Para registro histórico, reproduzo nota aqui da revista Época, que, além de não trazer uma crítica a sua atuação em Santa Catarina, ainda a elogia, como uma das “maiores especialistas… em crimes financeiros”.
Ora, a delegada pode até ser especialista em crime financeiro, mas com certeza não entende nada de direitos humanos, democracia e garantias individuais, que são matérias muito mais importantes, sobretudo para um agente de repressão num regime democrático.
Sua promoção é um tapa na cara da sociedade que se mobilizou para puni-la, mas ao mesmo tempo tem um lado positivo, ao deixar claro, sem confusão, a situação em que estamos: um regime de exceção, especialmente maligno por se esconder tão bem sob a barra da saia da grande mídia, que esconde qualquer mínima denúncia contra seus arbítrios.
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PF conclui que atuação de delegada em investigação em SC foi correta e a nomeará como superintendente
Erika Marena assumirá a direção do órgão em Sergipe
A delegada Erika Marena, uma das maiores especialistas na Polícia Federal em crimes financeiros (Foto: Rodolfo Buhrer / Reuters)
A sindicância da Corregedoria da Polícia Federal sobre a atuação da delegada Érika Marena, que atuou na Lava Jato em Curitiba, concluiu pela regularidade dos procedimentos adotados pela servidora na Operação Ouvidos Moucos. Essa ação levou para a cadeia o ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Cancellier junto com outras seis pessoas. Eles foram acusados de desviar recursos públicos. Cancellier cometeu suicídio no dia 2 de novembro.
A nomeação de Érika para comandar a Superintendência da PF em Sergipe dependia da conclusão dessa apuração interna. O diretor da corporação, Fernando Segovia, comunicará a novidade ao ministro da Justiça, Torquato Jardim.