Nota de repúdio ao evento de “compliance” na PETROBRÁS com sergio moro

Combater a corrupção é o que fazem as pessoas honestas desde sempre.

Assim como elas, as empresas comprometidas com a ética e a honestidade sempre tiveram órgãos e pessoas designados para zelar pela lisura de suas práticas corporativas, desde sempre.
No entanto, a última papagaiada das incontáveis iniciativas marqueteiras das consultorias administrativas é a reunião do óbvio sob uma palavra pomposa. E em inglês, para alimentar o complexo de vira-lata dos adoradores de Miami, ou Chicago: “compliance”.

A verdade que nunca sai de moda, porém, ainda mais numa empresa pública, é que o combate aos ladrões depende de liderança, legitimidade e seriedade. Não são impressos coloridos, e-mails em linguagem de falsa intimidade com os trabalhadores e eventos midiáticos que garantirão uma Petrobras mais empenhada em servir com honestidade ao povo brasileiro.

Uma diretoria nomeada por um governo que é fruto de um golpe de estado não tem moral para nos falar em zelo pela coisa pública.

Essas pessoas não nos lideram, não nos representam e nós não as levamos a sério. Com eles, o interesse nacional e as boas práticas administrativas correm é muito perigo.

Neste contexto, um encontro de pedro parente com os juízes sergio moro e marcelo bretas não passa de uma imensa papagaiada.

Pedro Parente representa o ataque neoliberal que produziu um governo golpista. Como pode falar em moralização de nossa empresa o homem designado para dilapidá-la e, se deixarmos, destrui-la?

Sergio Moro é, na nossa opinião, o agente maior do ativismo judiciário. Com sua atuação partidária, parcial, ilegal e autoritária, ele é a cara repugnante dos vândalos da frágil democracia brasileira.
Como líder do voluntarismo e da irresponsabilidade que alimenta a operação lava-jato, ele é responsável pelo desemprego de mais de 500 mil trabalhadores da indústria do petróleo e seus fornecedores, como também é cúmplice do trilhão de reais que nosso país doará às petroleiras estrangeiras.

Marcelo Bretas é, na nossa opinião, o aprendiz de feiticeiro, candidato a Moro carioca.

Nós, os trabalhadores da Petrobras, não discursamos sobre conformidade, honestidade e combate à corrupção.
Nós praticamos isto há 63 anos, confrontando governos corruptos (como os de Sarney, Collor, FHC e Temer), governos antinacionais (como o de FHC e Temer) e 21 anos de ditadura.

Nós, que construímos esta empresa, repudiamos o governo MiShell Temer, repudiamos Pedro Parente e repudiamos os juízes que abrem as portas da nação à voracidade do capital transnacional.

Queremos um Brasil para os brasileiros.
Queremos uma indústria nacional dinâmica que volte a empregar trabalhadores qualificados.

Vangloriar-se de honestidade, obrigação de todos nós, é coisa de demagogos e mistificadores.
Celebrar a burocracia enquanto se trabalha contra a soberania energética do Brasil, é coisa de canalhas.

Não nos venham com conversa fiada.

Fora, Pedro Parente!

Assinado:
Petroleiros indignados

Tiago Bitencourt Vergara:
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