Por certo, não é a primeira vez que os Estados Unidos faz soar o alarme em ‘nuestra America’, com seus atos contra o desenvolvimento e a democracia em nossos países. O objetivo é impedir que nossa região possa romper a corrente de fornecedora de força de trabalho e matéria-primas baratas para manter a lucratividade da sua economia.
A diferença é que desta vez a História se passa no tempo presente, ao contrário da Argentina, Chile e Brasil dentre outros, que tiveram seu processo histórico inundado de tortura, crimes e assassinatos no passado, gerada por interesses da nação hegemônica. Deste modo, a situação de Honduras, ainda cabe mudar o final.
A ex-encarregada de Assuntos Internos da Polícia Nacional de Honduras, Maria Luísa Borja, acusou o presidente Juan Orlando Hernández de criar esquadrões da morte, que operam e executam assassinatos e crimes, com números que ascendentes desde que foram oficializado o toque de recolher. Segundo a policial, JOH criou um novo organismo para comandar 11000 policiais com a doutrina criada na década de 80 e usada em 2009 no golpe que retirou o então presidente Manuel zelaya do poder.
A ex-coronel foi taxativa ao indicar a Embaixada e o Departamento de Estado dos EUA com ” apoiador do golpe que mantém o corrupto narcotraficante Hernández no executivo”. Apontou ainda que os Estados Unidos estão por trás da convulsão social que vive o país:
” A Embaixada dos EUA, não só fornecia armas aos esquadrões da morte , mas também pagavam as casas onde levavam as pessoas para torturar e/ou executar. Tudo pago pela Embaixada. Eles estão envolvidos em assassinatos, torturas e crimes que se realizam no governo de Juan O. Hernández.”
As declaração vai de encontro a do militar Aldo Rodolfo Oliva Rodríguez, da Polícia Nacional, quando entrevistado pela UNE TV em 5 de dezembro. Naquele momento, implicou a presidência e os EUA em assassinatos :
“Desde a casa presidencial partem ordens assassinatos seletivos no país. tenho os documentos . esta situação não pode perdurar. Esta é a parte nebulosa da maior potência do mundo. Os Estados Unidos estão intervindo nesta situação porque não querem que Salvador Nasralla seja presidente”
A situação de Honduras se deteriora desde que o atual presidente , usando uma fraude eleitoral na votação de 26 de novembro, tenta se manter no poder. Nestes momentos difíceis que passamos no Brasil, o povo de Honduras e da Argentina nos mostram o caminho de luta contra as adversidades. Afinal, os problemas dos latino-americanos são semelhantes, apenas apresentam datas diferentes.