A pesquisa Ipsos, que mede aprovação e rejeição dos principais políticos do país – e que ironicamente incluiu “juízes” na sondagem, uma mostra de que estes também se tornaram figuras da política – revela que surgem rachaduras na narrativa única da grande mídia.
Sergio Moro, o super-heroi da Globo (embora eu prefira chamá-lo de mercenário da Globo), blindado por todos os lados contra qualquer crítica, já aparece com 41% de rejeição.
É curioso que o Estadão, o jornal brasileiro que tem parceria com o Ipsos para divulgar a pesquisa Pulso Brasil, feita mensalmente, escondeu os números de Sergio Moro, que mostram uma acelerada erosão de sua imagem. A matéria mencionou apenas, timidamente, que “houve melhora nas taxas de aprovação do juiz federal Sérgio Moro (de 48% para 52%)”, mas esconde o mais importante: que a rejeição a seu nome vem crescendo de maneira acelerada e substancial, conforme se pode verificar no próprio gráfico divulgado pelo Estadão/Ipsos.
Lula é o político com maior aprovação na pesquisa Ipsos, com 41% de aprovação. Sua rejeição oscilou um ponto para baixo, de 59% para 58%.
Entretanto, estou achando estranho a postura do Instituto Ipsos no Brasil. A empresa parou de divulgar a íntegra das tabelas em seu site, e isso se deu justamente quando ficou bem claro que havia uma deterioração rápida da aprovação do governo.
O diretor do Ipsos, Danilo Cersosimo, parece disposto a forçar uma interpretação enviesada de seus próprios números, para agradar ao Estadão ou sabe-se lá quem.
O último conteúdo relacionado a pesquisa Pulso Brasil, publicado no site do Ipsos, não traz tabela ou gráfico com os percentuais de aprovação e rejeição de ninguém, e o texto ainda está grotescamente truncado, com frases soltas no meio.
Os números mais impressionantes do Ipsos são a rejeição a Michel Temer, presidente da república e a Aecio Neves, presidente nacional do PSDB.
Os principais nomes do PMDB e do PSDB, partidos que governam o país, tem rejeição quase absoluta do eleitorado. A aprovação de Temer e Aécio são risíveis de 3% e 4%, respectivamente.
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