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João Bosco repudia uso de sua canção por meganhagem do golpe

NOTA DE REPÚDIO À OPERAÇÃO “ESPERANÇA EQUILIBRISTA” Recebi com indignação a notícia de que a Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores dessa universidade. A ação faz parte da investigação da construção do Memorial da Anistia. Como vem se tornando regra no Brasil, além da […]

6 comentários
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NOTA DE REPÚDIO À OPERAÇÃO “ESPERANÇA EQUILIBRISTA”

Recebi com indignação a notícia de que a Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores dessa universidade. A ação faz parte da investigação da construção do Memorial da Anistia. Como vem se tornando regra no Brasil, além da coerção desnecessária (ao que consta, não houve pedido prévio, cuja desobediência justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao próprio processo, e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princípios elementares do devido processo legal. É uma violência à cidadania.

Isso seria motivo suficiente para minha indignação. Mas a operação da PF me toca de modo mais direto, pois foi batizada de “Esperança equilibrista”, em alusão à canção que Aldir Blanc e eu fizemos em honra a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira. Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático. Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental.

Resta ainda um ponto. Há indícios que me levam a ver nessas medidas violentas um ato de ataque à universidade pública. Isso, num momento em que a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, estado onde moro, definha por conta de crimes cometidos por gestores públicos, e o ensino superior gratuito sofre ataques de grandes instituições (alinhadas a uma visão mais plutocrata do que democrática). Fica aqui portanto também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É essa a esperança equilibrista que tem que continuar.

João Bosco
07/12/2017

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Couto

07/12/2017 - 19h57

As universidades federais e os institutos federais são as instituições mais respeitáveis do Brasil.

Romi

07/12/2017 - 18h37

Sempre fui fã João, agora mais ainda.

Sidnei R. Castilho

07/12/2017 - 17h57

Estamos numa Ditadura , agora ninguém tem duvidas . João Bosco assim que entrar na justiça contra os canalhas que usaram sua canção “cinicamente” terá rapidamente de sair da Cidade ou talvez do País . É a ditadura de volta meu povo !

    layz

    07/12/2017 - 20h48

    Tanto desentendimento… Alguma iniciativa de diálogo com as forças seria bem vinda. Trago esse texto, do General de Exército da reserva Pinto e Silva — Nova via para a tomada do Poder de forma violenta, para que vcs vejam como é preciso conversar sobre isso:

    “Como escreveu Engels, citando Marx: “Que a violência, porém, ainda desempenha outro papel na história” (além de ser agente do mal),“um papel revolucionário, que ela, nas palavras de Marx, é a parteira de toda a velha sociedade que anda grávida de uma nova”. (Anti-Dühring)[2]

    Violência preparada para exercer um fim fundamentalmente político, ou qualquer tipo de agressão organizada que procura causar dano, visando interesse político, leva a atividades de Guerra Híbrida, nova via violenta para a tomada do poder, cuja campanha de preparação [3] articula-se em um processo que abrange da busca do apoio externo, “apoio à insurgência”, a “aumento da insatisfação por meio de propaganda e esforços políticos e psicológicos para desabonar o governo”, destacando-se também o papel central de mobilização desempenhado por algumas ONGs, sindicatos, movimentos sociais, organizações estudantis e pela mídia. E conforme cresce a insurreição, cresce também a “intensificação da propaganda; e a preparação psicológica da população para a luta armada”.[4]

    Nota-se, em conexão, que pesquisa recente divulgada pelo jornal Valor Econômico, aliada a vários outros dados, mostra que é enorme a chance de a esquerda voltar ao poder em 2018 [5], pela via pacífica [6].

    O passo seguinte é o desenvolvimento da fase violenta, onde se procura continuar a busca do apoio externo e inicia a Guerra em Rede, que pode ser composta por conflito travado contra um estado por terroristas, criminosos, ou por grupos militantes da sociedade civil – Guerra em Rede Social (GERS).

