Por Wellington Calasans, para O Cafezinho
Muito pouco sabemos sobre a “Guerra do Paraguai contra a Tríplice Aliança”. A história narrada até aqui, meio sob sussurros, nos esconde a figura heróica, diplomática e perseguida do Marechal Francisco Solano López, homem que intermediou com total êxito o “Pacto de São José de Flores”, de 1859. Exatamente por isto, Solano provocou a fúria dos ingleses, verdadeiros artífices da tramóia que uniu Brasil, Argentina e Uruguai para a ofensiva contra os paraguaios.
O livro “El Mariscal Francisco Solano López, artífice de la Unificación Argentina”, de Rodolfo Báez Valenzuela, tem sido apresentado na Argentina e Paraguai como uma obra admirável de 300 páginas. Se é necessário, tem o “atestado de verdade” por ter sido escrito e pesquisado por este paraguaio, residente na Argentina, que é economista de profissão, político por vocação e pesquisador de história por hobby. Rodolfo (86 anos) é aquilo que podemos chamar de “cidadão do mundo por obrigação”.
As revelações fartamente documentadas no livro desnudam a distorção da história sobre esta guerra entre países que deveriam ser irmãos e nos dá a necessária luz para que possamos entender a nova intromissão estrangeira vivida nos dias de hoje pelos países da América do Sul (ou, América Latina, se preferir).
Naquela oportunidade, os ingleses ficaram revoltados por terem visto os seus interesses prejudicados por Solano López, um jovem paraguaio que uniu a Argentina e, para piorar, chegou ao poder do seu país como um líder da região.
Solano López, assim como todos os líderes políticos latinos, foi visto como uma ameaça aos interesses estrangeiros exatamente por ter promovido, além da reunificação da Argentina, uma revolução na educação, saúde, indústria e comércio no Paraguai. Era “perigoso demais” para as elites mesquinhas e entreguistas que historicamente trabalham contra os seus próprios países e povos. Alguma semelhança com os dias de hoje?
O livro narra este momento histórico com impecável equilíbrio e isenção, sobretudo por ter sido escrito por uma vítima de duplo exílio pela militância política no Paraguai (expulso e exilado na Argentina) e Argentina (expulso e exilado no Reino da Suécia). O autor, que atualmente vive em Buenos Aires, também viveu durante 15 anos em Moçambique (País africano de língua portuguesa), onde desenvolveu grandes projetos governamentais patrocinados pelo governo sueco.
O prefácio do livro foi escrito por Gilberto Ramírez Santacruz, sob o argumento de que “a guerra do Paraguai contra a Tríplice Aliança cessou apenas em sua expressão bélica com a morte e assassinato do marechal Francisco Solano López, mas em sua expressão política, historiográfica e moral continua em batalhas quentes até os nossos dias. Embora entendamos essa luta fratricida, que constrange o povo, o genocídio de seus irmãos, mas não seus governos, que nem conseguiram reparar o crime … ” (Tradução livre desta publicação)
Com este livro, Rodolfo – que tive o prazer de conhecer e consultar sobre assuntos relevantes para a melhor compreensão dos “países hermanos” – presta um inestimável serviço de reparação histórica. O livro será publicado em português em breve.
Quem?
31/03/2018 - 00h30
A Escravidão no Paraguai foi abolida quando, é por quem?
Chega a ser Criminoso afirmar que os britânicos causaram o conflito
Os blancos uruguaios confiscaram todas as posses dos brasileiros, e o Brasil respondeu com guerra.
Devido a Aliança Blancos-Paraguai o Ditador invadiu o Mato Grosso e massacrou por ali.
Jovita Alves Feitosa, mulher pobre
Por quê quis lutar?
Pelos crimes paraguaios no Brasil. Simples.
O Paraguai era como toda a Ámerica Latina: atrasado e rural.
Foram 20% da população (em torno de 100-200 mil) não 70%
LUCY
31/12/2017 - 20h34
AS CAUSAS DA GUERRA DO PARAGUAI E O PODERIO ECONÔMICO E MILITAR DA INGLATERRA: A INDÚSTRIA INSURGENTE CRIADA NO PARAGUAI: FORJARIAS E FUNDIÇÕES DE MÁQUINAS
Esse foi o maior conflito militar no continente americano e marcado por sangrentas batalhas navais e por terra, os militares mais destacados na guerra foram Osório e Caxias e pela Argentina o general Bartolomeu Mitre comandados pelos militares ingleses.
