( Crédito Imagem: sputinik/Lenín Moreno)
Apoiado na popularidade do ex-presidente Rafael Correa, Lenín Rodrigues chegou ao posto máximo do Equador em 24 de maio de 2017. Superado o período eleitoral, o ex-mandatário viajou para Bélgica, onde tinha estudado e conhecido sua esposa.
Assim que Correa deixou o país, Moreno se lançou no empenho de governar com um programa contrário ao que o partido oficialista ¨Alianza País¨ tinha proposto. Desmantelou agilmente acordos políticos e projetos sociais, para lançar um plano econômico de redução de impostos para empresas e majoração dos preços dos serviços básicos.
Correa ainda na Bélgica(em entrevista a AFP), unificou o sentimento da maioria da população: ¨É um traidor! Está governado com a direita e com os banqueiros(…) Em seis meses trouxe o atraso de 20 anos, sentimos seis meses de desgoverno, seis meses de uma operação milimétrica de destruição dos 10 anos da Revolução Cidadã.¨
Em outubro passado a direção do partido ¨Alianza País¨ destituiu Moreno da liderança. Entretanto o atual presidente conseguiu reverter junto ao Conselho Nacional Eleitoral, alegando que a decisão não se originava de convenção. Incentivou o processo de judicialização da política, apoiando as acusações contra seu vice Jorge Glas (correrista) e afastando-o de atribuições no governo. Desafiou ainda Correa, pedindo que pare de ¨se esconder na fronteira¨.
O ex-presidente com popularidade e controle do partido aceitou a provocação, irá chegar hoje ao Equador e coordenar em 3 de dezembro a convenção na cidade de Esmeraldas no noroeste do país: ¨A convenção vai tomar a decisão de expulsar Lenín Moreno, o maior traidor da Alianza País¨. Sentenciou Correa.