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A morte do sonho presidencial de Doria

(O ex-pupilo de Alckmin se enrolou sozinho. Foto: Leon Rodrigues/SECOM) Por Pedro Breier Ciro Gomes afirmou, em palestra recente, que Doria será “carta fora do baralho” da eleição presidencial até dezembro. O pré-candidato do PDT à presidência explicou, em entrevista à Folha, por que falou isso: Porque ele não é do ramo. Torrou o orçamento de […]

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24/05/2017- São Paulo- SP, Brasil- Com o objetivo de ampliar revitalização da Nova Luz, no Centro da cidade, o prefeito João Doria e o governador do Estado, Geraldo Alckmin, anunciaram nesta quarta-feira (24) uma nova Parceria Público Privada (PPP) para a região. Quatro terrenos, que totalizam uma área de 6.285 metros quadrados, foram doados pela Prefeitura para a construção de 440 Habitações de Interesse Social (HIS) Foto: LEON RODRIGUES/SECOM

(O ex-pupilo de Alckmin se enrolou sozinho. Foto: Leon Rodrigues/SECOM)

Por Pedro Breier

Ciro Gomes afirmou, em palestra recente, que Doria será “carta fora do baralho” da eleição presidencial até dezembro. O pré-candidato do PDT à presidência explicou, em entrevista à Folha, por que falou isso:

Porque ele não é do ramo. Torrou o orçamento de São Paulo, queimou  as pontes todas. Perdeu o “timing” para fazer acordo por dentro e ser eventualmente candidato a governador. Colidiu com o cara que o inventou. E passou para a população a ideia de que é um carreirista, que só pensa em si, que não tem nenhum compromisso com nada e com ninguém. E saiu para fazer uma ilusão de ótica, passear por aí, receber título de cidadão não sei por onde, tudo factoide, deixando a grande e grave responsabilidade – que seria a decolagem dele – aqui, descuidada. Ele não é do ramo. Como eu sempre disse, é um farsante. Em dezembro, se o Datafolha fizer outra pesquisa, está completamente deslegitimado.

O único erro no diagnóstico de Ciro parece ter sido o mês do descarte de João Doria. Estamos em outubro e tudo indica que a aventura megalomaníaca de concorrer à presidência do país “miou”, como dizem os paulistas.

A gestão do gestor na prefeitura é um desastre. Sair viajando por aí para construir sua candidatura à presidência realmente pegou muito mal. Sua última grande jogada de marketing, por exemplo, apelidada de “ração para pobres”, está em vias de ser abandonada.

No afã de passar uma imagem de que não é político tradicional e não tem medo de se posicionar, Doria responde a quase tudo que é perguntado, deixando evidente seu desprezo pelos direitos dos trabalhadores. Depois de apoiar a reforma trabalhista e a previdenciária, Doria defendeu, na semana passada, a posição da bancada ruralista sobre trabalho escravo.

O apoio a notórios corruptos como Michel Temer e Aécio Neves é outro fator a minar a imagem de “gestor não político”. Nos últimos dias Doria disse que a decisão do Senado que restabeleceu o mandato de Aécio traz “paz e tranquilidade” e ainda apoiou a permanência do mineiro na presidência do PSDB.

A Folha, fiadora da candidatura de Geraldo Alckmin, estampa em seu portal quase que diariamente alguma matéria detonando Doria. A de hoje é sobre as relações suspeitíssimas entre o prefeito de São Paulo e as empresas que fazem “doações” à prefeitura (aqui). Até o MBL se afastou de Doria para aproximar-se de Bolsonaro.

Depois de tudo isso, a aprovação à sua gestão caiu e a rejeição aumentou. O prefeito e seus aliados perceberam que a maré mudou e já cogitam um acordo com Alckmin para que Doria concorra ao governo do estado.

João queimou a largada e será muito difícil reverter a situação. Se ainda resta alguma dúvida, reparem no último grande apoiador da candidatura Doria: ele mesmo, Michel Temer, que disse, na última sexta-feira, que “ninguém pode impedir Doria de disputar a presidência”.

Quando o presidente mais impopular da história é o único a ainda bancar a sua candidatura, chegou a hora de baixar a bola e tirar o time de campo.

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Pedro Breier

Pedro Breier nasceu no Rio Grande do Sul e hoje vive em São Paulo. É formado em direito e escreve sobre política n'O Cafezinho desde 2016.

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Comentários

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JULIO CEZAR DE OLIVEIRA

23/10/2017 - 17h52

cara mas aquela da ração humana é de cagar pra trás,né.

Marcos

23/10/2017 - 15h58

Ele não nada além de cargo de porteiro de boate… Melhor colocar a viola no saco e voltar para a sua lide.

joseph rommel

23/10/2017 - 15h41

O Doria não passa de uma galinha tresloucada correndo no terreiro. KKKKKKKKK
Precisamos de promover a limpeza política levando os golpistas a forca.

Eliana

23/10/2017 - 15h02

Pelamor candidato a governador por São Paulo???? Ta na hora da oposição começar a lançar um candidato forte por São Paulo.

    beth

    23/10/2017 - 20h12

    A carreira política dele já foi por água abaixo. Nem PSDB nem outro partido irão apoiar o cretino agora que ele mostrou tão rápido suas cartas: ignorante em política, ignorante em cidadania e gestão pública. Ao cuspir no prato em que comeu (o banquete tucano promovido por Alckmin), ele perdeu qualquer chance. Ou dá para acreditar que Alckmin irá confiar no sujeito a ponto de lança-lo para o governo do Estado? Poderá criar um partido próprio, aderir a algum partido minúsculo, etc, mas não conseguirá reverter o prejuízo. A falta de competência de Doria só perde para a sua arrogância. Para a sorte do Brasil, o prefeitinho é realmente carta fora do baralho.


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