A Argentina sofria com os conflitos internos Bartolomeu Mitre não desejava um confronto direto com Solano Lopez.
Os Uruguaios também estavam vivendo conflitos internos desde a sua indepedência e separação política do Império do Brasil na Guerra da Cisplatina A Inglaterra foi o maior interessado na Guerra do Paraguai para frear o comércio paraguaio e as forjarias e fundições de máquinas no Paraguai e também na formação da TRÍPILICE ALIANÇA (Império do Brasil, Argentina e Uruguai) e enviou ao Brasil e Argentina um comandante da Marinha Britânica para ajudar no planejamento militar dessas sangrentas batalhas
O Paraguai sofreu grande redução em sua população. A guerra acentuou um desequilíbrio entre a quantidade de homens. Algumas fontes citam que 70% da população paraguaia morreu até o final da Guerra. A maioria morreu pela cólera e péssimas condições de sobrevivência na guerra e milhares mortos em combate e milhares decapitados pelas tropas brasileiras. Milhares de mulheres, adolescentes e crianças e idosos civis paraguaios morreram no genocídio.
Na fase final da guerra apenas os adolescentes paraguaios formaram as fileiras de resistência à invasão do Exército Brasileiro. Milhares de soldados tinham menos que 15 anos e muitos foram degolados pela “gravata vermelha” e avrentramento técnica de assassinato muito usada na guerra do paraguai e guerra de canudos pelos militares brasileiros e era a marca do oficial Moreira Cesar que combateu em Canudos e lá morreu em confronto militar.
Dos cerca de 160 mil brasileiros que combateram na Guerra do Paraguai as melhores estimativas apontam cerca de 50 mil óbitos e outros mil inválidos. Outros ainda estimam que o número total de combatentes pode ter chegado a 400 mil, com sessenta mil mortos em combate ou por doenças.
As forças uruguaias contaram com quase 5.600 homens, dos quais pouco mais de 3.100 morreram durante a guerra devido às batalhas ou por doenças.
Já a Argentina perdeu cerca de 18 mil combatentes dentre os quase 30 mil envolvidos. Outros 12 mil civis morreram devido principalmente a doenças.
Fato é que a Guerra do Paraguai não se diferenciou dos demais conflitos ocorridos durante o século XIX
As altas de mortalidade não foram decorrentes somente por conta dos encontros armados e sim por decorrentes da má alimentação e péssimas condições de higiene parecem ter sido a causa da maior parte das mortes. Entre os brasileiros, pelo menos metade das mortes tiveram como causa doenças típicas de situações de guerra do século XIX. A principal causa mortis durante a guerra parece ter sido o cólera..
As consequências do conflito e o Pós-guerra
Não houve um tratado de paz em conjunto. Embora a guerra tenha terminado em março de 1870, os acordos de paz não foram concluídos de imediato. As negociações foram obstadas pela recusa argentina em reconhecer a independência paraguaia.
O Brasil não aceitava as pretensões da Argentina sobre uma grande parte da região paraguaia do GRANDE CHACO, região paraguaia rica em quebracho (atualmente rica em gás e petróleo). O quebracho é um produto usado na industrialização do couro.
A questão de limites entre o Paraguai e a Argentina foi resolvida através de longa negociação entre as partes. A única região sobre a qual não se atingiu um consenso — a área entre o RIO VERDE e o braço principal do RIO PILCOMAYO foi arbitrada pelo presidente dos EUA RUTHERFORD HAYES que a declarou paraguaia.
O Brasil assinou um tratado de paz em separado com o Paraguai, em 9 de janeiro de 1872, obtendo a liberdade de navegação no rio Paraguai. Foram confirmadas as fronteiras reivindicadas pelo Brasil antes da guerra. Estipulou-se também uma dívida de guerra que foi a primeira dívida da história paraguaia e foi intencionalmente subdimensionada por parte do governo imperial do Brasil mas que só foi efetivamente perdoada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas em resposta a uma iniciativa idêntica da Argentina. O Paraguai perdeu 90 mil quilômetros quadrados para o Brasil nos tratados de paz.