    Um dos fatores mais relevantes que contribui para incentivar, atrair e agregar a população aos atos preparatórios e de violência de atividades de Guerra Híbrida é o uso das mídias sociais como meio de comunicação e propagação de informações. A definição de guerra híbrida de Frank Hoffman inclui exatamente “Operações psicológicas que utilizam as mídias sociais para influenciar a percepção popular e a opinião internacional”.[7]

    A Guerra Psicológica Midiática é realizada por especialistas em guerra psicológica infiltrados na sociedade civil. Esses experts se aproveitam do fato midiático, obtido por intermédio do emprego planejado da propaganda e da ação psicológica, para direcionar a conduta das pessoas.

    Na Guerra Psicológica o alvo prioritário passa a não ser mais o terreno físico, mas o cérebro dos indivíduos, e o objetivo final, a sua mente, mediante a manipulação informativa e a ação psicológica orientada para direcionar a conduta social em massa.[8]

    Nesse contexto surge o letal terrorismo urbano para coerção e/ou intimidação do governo, autoridades e da sociedade.

    “Especialistas ligados às ciências humanas, identificam o “dedo do caos” em revoluções políticas, em transformações econômicas e na modificação de costumes e regras morais.”[9]

    As atividades de Guerra Híbrida, para a desestabilização de um governo, podem ser interpretadas com a utilização da teoria do caos, visando a tomada violenta do poder.

    Realidade vivida na atual conjuntura brasileira indica que:

    – estão acontecendo atividades de guerra híbrida no Brasil, visando a conquista do Poder, portanto, já nao se trata de uma teoria, mas, sim de uma afirmacão;

    – os protestos vividos em Brasília em 24 de maio de 2017, sinalizam que passamos às atividades de Guerra Híbrida:início da fase violenta para a conquista do Poder;

    – continua a busca do apoio externo através ação de partidos políticos, políticos[10] e ONGS no exterior;

    – tenta-se o controle das Forças Armadas via orçamento baixo e aperto salarial;

    – aumentam as investidas para dificultar o trabalho do Judicíario no combate à corrupção no chamado crime organizado do colarinho branco [11];

    – existe uma violenta campanha midiática, realizada pela imprensa televisada e escrita, visando desestabilizar o atual governo federal e influenciar na volta da esquerda ao Poder em 2018.

    – perdura a violência no campo desencadeada pelo MST [12];

    – ocorrem greves políticas, com a finalidade de paralizar os transportes de passageiros [13] no país;

    – resurge a união da esquerda visando o retorno ao Poder em 2018 [14], enquanto a deputada Benedita da Silva declara: …“sem derramamento de sangue não há redenção, com a luta e vamos à luta com qualquer que sejam as armas.”;

    – manifesta-se a atuação do PCC e CV com objetivo político [15];

    – verifica-se a falência da política de segurança pública dos estados, causando grande inquetação na população e descredito das autoridades, e,

    – o crime organizado do colarinho branco plantado em todos os níveis do Poder (Federal, estadual e municipal).

    Para fazer frente a esse cenário é essencial que sejam evocados alguns cuidados que a sociedade deve ter:

    – a natureza doemprego de atividades de Guerra Híbrida para a tomada do Poder de forma violenta,cria condições para que as ações possam passar despercebidas na busca de seus objetivos, e provavelmente adquirir uma posição política vantajosa antes que o governo e a sociedade possam perceber a situação e reagir para se contrapor a essa atividade; por esta razão os planejadores do movimento violento o mantem sigiloso o máximo de tempo possível e procuram apresentar suas ações como uma forma não violenta e legal para a disputa pelo Poder,aproveitando toda a proteção das leis que a democracia lhe oferece;

    – atenção e participação do momento político e social que o Brasil esta vivendo.

    – voto consciente visando o combate à corrupção e a eliminação da política de pessoas que participaram ou foram responsáveis pelos desmandos vividos no Brasil, nas últimas duas decadas, e,

    – criar novas estratégias de Defesa do Estado Democrático de Direito, justamente porque a nova realidade para a tomada do Poder de forma violenta não se alinha com as antigas fronteiras de relacionamento de poder existente, alterada com a mudança de foco dos conflitos com o surgimento da Guerra Híbrida.

street man

07/12/2017 - 17h08

podemos ser mais,se nois como diz o verbo da moda,nos empoderar-mos e deixar essa paralisia e mostrar-mos a nossa cara.se quizer tô juntão

Maria Theerza

07/12/2017 - 16h13

Bravo!!! Processa esses ignorantes, boçais e perseguidores


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