honesta ao lado do povo.

Ela tem apresentado uma proposta de frente ampla, juntando todos os setores patriotas que estejam interessados na construção de um programa de desenvolvimento que garanta maior participação dos trabalhadores na renda nacional para enfrentar o desmonte e o entreguismo.

A candidatura da Manuela d’Ávila me anima bastante em um cenário de descrédito na política e necessidade de renovação.

Ainda assim é muito importante falar do que está acontecendo com o Lula, apontar as anormalidades sucessivas com a qual tem sido tratado pelo judiciário e tomar lado claro pela normalidade democrática no Brasil.

Eleição sem Lula é golpe – de novo.

Em primeiro lugar é sempre bom lembrar o quanto é frágil nossa democracia, historicamente apenas recém conquistada.

Dos quatro presidentes eleitos desde a reabertura metade sofreu impeachment.

Isso não parece muito estável, nem é normal mundo afora.

Na democracia americana, que foi o primeiro modelo de sufrágio direto implementado desde 1789 este instrumento jamais foi usado para interromper mandatos, em que pesem as maiores crises políticas pelas quais tenham passado.

As tais visões liberais sobre competição livre, no Brasil, são rapidamente esquecidas quanto os temas incluem os interesses dos grupos privados de comunicação.

Este liberalismo de ocasião acaba exatamente onde começam as necessidades corporativas e de dominação.

Somos “livres” para receber as mesmas linhas editoriais, em praticamente todos os nossos veículos de comunicação de massas, democraticamente.

E se você falar em adotar leis de regulação básicas, idênticas a leis europeias e estadunidenses você quer “transformar o Brasil na Venezuela”.

Ou seja, não pode reclamar e tem que achar bom.

Agora o poder judiciário é um ator político cotidiano no Brasil e chegamos ao ponto onde, imprudentemente, isto é aplaudido e comemorado.

Em qualquer lugar sensato isto seria visto com a mais profunda desconfiança, mas aqui até chefe de gabinete do juiz que vai julgar o Lula pode “adiantar no face” que o resultado do julgamento será a condenação (amplamente questionada por juristas de peso) sem prova cabal, objetiva.

Estamos, temporariamente, enquanto país, vivendo uma espécie de apagão da razoabilidade.

Lula é líder das pesquisas.

Não se suprime uma candidatura respaldada por amplo tecido social (a saber milhões de pessoas do povo) com base na decisão de quatro pessoas em lugar nenhum do planeta.

Se alguém pretende derrotar Lula, o lugar certo, numa democracia sensata é nas urnas.

A judicialização da política, amparada por excepcionalidades e manobras escancaradas não pode fazer parte do jogo democrático.

O julgamento do Lula não é pra julgar nada, é pra condenar e impedir de disputar a eleição.

É por isso que o TRF-4 adiantou sete processos e correu pra marcar, bem rapidinho.

É por isso que a chefe de gabinete do juiz, que devia ter uma postura sóbria e neutra não tem vergonha nenhuma de demonstrar que as cartas já estão todas marcadas.

É claramente um julgamento político, e a história escreverá assim.

Que o sujeito que foi operário, eleito e reeleito, que esteve a frente dos dois governos mais prósperos da nossa história e que liderava as pesquisas depois de bombardeio incessante da mídia, foi impedido de disputar, no tapetão.

Porque senão – e farão pairar esta dúvida para sempre – ele venceria.

Lula insistirá na candidatura, mesmo após a decisão do tribunal que não consegue se conter para sequer parecer neutro.

Ele faz muito bem, é correto.

Ficará cada vez mais claro para a população que o jogo do plim plim é não deixar ele ter a palavra e se dirigir diretamente ao povo nas eleições.

É isso que dá medo nessa turma.

É para isto que tudo o mais se faz.

Defendendo e votando na Manuela d’Ávila ainda assim nós do PCdoB vamos nos pronunciar firmemente em defesa da democracia e do Brasil: Eleição sem Lula é golpe.

Leonardo Giordano é vereador em Niterói e presidente do PCdoB na cidade.

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Theo Rodrigues

Theo Rodrigues é sociólogo e cientista político.

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Comentários

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Pedro Cândido Aguarrara

10/01/2018 - 16h15

Por quê os golpistas querem tirar Bolsonaro?

Porquê o candidato deles (Globo, Band, Fiesp, Folha e Revistas Vesga e Quanto É) é o Alkmin.

Com Bolsonaro crescendo, um segundo turno não teria o tucanalha Alkmin.

Apesar dos cofres públicos estarem abertos no momento para eles, e eles estarem garantindo a mamata com nosso dinheiro até 2019 (mantendo o Traidor Usurpador até lá), num eventual governo federal tucano eles vão poder roubar muito mais, e muito mais despreocupadamente, pois o esquema Midia-PSDB é muito mais amplo (que o montado às pressas com Temer, Cunha, Jucá, Sarney, etc,) e envolve muitos policiais federais (como os das forças tarefas da lavajato, procuradorias de Curitiba e São Paulo e da PGR), muitos procuradores (como o Santos Lima e o Dellagnol) e muitos juízes (como Sérgio Moro e o pessoal do TRF de Porto Alegre, o Gilmar Mendes, O Fux, o pessoal do STJ e de vários tribunais superiores).

Pode notar que apesar das toneladas de evidências e provas de crimes cometidos por FHC, Serra, Aécio, Aloisio, etc, nenhum tucano vai preso nem se cogita de que serão presos.

Elza Ciolin Fagundes

10/01/2018 - 14h05

Tudo isso é lamentável,todos nós brasileiros, honestos, assalariados sentimos a tragédia que será mais 4 anos sem o Lula.
Impedidos de elege-lo por um judiciário golpista.


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