O reconhecimento da independência do Paraguai pela Argentina só foi feito na CONFERÊNCIA DE BUENOS AIRES, em 1876, quando a paz foi estabelecida definitivamente.
GEISEL E O ACORDO DE DESENVOLVIMENTO DA ITAIPU BINACIONAL UMA COMPENSAÇÃO PELO MASSACRE E GENOCÍDIO
Em dezembro de 1975, quando os presidentes ERNESTO GEISEL e ALFREDO STROSSNER assinaram em Assunção um Tratado de Amizade e Cooperação e o acordo para construção da USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU (ITAIPU BINACIONAL) , o governo brasileiro propôs a troca de milhares de elerodomésticos no Paraguai porque a frequência do sistema elétrico paraguaio era de 50 Herz e o Brasil adota 60 Herz como na maioria dos países. Construir um sistema em Itaipu exclusivo com conversão a 50 Herz de frequência ficaria absurdamente caro o projeto de ITAIPU. Geisel também devolveu ao Paraguai todos os TRÓFEUS da guerra e os documentos secretos trocados com a Inglaterra durante a preparação da guerra do Paraguai. ..
Conclusões
Preparativos para o festejo da vitória no Brasil, 1870.
Resultados da guerra:
PARAGUAI: destruição do Estado existente, perda de territórios vizinhos e ruína da economia paraguaia, de modo que mesmo décadas depois, não conseguiu se desenvolver da mesma forma que os vizinhos. Perdas na guerra: óbitos até 70% da população, a maioria devido a doenças, fome e exaustão física.
BRASIL: a guerra expôs a fragilidade militar-estrutural do Império, devido à escravidão, principalmente, mas saiu vitorioso militarmente e fortaleceu sua hegemonia até 1875. Reflexos internos: desequilíbrio orçamentário e no Tesouro brasileiro, além da forte dissociação entre Exército e monarquia, devido ao sentimento de identidade que se construiu durante a guerra. Perdas na guerra: 50 mil homens, devido a doenças e ao rigor do clima.
O tesouro real indicou um gasto de 614 mil contos de réis, provindos das seguintes fontes:
• Empréstimo Estrangeiro: 49 (em milhares de contos de Réis)
• Empréstimo Interno: 27
• Emissão de dinheiro: 102
• Emissão de títulos: 171
• Imposto: 265
O conflito custou, pois, ao Brasil, quase onze anos do orçamento público anual, em valores de pré-guerra, o que permite compreender melhor o persistente “déficit” público nas décadas de 1870 e 1880. Também chama a atenção, nos números sobre as fontes dos recursos gastos na luta, a participação proporcionalmente pequena de empréstimos externos.
O Brasil levou à guerra em torno de 139 mil homens, de um total de pouco mais de 9 milhões de habitantes, ou seja, cerca de 1.5% da população. A origem conhecida dos efetivos, sem incluir os efetivos da Marinha, foram:
• Voluntários da Pátria: 54.992
• Guarda Nacional: 59.669
• Recrutamento e Escravos Libertos: 8.489
• Total: 123.148
ARGENTINA: passou por inúmeras rebeliões federalistas contra o governo nacional, pelo descontentamento com a guerra; economicamente foi beneficiada, pois abasteceu as tropas brasileiras com produtos (principalmente carne e cereais) oriundos de Buenos Aires, mas também houve sangria do Tesouro nacional. A guerra contribuiu para a consolidação do Estado nacional argentino e para dinamizar sua economia. Perdas na guerra: 30 mil homens.
URUGUAI: sofreu impactos menores. Perdas na guerra: 5.000 soldados.
Alterações no plano regional: a guerra de certa forma substituiu a histórica rivalidade entre Argentina e Brasil pela cooperação entre os dois grandes países, uma aliança estratégica duradoura, embora as desconfianças entre os lados continuem até hoje. Durante todo o tempo da campanha, as províncias de Entre Rios e Corrientes abasteceram as tropas brasileiras com gado, gêneros alimentícios e outros produtos. Economicamente, os mais beneficiados foram os comerciantes argentinos durante a guerra.
O Brasil, que sustentou praticamente sozinho a guerra, pagou um preço alto pela vitória. Durante os cinco anos de lutas, as despesas do Império chegaram ao dobro de sua receita, provocando uma crise financeira. A escravidão passou a ser questionada, pois os escravos que lutaram pelo Brasil permaneceram escravos.
