(crédito imagem: freslineas)
O presidente da Argentina Mauricio Macri, em visita a base naval de Mar Del Plata neste 20 de novembro, teve de se aclarar com a parte mais tenebrosa de sua política de arrocho econômico com objetivo de garantir o pagamento aos rentistas , seja da Europa, do seu país ou dos Estados Unidos.
Diante de olhos desesperados com sumiço do submarino argentino, o mandatário se manteve inerte ao ouvir relatos de familiares que traduz a situação atual do governo em cumprir planos financeiros ditados pelo norte, em detrimento da preocupação com a vida.
¨É praticamente um suicídio viajar em algo tão velho. Não pode investir com o orçamento estatal na compra de um submarino novo e evitar isto? Tem que morrer alguém para trazer uma mudança? Por mais que o desenlace seja o melhor, é jogar com a vida de nossa gente e nossos familiares. Não são vocês que perdem suas famílias. Porque não vão chefes das forças armadas dentro de um submarino assim. É muito fácil falar, mas não são eles que estão lá dentro¨. Protestou a esposa de um marinheiro.
Macri, com a frieza que lhe é peculiar para questões sociais, respondeu: ¨Sim está bem cuidado. Não importa a quantidade de anos. Eu entendo perfeitamente, mesmo não sendo especialista, estou seguro até porque existe também chefes no submarinos . Estavam todos convencidos de que estava em condições mesmo sendo antigo.¨
O sucateamento do estado, da saúde, o desinvestimento em defesa , o abandono da Malvinas com enormes riquezas de petróleo que trariam renda a população é o paradigma do neoliberalismo implantado no Chile de Pinochet , na Bolivia de Estenssoro e que agora se aplica a Argentina contra a verdadeira razão de uma nação: sua população.