As forças parlamentares na Câmara comandada por Maurício Macri , depois que alcançaram os 2/3 na eleição de domingo, começaram literalmente a caçada contra integrantes dos governos Kirchner.
Julio De Vido foi Secretário e Ministro de Planejamento nos governos Néstor e Cristina, um estruturalista que detinha um amplo poder, foi o primeiro. Logo que a Câmara de Deputados aprovou autorização para sua detenção requerida pelo Juiz Luis Osvaldo Rodrigues, numa denúncia impetrada pela Deputada macrista Elisa Carrió ainda em 2008, De Vido se entregou não esperando sua busca.
A mídia argentina e a ¨Gendamería¨ estavam prontas para um grande ¨show de caça¨. O antigo Ministro para evitar o espetáculo televisivo que desejava o governo, compareceu antecipadamente ao Tribunal Federal de Comodoro PY. De Vido se recusou usar capacete para esconder o rosto e só usou colete a prova de balas abaixo do pullover. Diante do conhecimento de câmeras de vídeo nos elevadores, exigiu sair pelas escadas. Numa ação acertada com seus advogados e o judiciário, montou-se uma falsa saída com escudos que atraiu a mídia tradicional, ao passo que outro comboio menor o levava ao Hospital Penitenciário de Ezeiza para exames.
Mesmo Hector Recalde, líder do FPV-PJ de centro, afirmou:¨Existe uma atitude de perseguição por trás da decisão judicial, a detenção é absolutamente revanchista, principalmente por prender antes de apurar.¨
A investigação sobre Julio De Vido é de irregularidades na gestão de fundos públicos ligados a ¨Yacimentos Carboníferos de Rio Turbio¨.Seguindo a máxima da convicção antes das provas, a escola ganha adeptos na América do Sul. Tudo para corroborar o discurso de que a privatização é o caminho.