Para entender a Lava Jato, é preciso atentar para o fato de que ela nunca foi apenas uma operação policial.
A Lava Jato é uma operação midiática.
Foi concebida para derrubar o governo Dilma, criminalizar o PT e destruir a indústria brasileira de óleo e gás, com objetivo de beneficiar multinacionais do petróleo, em especial as norte-americanas.
A Lava Jato foi concebida para dar o golpe no Brasil e entregar o poder político a bandidos do mercado financeiro e à Globo.
Depois do golpe, ela tenta disfarçar, fingindo que investiga ali, investiga acolá, sabendo que tudo irá resultar em pizza.
Mas o objetivo foi cumprido: houve o golpe e o Brasil foi entregue a bandidos sem nenhum tipo de compromisso com a população e totalmente obedientes às diretrizes do mercado financeiro, lá fora, e à Globo, aqui dentro.
As histórias de que o golpe foi dado com objetivo de “parar a Lava Jato” são ingênuas. O golpe foi dado pela Lava Jato. E agora que não importa mais se a Lava Jato continua ou não, porque o serviço já foi feito.
Depois da Lava Jato, o Brasil suspendeu projetos de construção de refinarias, paralisou as refinarias já construídas, e passou a importar quantidades recordes de derivados de petróleo de refinarias norte-americanas.
Depois da Lava Jato, o Brasil iniciou a entrega do pré-sal, já vendeu partes importantes da Petrobrás, já destruiu ou quase destruiu suas principais indústrias, paralisou o projeto de energia nuclear, e agora se prepara para privatizar a Eletrobrás, entregando ao estrangeiro a matriz energética mais limpa do mundo.
Os “prêmios” de Sergio Moro na Globo e nos Estados Unidos tem essa explicação.
A Lava Jato sempre atacou pela mídia, que ela também corrompeu, desde o início.
Ao escolher a dedo para quem irá entregar vazamentos ilegais, a Lava Jato corrompe e controla a mídia, que se deixa corromper e se deixa controlar, até porque entendeu que tinha os mesmos objetivos políticos.
A mídia brasileira, corrupta, plutocrática e antinacional, identificou-se imediatamente com a Lava Jato.
Hoje, a Lava Jato planta uma matéria na Folha, intitulada “Fugas e cidadania estrangeira atrasam processos da Lava Jato com Moro“, que não passa de uma tentativa grosseira de atacar Rodrigo Tacla Duran.
A matéria não traz nenhum fato novo, nenhuma denúncia, nenhum documento, nada.
É apenas uma matéria chapa-branca em relação a Sergio Moro.
Uma matéria, em suma, vendida à Lava Jato.
Ora, Tacla Duran fez denúncias importantes.
Tem documentos.
Tacla Duran não está preso nas masmorras da Globo em Curitiba. Ou seja, não está sob tortura, como ocorre com todos os delatores da Lava Jato.
Não está fazendo “delação premiada”, pelo menos não com o Brasil.
Tacla Duran está simplesmente apresentando a sua versão dos fatos, de maneira livre e espontânea.
O que disse Tacla Duran?
Que a Lava Jato ameaçou sua família.
Que a Lava Jato falsificou documentos, ou aceitou, deliberadamente, documentos falsos.
Ele poderia simplesmente não falar nada. Silenciar-se.
Não.
Recebeu dois deputados brasileiros críticos à Lava Jato e gravou um depoimento franco e corajoso.
Como reage a imprensa brasileira?
Está curiosa para saber o que aconteceu?
Informou seus leitores sobre o teor das denúncias de Tacla Duran?
Não.
A imprensa lavajatense reagiu com silêncio e omissão, num primeiro momento.
E agora, com essa matéria na Folha, com um contra-ataque chapa-branca-policial da… Lava Jato.
Lava Jato e imprensa lavajatense sentiram o golpe.
Daqui a pouco, publicaremos, aqui no Cafezinho, a transcrição completa do áudio de Tacla Durán.
Leia o resumo do áudio escrito por Romulus Maya e publicado aqui no Cafezinho.