O Exército Imperial Brasileiro passou a ser uma força nova e expressiva dentro da vida nacional. Transformara-se numa instituição forte que, com a guerra, ganhara tradições e coesão interna e representaria um papel significativo no desenvolvimento posterior da história do país. Além disso, houve a formação de um inquietante espírito corporativista no exército e insatisfeitos com o império, que futuramente, formaria motivação militar para a proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil. Em 15 de novembro de 1989. O nome do Brasil somente foi mudado em 1968 para “República Federativa do Brasil” durante o governo militar.
A experiência militar no Paraguai levou os militares ao rápido massacre na Guerra de Canudos na Bahia quando Antonio Conselheiro e Pageú lideraram um movimento para não pagar impostos nas glebas dos minifúndios e provocou a ira do então governador da Bahia Luiz Viana e o presidente da república que enviou cinco expedições militares (total de 150 mil soldados) a Canudos para massacar os 40 mil moradores da região que resistiram até o último combate e milhares morreram degolados e decapitados pelo general Savaget e coronel Moreia César na terrível técnica de morte pela “gravata vermelha” e pelo “aventramento” técnicas usadas na guerra do Paraguai e que também foram usadas em Canudos e também mais recentemente pelo Sargento do Exército Santa Rosa na Guerrilha do Araguaia em 1973 contra 275 estudantes capturados e mortos no Arguaia como revela o livro de Elio Gaspari sobre a Ditadura Militar..A pedido do presidente Médici as mãos dos guerrilheiros mortos foram cortadas e levadas para a inspeção e conferência do próprio general Garrsatazu Médici.
jose carlos vieira filho
29/12/2017 - 11h48
Extrato de Introducción a la America Criolla, de Jorge Abelardo Ramos
En esta breve nota sólo recordaremos que la “misantropía” del Supremo Dictador era la
personificación psicológica de un hecho político que ni Francia ni el Paraguay habían buscado. Los
intereses de la burguesía porteña de Buenos Aires le dictaban su conducta: abandonar a su suerte el
destino de la Patria Grande que habían concebido Artigas, San Martín y Bolívar. Sólo aspiraba a
conservar la hegemonía de la Aduana de Buenos Aires y monopolizar el tráfico del comercio
internacional en manos de Buenos Aires. La gran provincia había usurpado los derechos de las
restantes del Virreinato al desaparecer el Rey de España. En lugar de organizar la Nación,
disponiendo para ella las rentas aduaneras del mejor puerto, el grupo porteño y bonaerense declaró
de su exclusiva propiedad la ciudad, la pradera y el puerto. Como decía Alberdi, esa Aduana era la
fuente del Tesoro y del Crédito Público en la época. Con esa alcancía, que llenaban todos los
argentinos y administraban para sí solamente los porteños, el comercio de las provincias del Litoral
y del Paraguay quedaba estrangulado. Por tal causa la oligarquía de Buenos Aires puso precio a la
cabeza de Artigas, Protector de los Pueblos Libres y el más grande caudillo popular que haya
memoria en la América del Sur.
Se tendrá presente que Artigas no fue tan sólo jefe de una provincia, como sus infieles
lugartenientes Ramírez y López, o el famoso estanciero Juan Manuel de Rosas, sino que se propuso
confederar a la vasta heredad hispanocriolla en una nación: fue un revolucionario agrario, fue un
proteccionista industrial y fue un soldado de la unidad rioplatense. Esa misma oligarquía determinó
el enclaustramiento del Paraguay, que sólo podría comerciar mediante la arteria vital del Plata. Así
expatriaron a San Martín, degollaron a los caudillos del interior, dieron un golpe de Estado e
impusieron de presidente a Rivadavia, socio de los inversionistas ingleses.
Esa burguesía voraz, que ya había privado a San Martín en el Perú de los recursos necesarios
para completar su campaña de independencia continental, no sólo asfixió al Paraguay, sino que
también libro a la “soberanía” a las provincias del Alto Perú. Con el célebre leguleyo Casimiro
Olañeta, doctor “dos caras” de la antigua Charcas, esas provincias se declararon independientes de
las Provincias Unidas de Sudamérica para tranquilizar a sus propietarios de minas e indios del
Altiplano, que hasta ese momento vivían enfermos por el temor de verse obligados a trabajar sin
beber la sangre de los hijos de Atahualpa.
