As ruas de Tel Aviv foram invadidas nesta noite de sábado , 2 de dezembro. A multidão de 20000 pessoas , se manifestaram para denunciar a corrupção que se instalou no governo de Israel e que envolve principalmente o primeiro-ministro Bejamin Netanyahu.
A população pedia por mais transparência e responsabilidade das autoridade, e especialmente a prisão de Netanyahu envolvidos em subornos para beneficiar grandes empresas que fraudam a lei. As ” marchas da vergonha” crescem semanalmente, a denúncia mais contundente é o projeto de lei que proíbe a polícia divulgar os detalhes de corrupção do primeiro-ministro. O líder da oposição, Isaac Herzog, disse que é ” uma crise moral de uma lei feita sobre medida para um homem só.” ´
Dois casos estão comprovados: no primeiro(caso 1000), Netanyahu e sua esposa Sara admitiram receber “presentes” de alto valor, vindos de milionários como o australiano James Packer e o produtor de Hollyood Arnon Mijam. Este último, confirmou a justiça que os presentes eram exigência do casal para favores empresariais. Em outro processo (caso 2000), o editor Arnon Mozes do diário ¨Yedioth Ahronoth” negocia junto a Netanyahu publicidade favorável em troca de dificultar a circulação do jornal concorrente “Israel Hayom.”
Mas o principal crime de Netanyahu é contra humanidade. A Corte Internacional Penal o processa por genocídio, entre julho e agosto de 2014, por assassinar 2000 palestinos sendo 75% crianças, idosos e civis. Questionado sobre os homicídios em massa, o mandatário respondeu que ” apenas ensinou os palestinos não usarem crianças para se protegerem.”
A melhor definição sobre Israel atualmente com o comando de Netanyahu, veio da esquerda espanhola no último dia 29. Citando a resolução 181 da ONU, o partido Podemos, a Izquierda Unida e a CUP, divulgaram uma nota conjunta em comemoração ao dia mundial de solidariedade ao povo palestino:
” Israel iniciou um processo colonial de limpeza étnica e apartheid; até esta data , nenhuma só pessoa sofreu penalidades da justiça internacional. Os sete milhões de palestinos que não podem voltar pra suas casas, sofrem em colônias ilegais como na Cisjordânia, e outros palestinos residem em Israel como seres de segunda ou terceira categoria(…) Ainda há uma situação sangrenta na faixa de gaza, onde 2 milhões de pessoas vivem cada vez com menos água potável, menos eletricidade , menos medicamentos e recursos. Embora com uma resistência e uma dignidade que não se esgotam nunca.”