(Foto: Alerj)
O primo de Aécio, senador (PSDB/MG), é flagrado com 500 mil reais em dinheiro vivo. O próprio Aécio é flagrado em áudio discutindo propina e até mesmo brincando de mandar matar delator. A irmã do Aécio é pega também discutindo propina.
Tudo mundo é solto: o primo, a irmã e Aécio tem o seu mandato devolvido.
Mais ainda: Aécio assume o comando do PSDB, derrubando o presidente provisório Tasso Jereissati.
Tudo bem, o Senado é soberano e o mandato do parlamentar só pode ser cassado por seu pares.
Isso não quer dizer que um parlamentar não possa ser investigado. Ele não pode ser preso preventivamente, o que é bem diferente.
Aí você pula para o Rio de Janeiro.
Os três deputados da Alerj voltaram a ser presos ontem, mesmo após a Alerj ter decidido, em votação, que a decisão do TRF2 era ilegal.
A opinião pública se mantém enganada, porque em seu imaginário a não-prisão dos deputados corresponderia a sua impunidade. Não é verdade. A MPF e a polícia podem continuar investigando os deputados sem prendê-los. Isso inclusive é o certo a fazer, mesmo não se tratando de deputados, porque é assim que manda a lei. Se um processo está em curso, é preciso esperar a pessoa apresentar a sua própria versão dos fatos.
A mídia brasileira já está vendida ao regime de exceção, até porque a mídia foi corrompida pelo regime, que lhe fornece informações confidenciais, que ajudam essa mídia a lucrar com a destruição da reputação dos réus.
A decisão do TRF2 é uma afronta à soberania do legislativo fluminense.
O sistema de justiça fluminense e nacional não parecem dar bola para a entrega do patrimônio público ao grande capital internacional.
A privatização da Cedae, a entrega do pré-sal, o abandono das pesquisas, o lobby à luz de sol de autoridades estrangeiras, a corrupção da principal concessão pública de TV, nada disso parece vir ao caso para a meganhagem enlouquecida pelo poder que lhe conferida pela Globo.
A Lava Jato iniciou nova etapa hoje, e volta a acusar o PT, independente de provas.
O circo precisa continuar, afinal vem aí a reforma da previdência.