En suma, la oligarquía pampeana y sus socios comerciantes de Buenos Aires perdieron la Banda
Oriental, el Alto Perú (hoy Bolivia) y el Paraguay.
Sólo acariciaban contra su reseco corazón la Aduana de Buenos Aires; y se reían del mundo
entero.
De este modo es posible explicarse, sin historiadores ingleses ni psiquiatras criollos, la
personalidad política del doctor Francia. Una vez que lo encerraron bien encerradito, lo acusaron de
ser insociable. Francia les pagó en la misma moneda: ¡Pero a qué precio! Trazó alrededor del
Paraguay una frontera de hierro en el sentido más literal de la expresión, pues fabricó cañones y los
emplazó en los lugares estratégicos. Durante treinta años no dejó ingresar ni salir a nadie de su
tierra. A quien entraba al Paraguay le resultaba muy difícil salir; y Quién llegaba a salir era casi
imposible que volviera a entrar. El naturalista francés Bonpland anduvo por esos lugares buscando
plantitas y especies raras; tuvo la desgracia de pisar suelo paraguayo. El Supremo ya no lo soltó. La
Europa entera clamó por su libertad, pero el doctor Francia se mantuvo inflexible. Hasta Bolívar,
que de alguna manera era un personaje universal que había vivido en París y era un civilizado, se
sintió por un momento seducido a tentar la empresa napoleónica de librar una guerra para librar al
sabio. Pero este hombre duro no había aparecido al azar en la historia del Paraguay.
Detrás de él estaban los guaraníes, base étnica del pueblo paraguayo. Y la Compañía de
Jesús, que había erigido con las Misiones un obstáculo a los bandeirantes que cazaban indios a fin
de venderlos en el Brasil. También los encomenderos disputaban a los jesuitas el derecho de reducir
guaraníes para explotarlos como esclavos. Cuando las Misiones fueron expulsadas a fines del siglo
XVIII dejaron una tradición de economía agraria sin grandes terratenientes. Este hecho perduró
hasta los López. Sólo se estableció la gran propiedad parasitaria en el Paraguay después de la
Guerra de la Triple Alianza. En realidad, a Francia y a los López los sostuvo una clase campesina de
pequeños productores relativamente prósperos.
El trágico error del doctor Francia fue el de aceptar el terreno elegido por sus adversarios,
que eran adversarios de la causa nacional de la América Latina: un Paraguay aislado no podía ser
sino víctima propicia de los grandes imperios y de sus Virreyes locales. Defendió la soberanía
gallardamente, pero su fatal limitación histórica le impidió la única política que podía haber
cambiado la historia de su época: unirse a Artigas y a Bolívar para destruir a la burguesía porteña,
limeña y bogotana – la historia no lo quiso así- y echar las bases de la Nación Latinoamericana. Al
caudillo oriental, lo acogió en la hora de la derrota. Artigas vivió treinta años en el Paraguay, pero
Francia no lo conoció personalmente, pues siempre rehusó hablar con él. En cuanto a Bolívar, sólo
respondió negativamente con una carta altiva al ofrecimiento del Libertador de Colombia de
establecer relaciones con los pueblos latinoamericanos.
Defendió de ese modo a su patria chica de las turbulencias revolucionarias; pero abandonó a
la Patria Grande. Un cuarto de siglo después de su muerte, se desencadenaba sobre el aislado y
orgulloso Paraguay heredado por los López una tempestad de hierro y fuego. La historia dirimía la
polémica sobre una política “nacional” fundada sobre una provincia. O las provincias se unían para
la Nación, o las oligarquías regionales y sus amos extranjeros triunfarían sobre cada una de las
provincias por separado.
LUIZ KEMPEL
28/12/2017 - 12h37
LEIA TAMBEM GENOCIDIO AMERICANO A”A GUERRA DO PARAGUAI”…
Dr. Rosinha
27/12/2017 - 23h40
Sugiro ao Calazans, caso não tenha lido, que leia o “Maldita Guerra” de Francisco Doratioto. Sugiro também que leia o “Ideologia autoritária” , “El peluqueiro francês”, “Residentas, Destinadas y Traidoras, todos de Guido Rodriguez Alcala.
