Por Wellington Calasans e Romulus Maya, para O Cafezinho
A atriz e ativista política Tássia Camargo rompeu, nesta sexta-feira pela manhã, a lei do silêncio que vigia há décadas no Jardim Botânico, bairro do Rio de Janeiro que abriga a sede da Rede Globo. Tássia, que hoje reside em Portugal, sente-se segura para relatar casos de assédio sexual e constrangimento ilegal – quiçá estupro – cometidos em larga escala na emissora.
Indo além de relatos acusando meramente indivíduos, Tássia revela uma verdadeira cultura – corporativa, “global” – de fomento à prática desses crimes, por meio da leniência com os agressores e do constrangimento – hierárquico, econômico e moral – das vítimas.
Neste caso, será que o Judiciário e o Ministério público do Brasil, tão “inovadores” em matéria de persecução penal, entenderão por bem aplicar a “teoria do domínio do fato”? Aquela que o Ministro Joaquim Barbosa adulterou, na farsa do “julgamento” do “Mensalão”, para incriminar réus sem provas?