Com estas leituras você construirá a sua própria versão da guerra do Paraguai.
Jarbas Simonetti
27/12/2017 - 18h37
Onde se lê Inglaterra, leia-se maçonaria.
Fausto AMARAL DE BARROS
27/12/2017 - 15h31
Era uma vez…
O jovem Paraguai de então, ousou desenvolver até a sua própria forja.
Apesar de insipiente, era uma belíssima promessa de robustez industrial.
Os sionistas ingleses ficaram muito irritados e, sim, Tríplice Aliança — uma grande covardia.
Um Paraguai aniquilado, com toda a sua juventude assassinada, e a prosperidade do comércio internacional voltou ao seu leito de prosperidade.
Fim.
David Alves da Silva
27/12/2017 - 15h23
Caro colega………………….
Desde que entendo por gente sempre foi assim, manda quem pode obedeça que tem juízo, foi criado no meio dos ultra-conservadores. Meu pai era membro do diretório da antiga UDN. Na minha cidade os mais poderosos tinha uma mídia LUCIFERRANA, onde levava os filhos para ouvir o horário de CARLOS LACERDA E ARMANDO FALCÃO COM OS SEUS EDITORIAIS DO DIABO “ENGANA QUE EU GOSTO”. Em 66 sai de casa e fui morar com pessoas que entraram na minha família de ideologia ultra-conservadores?????????
Em 1972 fichei na Usiminas de MG, onde vi as falacias sobre o trabalhador brasileiro……………….nós nunca vamos libertar dessa classe dominante porque o nosso povo sempre foi daqueles igual JUDAS. So esta do lado da gente quando as suas vísceras estão se secando.
Jean Silva lima
27/12/2017 - 13h10
Muito importante esse livro, pois trará luz a obscuridade histórica!
Ubiramar Costa
27/12/2017 - 09h24
Parabéns, nobre Senador R. Requião.
O Brasil precisa de homens da sua a sua visão de país.
Simone Oliveira
27/12/2017 - 08h13
Realmente Wellington, a guerra continua em franca batalha política, histórica e moral. Historiadores de toda ordem buscam se tornar o último, mesmo fazendo trabalhos sórdidos sobre esta guerra fratricida. Outro dia tive que me retirar de uma conversa por ter me referido a ela como genocídio, meu interlocutor simplesmente não queria debate, desejava que eu “entendesse” e “aceitasse” sua visão de “historiador” de que a causa e a culpa foram unicamente de Solano López, o tresloucado invasor de seu vizinhos. A Guerra do Paraguai sempre será um assunto de controvérsias, como tudo que é camuflado por interesses poderosos.
jose carlos vieira filho
27/12/2017 - 09h38
Companheira, na nossa academia a guerra guassú é tabú.
Há a versão da história oficial, inventada no início do século 20. Todos os arquivos da guerra, aí incluídos os saqueados em Assunção, são guardados a sete chaves na Biblioteca do Exército.
O Chiavenato quase foi destruído pelo Santo Ofício academico e sua obra classificada como reportagem de amador.
Um alerta: não comprem nada online. o buraco negro dos correios está engolindo todas as encomendas.
Eduardo Bauer Londero
26/12/2017 - 22h21
Ficha técnica do livro por favor
Yorkshire Tea
27/12/2017 - 08h08
Eduardo,
Como o livro é recente (lançado em outubro) e foi publicado por uma editora paraguaia de pequeno porte, as informações disponíveis ainda são limitadas. Encontrei numa livraria on-line peruana à venda sob consulta por 36 soles (R$ 36,80): http://www.libreriasur.com.pe/libro/el-mariscal-francisco-solano-lopez-artifice-de-la-unificacion-argentina_131976
Segundo essa livraria, o ISBN do livro é: 978-99967-53-39-8
O problema é que, nas pesquisas que fiz, esse ISBN ainda não está “catalogado”.
A página on-line da editora está com um problema no banco de dados (dá mensagem de erro quando se tenta clicar em algum dos links): http://arandura.pyglobal.com/index.php
Segundo a matéria original (clicar no link), o livro tem 300 páginas.
O telefone da editora é +592 21 214 295